O Dia em Que o Sol Sumiu • Yoonseok (CONCLUÍDA)

faísca e gasolina.

O grito fora alto o suficiente para que Yoongi conseguisse ouvir, e quase como um instinto que ele nem sabia que tinha, abriu a porta daquele banheiro mais rápido do que ele achou que tinha aberto. Nem teve tempo de perguntar o que estava acontecendo, sentiu a gola de sua camisa ser agarrada e ele ser puxado para dentro do banheiro antes mesmo que tomasse conhecimento disso. A porta, agora atrás de si, se fechou com certa brutalidade.

De início, parecia estar tudo bem com Hoseok.

— O que aconteceu?

— Eu… tô com um probleminha, você pode me ajudar?

Yoongi estava com as costas na parede, e Hoseok estava bem perto dele. Tão perto, que Yoongi conseguia sentir a respiração um tanto forte dele sobre a pele de seu rosto. Ele se arrepiou dos pés à cabeça.

— Pra que quer minha ajuda?

Hoseok não respondeu, só se aproximou um pouquinho mais de seu rosto. Yoongi também já estava com a respiração pesada, paralisado do pescoço para baixo. O sorrisinho de Hoseok enquanto os lábios dele estavam a milímetros do seu não ajudava muito. Yoongi engoliu em seco, não estava nem um pouco preparado para esse tipo de situação.

— Vai ficar aí, me encarando, ou vai perceber logo que eu tô maluco pra te pegar?

Yoongi sentiu os olhos alheios o devorando em pensamento sem o menor disfarce. Isso sequer tinha passado pela sua cabeça nos últimos tempos, mas, agora que se via naquela situação… delicada, não via porque não atacar. Agarrou Hoseok pelos cabelos da nuca e o beijou. Ainda era estranho sentir o cabelo curto dele entre seus dedos, não estava nem um pouco acostumado com isso, mas não era problema algum naquele momento.
Hoseok devolveu o beijo numa velocidade assustadora e agarrou o parceiro pela cintura, deixando os dois corpos bem colados, e só com esse toque dos corpos que Yoongi percebeu que Hoseok não queria só pegar ele.

Não demorou muito tempo para a camisa social e a capa de chuva serem jogadas para qualquer canto do banheiro. As mãos passeando por todos os locais possíveis, exploradoras, curiosas. Yoongi foi agarrado pelas coxas e levantado, perdendo contato do seu pé com o chão rapidamente. Se sentiu ser colocado sentado sobre algum lugar plano que ele julgou ser a pia do banheiro. Só teve essa confirmação quando se afastou de Hoseok e pôde olhar em volta com rapidez para não perder o foco do que estava fazendo.

Seus coturnos brutos foram tirados de seus pés com uma calma que não condizia nem um pouco com o fogo compartilhado naquele momento. O de cabelos negros encarava os movimentos de Hoseok atentamente, as mãos passeando por suas pernas lentamente até chegarem ao cinto que envolvia sua cintura. Um movimento rápido e esse foi desafivelado, junto com o botão da calça que foi solto. Yoongi estava agoniado, quase subindo pelas paredes daquele banheiro, observando os movimentos do ex-loiro sobre seu colo, brincando com a situação, até finalmente dar o que ele tanto estava querendo. Sentiu sua alma ir ao céu, ao inferno, e voltar após isso. A boca quente o envolvendo sem o menor temor ou receio, sendo extremamente convidativa, ele não esperava por essa sensação ser tão intensa, assim.

A mão agarrada ao cabelo com mechas azuis feito uma espécie de ímã, os gemidos declarando em alto e bom tom o nível da satisfação presente ali. Hoseok amava isso num nível extraordinário. O corpo de Yoongi formigava por inteiro, ele sentia o mundo parando lentamente ao seu redor, meio que nada mais existia ou importava além daquele momento.

Os lábios se tocaram outra vez, um beijo afoito e desesperado, estavam necessitados um do outro e isso era visível e quase palpável de tão forte. As pernas de Yoongi abraçando a cintura de Hoseok, os arranhões em sua coxa enquanto seu parceiro investia sem pena alguma. Seu corpo se curvava, quase implorando por mais, e mais, e mais. Seus dedos dos pés se contorciam, e Hoseok gemia contra seu ouvido de uma forma muito covarde e filha da puta, obviamente de propósito. Jung conseguia ser um provocador nato quando tinha a motivação, e Yoongi não tinha a menor intenção de resistir a essas provocações.