Capítulo 9 - Ordens.

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Pov Rebecca:

Se passou 2 semanas depois do ocorrido e eu estava cada vez mais distante de Freen, nosso contato era apenas profissional. Eu parei de enviar mensagens para ela e ela parou de me enviar mensagens.

Eu confesso que isso está doendo como nunca doeu. É difícil olhar para o celular na esperança de ter alguma mensagem dela e depois bloquea-lo novamente com uma frustração enorme ao ver que não tem nenhuma.

Eu encontrava ela e me continha para não falar algo mesmo que meu coração dissesse que um "oi" não faria mal.

Neste momento, eu estou sentada na cama encarando a chat de conversa com ela, na esperança de ter alguma mensagem. Eu deveria esquece-la, certo? Pois bem, não consigo fazer isso.

Derrepente ouço batidas na porta do meu quarto.

— Quem é? – Falei alto para que a pessoa escutasse.

— É a Sarocha, Majestade, vim pegar suas roupas usadas.

— Por favor, entre! – Falei empolgada, queria vê-la.

Eu estava dormindo em um quarto diferente da Jane, eu tomei a decisão de ir dormir em outro quarto que ela não faz ideia aonde fica. É o quarto do soberano que eu havia mandado reformar e bem...ela não sabia disso.

— Freen! – A chamei assim que ela ia sair do quarto.

— O que deseja, Majestade?

— Aceita uma xícara de chá hoje a tarde?

— Hoje eu estarei ocupada, Majestade. Me desculpe, mas terei que recusar desta vez. Com licença.

— Já falei para me chamar pelo meu nome...

— Me desculpe Rebecca, terei que recusar hoje. – Já com raiva disso, antes dela abrir a porta, eu fui até ela e a encostei na parede.

— Por que está assim? O que eu fiz? – Coloquei um braço ao lado de sua cabeça e fiquei bem perto dela. Freen virou a cabeça para o lado e eu peguei em seu queixo fazendo-a olhar para mim. — Responda!

— Eu não posso me apaixonar por você. Com licença. – Ela passou por debaixo do meu braço e saiu do quarto sem falar nada. Essas palavras caíram como um peso na minha consciência.

Eu já estava completamente apaixonada por ela, a queria por perto e o que eu sinto por ela é tão grande que ao mesmo tempo que a quero por perto, a quero longe para não viver o inferno que é uma vida ao meu lado.

Sendo sincera, eu tenho uma vida que muitos queriam ter, mas quem tem não quer ter. Eu acho que ninguém iria querer carregar o peso de uma coroa a vida toda. Ou sofrer com comparações como "Você tem que ser igual ao Rei Arthur." Meu pai é meu pai e eu nunca serei como ele mesmo sendo filha dele.

Ficou bem claro que des da minha primeira respirada eu viveria pela alegria e pela tristeza da Inglaterra. Eu tinha que ser perfeita o tempo todo, não podia errar. Por isso eu me cobro muito desde pequena. Tudo que eu faço tem que ser um exemplo.

Quando eu era criança, acabei indo com um cachecol vermelho para a escola e no outro dia todos os cachecóis vermelhos de Londres acabaram. Ou quando me perguntaram em uma entrevista qual era a minha matéria preferia e eu disse história, derrepente o índice de favoritismo com essa disciplina, aumentou fervorosamente.

Só sei que com toda essa pressão, eu precisei começar as sessões de terapia muito cedo. Mais precisamente, 8 anos de idade. Não é um bom número.

Aprendi valores desde criança. Meu pai não me deixou crescer me sentindo a última bolacha do pacote. Ele me criou para ser uma pessoa humilde e que seja gentil com todos. Uma princesa deve ter classe, mas humildade acima de tudo. E graças a ele, eu diria que estou sendo uma boa Rainha.

 𝐴 𝑅𝑎𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑚𝑒 𝑎𝑚𝑎𝑣𝑎 - 𝐹𝑟𝑒𝑒𝑛𝐵𝑒𝑐𝑘𝑦 ⁽ᴳ!ᵖ⁾Onde histórias criam vida. Descubra agora