capítulo 6: conversa de idiota

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— Quero que façam duplas.

Por puro instinto, olhei para o Shikamaru. Ele fez um sinal sobre irmos juntos e eu concordei.

Ele sentou ao meu lado, e ficando em silêncio ouvindo a explicação do que deveria ser feito. Pelo o que eu entendi, ele queria que a gente ajudasse em uma atividade, onde a ideia era escrever um mine texto, que fizesse sentido.

— Isso vai ser cansativo.

Ouvir ele resmungar enquanto bocejava.

— Que droga, achei que terminaria minha série essa semana.

Lamentei.

Abri meu caderno e escrevi a data, Shikamaru se aproximou de mim, inspirei pelo nariz e percebi que ele havia passado perfume, que cheiro gostoso.

— Vamos escrever sobre o que?

Meu coração acelerou e eu travei quando ouvir sua voz próxima de mim, o que está acontecendo?

— Sobre um cavalo que quer ser cantor.

Ouvir a sua risada próxima ao meu ouvido, e olhei em sua direção, seu hálito veio até mim, e cheirava a menta, então percebi que ele está mascando um chiclete.

— E como ele vai cantar, Temari?

Molhei a boca com a língua quando a sentir seca, e voltei a prestar atenção em meu caderno, ele é melhor.

— Poderíamos usar como metáfora.

Disse a primeira coisa que veio em mente.

— Que a indústria anda vendendo mais artistas bonitos e atraentes do que talentosos?

Cavalos são bonitos, mas não tenho certeza se acho feio quando eles relincham.

— Mas os cavalos faz um som bom, teoricamente.

— Sim, não estou dizendo que atualmente tem cantor ruim, ou que não sabe cantar, mas que o que faz mais sucesso é a beleza, e um cavalo bem cuidado chama muito mais atenção do que seu relinchar.

Penso um pouco.

— Então vamos colocar um jumenro para competir com o cavalo? O que acha?

Ele riu.

— Um jumento não faz um som melhor que o cavalo.

Penso um pouco.

— E se ao invés do cavalo, escrevessem sobre uma rosa, que ela nasce, crescer e depois é arrancada para servir de "arma", para conquistar alguém, e depois é jogada fora?

Disse, na maior inocência.

— Está pensando em dar uma rosa a Hinata?

Ele sussurrou em meu ouvido.

— Eu já disse que eu gosto de homem!

Aumentei um pouco a voz, a garota em minha frente olhou para mim confusa.

Ele começou a rir, acho que invertemos os papéis, o Shikamaru tá precisando de uma peça para ser pregada.

— Então comece a falar da rosa, e veio um cavalo que queria ser cantor e comeu.

Que dó.

— Credo.

— Mas falando sério, sobre o que quer escrever?

Penso.

— O professor disse que temos que ser criativos, e tem que ter uma crítica social, o cavalo seria critica ao mundo artístico, e a flor poderia ser ao mundo consumista.

meu tormento diário  Onde histórias criam vida. Descubra agora