capítulo 25: é apenas o começo

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Fiquei em silêncio, sem saber o que dizer.

— Não é isso...

Foram as únicas palavras capazes de sair da minha boca.

— Então, qual é o problema?

Respirei fundo.

— Vê você aqui, me faz sentir que posso finalmente te ter novamente, — me aproximei dele — poder te tocar — toquei em sua pele — te abraçar — o abracei, mas ele não reagiu — e até mesmo, poder...

Tentei beijar ele, mas ele me impediu.

— Eu não entendo. Eu estou aqui, então qual é o problema?

— Em novembro, completará 7 anos do seu acidente, 7 anos sem você, eu nem sabia que você estava vivo, eu tinha esperanças, tanto, que nos últimos anos nenhum homem me interessou, meu coração só pertence a você, a ninguém mais. Mas...

Minha voz falhou.

— O que tanto te incomoda?

Respirei fundo.

— Seus sentimentos, eu não sei o que você sente por mim...

Ele segurou o meu rosto.

— Eu sair da onde eu vivia às cegas para tentar encontrar com você, e você ainda tem dúvidas do que sinto por você? Se quer saber se eu me envolvi com alguém — ele levantou a mão em meu rosto — eu nunca tirei esse anel do meu dedo, e pode falar com quem eu vivia, a sua amiga teve contato com eles, ela saberá quem são. Eu sempre respeitei o relacionamento que tivemos, mesmo sabendo que você poderia estar em outra, que você poderia pensar que eu estou morto, mesmo sem saber quem era você, quem eu sou, mas por dentro eu sempre soube, que você é a mulher que mais amei.

Sentir a sua mão passar pelo rosto, que estava em lágrimas.

— Aí Shikamaru...

Ele me abraçou.

— Só não me diga que isso é um adeus, por favor, eu não posso viver sem você. Agora que eu finalmente te encontrei, eu não posso ficar sem você, sem sentir o seu cheiro, seu toque, ou seu olhar. Por favor, me deixe provar que eu te amo.

O abracei com mais força ainda, toda a força que existia dentro de mim.

— Eu só estou cansada. Cada dia, semana, mês, anos em que estivemos juntos, sempre foi uma luta... Eu não aguento mais, tanto sofrimento.

Desabafei.

— Não sei o que passamos. Mas eu estou aqui agora, somos adultos e os únicos capazes de nos separar, somos nós mesmos, e eu não quero isso, tudo depende de você, do que você quer.

Ele me olhou. No fundo dos meus olhos. Sua respiração próxima a minha era uma tentação, uma tentação que eu não conseguia controlar, puxei seus lábios em direção aos meus, e nos beijamos.

Sua mão apertou a minha cintura, porém, eu pulei em cima dele, ele me segurou firme, enquanto ainda me beijava.

— Só me responda, por favor.

Ele pediu.

— Eu amo você.

Desabafei, em seu colo, roubando seus lábios novamente.

Sua boca desceu para o meu pescoço. Fechei os olhos e aproveitei a sensação de sua boca em minha pele, após tanto tempo.

— Então o que faremos?

Ele perguntou. Com seus lábios roçando nos meus.

— Você está jogando sujo.

Disse.

— Para te ter ao meu lado, qualquer jogo basta.

Fui colocada sobre o sofá, com ele beijando o meu pescoço, apertou meu seio esquerdo, me fazendo soltar um leve gemido.

— Eu te quero tanto quanto você me quer, mas não quero apenas isso. Quero te ter por inteiro, e não apenas na minha cama, no caso, na sua.

Ele sussurrou em meu ouvido, voltando a me beijar, mal deixando com que eu pudesse raciocinar.

— Aí Shikamaru.

Sentindo a sua mão descer, ele subiu levemente meu vestido, e foi parar embaixo da minha calcinha, com seus dedos suavemente deslizando em mim.

— Diga, o que seremos!

Soltei um gemido, quando ele massageou meu clitóris.

Sentir minha calcinha sair do meu corpo, e sua língua começar a brincar com minha sanidade.

— Ah, Shikamaru.

Escapei.

— Me responde.

Seu dedo entrou dentro de mim, fazendo com que meu corpo se remexesse.

— Eu... Não sei.

Seu corpo caiu sobre o meu, com seus dedos ainda dentro de mim, sua mão direita apertando meu peito, e ele sussurrou em meu ouvido.

— Eu só quero que você seja minha, minha mulher. — Sentir que estava chegando quase lá, quando ele parou, ficou apenas beijando o meu pescoço. — A gente só vai terminar, quando você me responder.

Acabei sorrindo.

— Você ficou malvado. — agarrei a sua nuca. — A gente pode recomeçar do zero.

Olhando diretamente para a sua boca, ele me impediu novamente de beijar ele.

— Diga o que eu lhe pedi.

Seus dedos voltaram a se mexer dentro de mim, com seus lábios quentes em meu pescoço, e sua mão apalpando meu peito.

— Eu sou sua mulher.

Sussurrei, entre os gemidos.

Ouvir a sua risada. Ele retirou seus dedos, e os enfiou em minha boca, os chupei meio confusa. Ele me pegou no colo, pegou algo no balcão e me guiou até meu quarto, onde me jogou na cama e voltou a subir em cima de mim.

— Dessa vez, eu estou preparado.

Ele retirou de sua carteira uma camisinha. A colocou e sussurrou em meu ouvido.

— Eu estou louco para ouvir gemer o meu nome.

Ele me deu um tapa na cara, me deixando em choque, e antes que eu pudesse responder, seu pau entrou dentro de mim, sentir a sua mão em meu pescoço, enquanto seus movimentos de ir e vim ficavam cada vez mais intensos, ele me puxou, ficando em pé, e com eu em seu colo, começou a ir mais fundo, para a minha perdição.

— Ah, Shikamaru.

Ouvi sua risada satisfeita em ouvir seu nome, e continuei, até que eu não aguentei mais.

— É apenas o começo.

Ele sussurrou em meu ouvido.

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