Ele se afastou, e ficamos nos encarando em silêncio.
— Então...
Comecei. Seu peito subia e descia com pressa, eu diria que ele está muito nervoso.
— Eu... Acho que tô afim de você.
Soltou por fim.
— Acha? — Fiz charme — só acha?
Ele ficou meio sem graça.
— Eu estou muito afim de você.
Seu olhar caiu sobre a minha boca, me fazendo querer beijá-lo.
— Ainda bem, porque eu também estou.
Contei.
Seu olhar repousou no meu, sua expressão parecia estar feliz com a minha confissão.
— Está falando sério?
Ele parecia sem jeito e feliz, que fofo.
— Sim, tipo, você do nada ficou atraente.
Ele sorriu, ainda sem jeito, e com o rosto corado.
— E agora?
Ele perguntou, parecendo perdido, não terá jeito, terei que ser o homem da relação.
— A gente pode ir se conhecendo, e vê até onde vai, até porque, somos bem novos e moramos juntos, seria um choque eu chegar para mãe e dizer: mãe, beijei o Shikamaru.
— Não diga isso a ela, por favor.
Ele começou a mexer com os dedos, estava sorrindo.
O empurrei de leve, o fazendo cair na cama, e deitei por cima dele, o encarei a poucos centímetros do seu rosto, analisando todo a sua feição de surpresa e de seus olhos escuros hipnotizados, e o beijei.
A sensação dos seus lábios nos meus me era estranha, mas de alguma forma, viciante, eu queria continuar aqui, beijando os seus lábios, enquanto a sua mão apertava a minha cintura.
Me afastei, e dei alguns selinhos, e sorri, deitando em seu peito, que batia incrivelmente forte.
O que fez o meu coração aquecer.
— Seu perfume é bom.
Elogiei.
— Eu o tinha já tinha um tempo, mas comecei a usar recentemente.
Levantei um pouco a cabeça.
— Eu percebi, o que te fez usar?
Ele olhou para o teto, fugindo do meu olhar. Na última vez que perguntei isso, ele me deixou confusa.
— V-você, eu já disse.
O abracei e ri.
— Eu sabia, mas queria ouvir com clareza.
Ele estava com vergonha, era nítido.
— Você, gostou?
O seu tom de voz era apreensivo.
— É gostosinho, da vontade de ficar assim por um tempo.
Olhei para ele, e ele sorria, de orelha a orelha.
— Ainda bem.
Voltei a abraçar ele com mais força, não sei por que, mas quero estar mais próximo possível dele, como se eu precisasse ficar assim, grudada na alma dele.
— Posso ser sincero?
O olhei com curiosidade.
— Claro.
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meu tormento diário
Fiksi PenggemarApós a morte do pai, Temari foi obrigado a morar com Shikamaru, que também perdeu o pai, devido às suas mães decidirem morar juntos, porém, os dois nunca se deram bem, e morar juntos será um desafio para ambos, principalmente quando descobrem o sen...