capitulo 2: visita

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— Vai querer ver ele?

A essa altura, eu estava no hospital com a minha mãe e a senhora Yoshino, eu havia ficado sozinha, e chorado bastante, até que mãe lembrou que tinha uma filha e veio me ver, ela dormiu e depois retornamos para o hospital.

— Melhor não.

— Você está aqui desde às 06, e não quer ver ele?

Fitei o chão, em meu relógio marcava 14hrs e 37 minutos.

— Por que não me avisaram que ele é alérgico? E o que vamos fazer com meu gatinho?

Perguntei, não quero que o Shikamaru morra, mas não quero me desfazer do meu gato, foi meu pai que me deu em meu aniversário de 14 anos.

— Ele não queria que você soubesse, ele disse que você iria esfregar o seu gato nele se soubesse. E a partir de hoje ele vai tomar um antialérgico todos os dias, ele já sabe disso, desde quando o avisei que você moraria com a gente, mas infelizmente não tinha o remédio em nenhuma farmácia, encomendei em 3 farmácias semana passada, mas não havia chego, mas conseguir comprar na cidade vizinha, então está tudo certo.

Incrível, eu quase matei o filho dela e ela está tranquilamente me confortando.

Levantei e seguir até o quarto onde ele estava.

Quando ele me viu, ele desviou o olhar. Ele estava pálido e abatido.

— Veio rir da minha desgraça?

Sentir uma dor no peito pelo tom de voz dele.

— Não... Só vim ver se estava melhor...

— Já viu, agora pode ir embora.

Sentir meu olho inundar por lágrimas.

— Se eu soubesse que você era alérgico, eu teria deixado o abacaxi na vovó até sua mãe comprar o antialérgico... Eu não sabia... Desculpa.

Ficamos em silêncio, com ele evitando olhar para mim.

— Você não vai rir mesmo?

O fitei atordoada.

— Vou rir sim, depois de ver você quase morrer em minha frente por causa do meu gato... Com toda certeza! Você acha que eu sou um monstro, mesmo? — perguntei, e limpei a lágrima que caiu. Ele pareceu confuso, e ficou me olhando sem dizer nada. — Entendi...

Sair do quarto sem olhar para trás, mamãe e a senhora Yoshino me olharam um pouco surpresa, talvez por eu estar chorando.

— Eu vou para casa.

Avisei, e sair. Por sorte, o hospital fica a uma quadra da minha nova casa, então andar até lá não é tão perigoso assim.

.

— Abacaxi, vem, vamos sair.

O peguei em meu colo, liguei para o amigo da mamãe que é taxista, e pedi que me levasse até a casa da minha avó. Como ele estava desocupado, ele me levou sem problemas. Avisei a mamãe antes de tudo, e sair do carro com meu gatinho em mãos.

Bati na porta, a porta é aberta e minha avó me dar um abraço quando me ver.

— Oi meu amor, como você está?

Ela saiu me carregando para dentro de casa.

— Estou triste, o Shikamaru é alérgico a gato, ninguém me avisou e ele teve uma reação alérgica que o deixou sem conseguir respirar.

Sentir minha avó me fazer um breve cafuné.

— Sua mãe me contou, não tinha como você saber que ele era alérgico.

Soltei o meu gatinho.

— Vó, eu vi ele hoje, e ele disse que achava que eu iria rir dele... Rir! Quem é que rir de alguém que não consegue respirar?

Minha avó riu.

— Você pega muito no pé dele Temari, leve isso em consideração.

— Não pego não.

Rebati.

— Ano passado você jogou ele no chiqueiro dos porcos do seu avô.

Eu rir com a lembrança.

— Mas ele não iria morrer na lama, apenas criar anticorpos, fiz um favor a ele.

Debochei.

— E quando você cortou o cabelo dele todo torto enquanto ele dormia?

Eu tinha uma tesoura e um sonho.

— Ele tinha um cabelo mais bonito e longo que o meu, inaceitável!

Me justifiquei.

— Você também prendeu ele no depósito, o achamos depois de horas.

— Ele merecia, ficou dizendo que meu cabelo parecia se esfiga de milho, apenas me defendi.

Minha avó riu.

— Ele só sentiu medo... As pessoas sentem medo às vezes, é normal.

Pensei um pouco.

— Você acha que eu assusto ele?

Perguntei.

— Vocês são muitos novos, e pelo seu histórico, é normal que ele ache isso.

Cocei a nuca.

— Eu já tenho quase 15 anos, já sou bem grande!

Me defendi.

Automaticamente, lembrei do meu pai, que seu sonho era dançar uma valsa comigo em meus 15 anos.

Sentir meus olhos inundaram.

Minha avó me abraçou e eu comecei a chorar.

— Não acredito, de novo nisso, Temari?

Limpo meus olhos e me afasto da minha avó quando ouvir a voz do Kankuro.

— Kankuro...

— Oi fedelha.

Ele agarra o meu pescoço com o seu braço me dando um mata leão e bagunça meu cabelo.

Ele me soltou e riu.

— Aí! Seu bruto!

Resmungo e ajeito o rabo de cavalo que fiz em meu cabelo.

— Ainda tá chata? Achei que já tinha passado dessa fase.

Quando crianças, ele fazia isso e eu revidava, brincávamos muito de lutinha, mas agora não tem mais graça.

— E eu achei que após completar 18 anos iria criar maturidade.

Revirei meus olhos e massagiei meu pescoço.

— Deixa de frescura, toda cheia de não me toque, olha para mim, eu sou a Temari friscurenta.

Ele começou a fazer um desfile e andar estranho pela sala.

Minha avó estava rindo e vejo o abacaxi se esfregar nele.

— Culpa desse gato velho, — ele o pegou no colo — vamos fazer ensopado de gato, vó?

Eu tinha me esquecido como ele é perturbado.

— Solta o meu gato.

Corri atrás dele, e ele saiu correndo, ele ria enquanto eu só queria o meu gatinho.

Homens, são tudo idiotas!






autora: espero que tenham gostado ❤️

meu tormento diário  Onde histórias criam vida. Descubra agora