prólogo

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— Por que você não apresenta a casa para a Temari, filho?

Quem disse que eu quero ver essa casa? Eu quero voltar para a minha...

— Tem que ser eu, mãe?

Ótimo, o anfitrião não quer também.

— Eu preciso terminar a conversa com a Karura.

Vejo o moleque revirar os olhos e levantar da mesa com contra gosto, forcei um sorriso e levantei.

— Olha os modos, Shikamaru.

— Que saco.

Ele resmungou e saiu andando. Pensei seriamente em não ir atrás, não sou cachorro para seguir o dono.

— Venha comigo.

Murmurou, sem olhar para mim saindo da cozinha.

— Perdoe meu filho, ele costuma ser mais agradável.

Forcei outro sorriso, agradavel só se for com Deus, porque comigo mesmo não, sair da cozinha e logo o acompanhei até a sala, até que ele parou e permaneceu parado, apenas me olhando.

Que psicopata, eu sei que eu sou linda, mas não exagera.

Não sei quanto tempo ficamos assim, parados, olhando um para cara do outro.

— Olha, eu não vou te mostrar nada, está bem? — Dei os ombros. — Qual o seu problema? Não sabe falar?

Arquei as sobrancelhas, quanta grosseria!

— Com pessoas idiotas, não.

O respondi. Filhinho de papai mimado do caralho, até parece que foi o único que perdeu o pai.

— Olha o jeito que fala comigo.

Revirei meus olhos e cruzei meus braços.

— Me trate direito, nem um cachorro merece ser tratado com tanta grosseria, você não passa de um pivete ridículo querendo descontar o que sente.

Ele me olhou admirado.

— Como é que é? Só abre a boca para falar merda?

— O que está acontecendo aqui?

Olhei em direção a minha mãe, e corri até ela.

— Mãe, ele me desrespeitou!

Forjei um choro, enquanto sentia os dedos da mão da minha mãe acariciar meu cabelo.

— Shikamaru! Eu já disse para tratar bem as visitas.

— Ela que veio me chamando de idiota, mimado e ainda me xingou!

Quanta mentira, só xinguei em minha mente. Esfreguei meu rosto no ombro de minha mãe forçando as lágrimas.

— Olha o estado da garota, eu não te criei para desrespeitar uma mulher! Vai para o quarto.

— Mas mãe...

— Agora.

Segurei o meu sorriso o máximo que eu pude, e o ouvir seus passos pesados.

— Desculpa, Temari... A morte de seu pai ainda mexe muito com ele, ele nunca foi de ser rebelde.

Eu continuei em silêncio, sentindo o carinho da minha mãe em meus cabelos, como se a morte do meu pai não tivesse mexido com a minha.

— Enquanto o Shikamaru fala demais, a Temari quase não fala nada, o filha, conversa com a mamãe.

Balancei a cabeça em negação.

Minha mãe fez amizade com a Yoshino na faculdade de enfermagem, ambas acabaram se casando juntas, minha mãe com meu pai que conheceu por acaso em um shopping após ela ter perdido o celular, enquanto Yoshino conheceu Shikaku ainda no primario.

Meu pai e Shikaku fundaram uma concessionária e trabalharam juntos durante anos, até semana passada, quando o lugar explodiu.

Apesar de sempre ser obrigada a me encontrar com o mala Shikamaru em comemorações, nunca pensei que minha mãe decidiria vir morar com ela.

Eu me pergunto, por que tudo tinha que ser dessa forma?

Autora: espero que tenham gostado, feito com muito amor e carinho (vi um vídeo e bateu a inspiração).

meu tormento diário  Onde histórias criam vida. Descubra agora