carne de pescoço.

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Para seu azar, Yoongi precisava pegar um ônibus para chegar até a casa de Namjoon. Não que pegar ônibus não estivesse em seu cotidiano, fazia isso todos os dias, mas ainda detestava a experiência e tentava evitá-la ao máximo. Apenas detestava isso porque se sentia exausto e morria de dores de cabeça toda vez que passava mais de 20 minutos dentro de um ônibus. Já era um costume, e ele havia aprendido a lidar com as dores recorrentes anos atrás, mas querendo ou não, ainda era incômodo. Muitas pessoas grudadas, algumas falando alto, fora o barulho incômodo do motor do ônibus e as balançadas bruscas. Ele preferia a morte tranquilamente.
Apesar disso tudo, teve a sorte de pegar o ônibus em um horário a qual ele vinha relativamente vazio, e que não superestimulou sua mente de qualquer outra maneira. Chegou à casa de Nam sem dores, exaustão, ou vontade de vomitar, como acontecia diversas vezes.

— Eu trouxe salgadinhos — foi uma das primeiras coisas que Yoongi disse para Namjoon assim que chegou em sua casa, logo após um abraço e um "feliz aniversário". Disse uma segunda vez pessoalmente, já que a primeira havia sido por mensagem, à meia noite daquele mesmo dia.

Deixou o prato que trouxe consigo numa mesa ao canto do cômodo junto de outros pratos e potes que continham outros tipos de comida as quais ele não sabia quais eram porque estavam cobertos por panos, tampas ou pedaços de papel alumínio.

Aparentemente, foi um dos últimos a chegar, não sendo realmente o último apenas porque Jungkook chegou uns vinte minutos depois com uma bandeja de bolo de chocolate.

Namjoon morava em Bangu, que, para os que não conhecem, é relativamente longe de onde a maioria deles morava, menos de Hoseok e Yoongi, que moravam no bairro vizinho.
A sua casa era aconchegante. Pequena e bem simples, mas confortável. A reunião era na sala, e pelo que Yoongi havia entendido com alguns comentários soltos, o irmão de Namjoon estava na casa dos amigos, seu pai estava no trabalho, e sua mãe estava em seu quarto para que deixasse os outros mais a vontade no resto da casa. Apesar disso, Min reparou que ela passava pelo corredor vez ou outra discretamente para dar uma olhada neles e ver se estava tudo bem. Bom, considerando que era um bando de jovens em sua casa com acesso a bebidas alcoólicas; mesmo que já fossem adultos, ele não a julgava nem um pouco.

Ah, é! Eu esqueci de avisar, tinha muita bebida alcoólica nesta simples reunião.

Namjoon nem pediu que trouxessem, mas ele conhecia os amigos que tinha, e quando percebeu, sua geladeira já estava cheia de vodkas e vinhos de marcas e procedências bem duvidosas. Não que fosse algo ruim, é claro.

E, com essa pequena informação dada, acho que posso pular toda a parte tediosa da festa, onde todos se encontravam sóbrios e caretas, e ir direto para a parte em que a merda realmente aconteceu. E tudo foi graças a ideia de um gênio.

— E se a gente jogar alguma coisa? Tipo um verdade ou desafio, ou…

— E se jogarmos sete minutos no paraíso?

Jimin interrompeu a fala de Seokjin antes que a mesma fosse completada, e todos pareceram concordar muito rápido com essa ideia.

Era um jogo simples: Dois nomes são escolhidos aleatoriamente, através de um sorteio, e as tais pessoas devem ser trancadas juntas em algum cômodo ou local sem chance de escape durante sete minutos. Eles só são autorizados a sair ao final desse tempo, e pode acontecer de tudo nesse lugar durante os sete minutos, desde uma tentativa de assassinato, até uma pegação fodida.

Jogo saudável e com zero chances de dar algo errado, correto?

Todos se reuniram em uma roda sobre o tapete no chão, e Taehyung baixou em seu celular um aplicativo que fazia sorteios com base nas informações que você dava. Ele colocou os nomes de todas as pessoas presentes na brincadeira e sorteou duas vezes. Os primeiros escolhidos foram Seokjin e Jungkook.

O Dia em Que o Sol Sumiu • Yoonseok (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora