capítulo 10: bebê chorão

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Temari

Sorri assim que o vi, seus olhos se arregalaram e eu caminhei até ele.

— Você vem comigo.

Disse, o peguei pelo braço e o puxei, ele parecia petrificado, mas me seguiu, como se estivesse sendo sentenciado a morte e eu fosse a responsável o levando para o local onde ocorreria a sua morte.

O soltei assim que sumi da vista dos dois, e sair andando, sabia que ele não estava me seguindo, mas continuei, não a nada o que fazer em relação a isso, as coisas estão estranhas, e eu não tenho nada a dizer ou fazer, não fui eu quem sair correndo.

Ouvir os seus passos me acompanhar, e olhei em sua direção.

— Temari... Eu...

Sua voz morreu, esperei por algo, mas ele não disse nada, então voltei a me virar e seguir em frente, respirei fundo quando senti meu coração apertar.

Está tudo bem... Temari.

Ele voltou a me acompanhar e tocou em meu ombro. Fala de uma vez, imbecil, olhei para trás, seus olhos escuros me chamaram atenção, eles pareciam perdidos e sua expressão no rosto era confusa.

Sorri.

Ele soltou o meu ombro na mesma hora.

— Pode me falar o que está acontecendo?

Eu perguntei, e cruzei os braços abaixo do peito.

— Hm...

Ele murmurou, coçou a nuca e olhou para o céu.

— Desembucha de uma vez.

Ele ficou surpreso e ainda petrificado.

— É... Que...

Valeime.

— Shikamaru — toquei em seu ombro — esquece o que aconteceu.

Ficar esperando por uma resposta que nunca vira, não vai nos ajudar.

Voltei a caminhar, em passos lentos e com o coração na mão, mas ele não foi até mim, fechei o punho, como quem estivesse esmagando meu coração, já que é assim que o sinto.

Esmagado.

.

Então isso seria desilusão? Ou decepção?

Mas eu nunca pensei que beijaria o Shikamaru, ele nem faz o meu tipo, para mim ele era o moleque que eu amava atormentar, e do nada ele se tornou atraente e fez meu coração bater igual um idiota.

E agora, não sei se mais nada, só sei que foi um erro ter deixado ele se aproximar demais, acho que dei muita liberdade a ele, ele não deveria ter me defendendo, assim eu poderia estar com a consciência limpa e não precisaria abraçar ele.

Se bem que fazia muito tempo que eu queria abraçar ele, e eu nem gosto de abraço, é tão ruim, a pessoa tá quente, ou fedendo, ou te abraça forte demais, ou parece que está te abraçando por apenas educação.

Coloquei meu copo na pia e comecei a lavar.

— Está tudo bem no colégio? — Olhei para a minha mãe e balancei a cabeça concordando — certeza? Estou percebendo o Shikamaru e você mais quietinhos.

Minha alma tirou print.

— faltam duas semanas para a gente se formar, estamos estudando muito, inclusive, eu estava quieta pensando se lembrava do que estudei mais cedo.

Mentir e sorrir caminhando para sair da cozinha.

— Você nunca foi de estudar.

Parei de andar, eita Deus.

meu tormento diário  Onde histórias criam vida. Descubra agora