Lookism - Esbarrando no Destino (Vasco - Eun Tae)

16 cap - Confusão de Sentimentos

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Boa noite pessoal, aqui está mais um cap. para vos, vim aqui no comecinho só para agradecer mesmo a todos que estão acompanhando a fic, me deixa mt feliz saber que há algumas pessoas que esperam pelas atualizações e seguem firme comigo, isso realmente me anima de mais para continuar, principalmente quando conversamos nos comentários, assim eu consigo saber que realmente existe alguém do outro lado sabe, de certa forma não me sinto tão sozinha quando isso acontece, então obrigada por me fazerem companhia nessa trajetória, boa leitura a todos.

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      Acomodei-me na cama, deixando a mochila recair sobre a cadeira frente a janela ao lado, ali era a escrivaninha de Suk, onde deixava seus livros sobre as divisórias do pequeno móvel, e seu computador sobre o balcão branco e a cadeira estofada. Miru aconchegou-se aos meus pés, estava com saudades e eu também, afaguei seus pelos com os dedos já descalços sentindo a textura dos grossos fios entre eles, aquilo sim era vida, pensei, jogando o corpo cansado para trás.

— Sabe Miru, as vezes queria ser como você. — O sentia lamber meus dedos. — A vida de cão parece tão mais fácil que a nossa... até mais feliz, as vezes. Ainda seriamos amigos se eu fosse um cão, não é? — Ele parecia se divertir com meus pés, decidi aceitar aquilo como um sim. — Você foi meu primeiro amigo no mundo, sabia... depois de papai, é claro. Hum? — Ele parou de brincar comigo para xeretar em minha mochila, parecia farejar algo por ali, o que me fez sentar para observá-lo. — Está sentindo algo aí rapaz? Ah... deve ser o cheiro de Tae sabe, ele estava com meu caderno, seu focinho é muito bom. — Dizia a ele enquanto retirava da mochila o que o curioso estava procurando, era realmente o caderno que havia o atraído. — Você ainda não o conhece, mas ele é muito bonzinho, não morda ele tá bom? — Miru franzia o cenho, aquilo não era bom. — É sério Miru, ele é amigo, a-mi-go. — Tentava fazer com que entendesse, enquanto folheavas as páginas do caderno em meu colo. Miru permanecia sentado frente a mim, a cauda estirada no chão, observando meus movimentos.

      Cheguei até a matéria de hoje, Tae realmente escrevera para mim, a letra bem desenhada, creio que se esforçou bastante para isso. Logo abaixo havia me deixado um recado que dizia assim: "Minha letra não é tão bonita quanto a sua, desculpe por isso. Eun Tae", sem nem perceber já estava sorrindo meigamente, iria agradecê-lo amanhã assim que chegasse na escola, sua letra não era nada ruim para um garoto, creio que a essa altura já não acharia nada ruim, se viesse dele. Oh céus, estava perdida com isso.

— Está pensando no que Nae? — Suk havia despregado do banheiro, suas palavras arrancaram-me de meus pensamentos. Ela estava enrolada em duas toalhas distintas, uma nos cabelos e a outra cobria seu corpo, analisei assim que voltei o olhar para cima. — Deixa eu ver, o que tem aí? — Apertava o caderno frente ao peito um tanto nervosamente, ela me assustou.

— N-nada! só revisando a matéria de hoje... — Desviei, fechando o caderno e o pondo dentro da mochila, onde era mais seguro. Ela pareceu acreditar, eu acho, e logo começou a secar seu corpo, trancando a porta do quarto. — Sabe que Miru está aqui, não é. — A alertei.

— Que tem isso? — Parecia não ligar, enquanto escolhia um conjunto para vestir, a toalha já jogada ao chão revelando a pele clara de seu corpo. Segurava a cabeça de Miru sobre minhas coxas tapando seus lindos olhos azuis, ele pareceu se agradar já que abanava a cauda peluda.

— Ele é menino Suk... Um menino inocente. — Ela ria com meu comentário.

— Deixa disso, eu não tenho vergonha sabe, Jeon Wo que é assim, vocês as vezes parecem dividir o mesmo neurônio. — Seu namorado era o reservado da situação, a fogosa era Suk claro, o provocando sempre que podia, o garoto ficava roxo de vergonha. — Precisa aprender mais comigo se quiser dominar os rapazes! Jeon Wo não sabe de nada. Vai por mim. — Vez ou outra Wo me deixava alguns "conselhos amorosos" e Suk sabia disso, eu sempre o ouvia, ele é três anos mais velho que nós, mas as vezes sinto que temos a mesma idade mental, sempre fui um pouco à frente do meu tempo.