— O abacaxi comeu a sua língua?
Olhei para o Shikamaru, e ignorei o que ele disse.
— Você está bem mais quieta mesmo, tá tudo bem?
Balancei a cabeça que sim, até porque, não há nenhum problema, só não quero ter que manter conversa com ele e nem com a mãe dele, não depois de tudo.
Eu sei que eu fui meio encapetada com ele, mas jamais arriscaria a vida dele dessa forma, por querer.
Coloquei meus fones de ouvido, e fingi que estava ouvindo alguma música, só para ver se eles falaram sobre mim.
— Vê se cuida dela na escola, viu filho?
Cuidar por que? Vão me arremessar tomate podre?
— Não consigo cuidar nem de mim...
Ele se espreguiçou. Ele sempre está bocejando ou se espreguiçando, o menino sonolento, credo.
— Eu estou falando sério, sempre a defendo quando precisar.
— Mãe, não comece.
Parece que estão me mandando pro hospício, ao invés de um colégio particular, eu jurava que colégio ruim era aqueles em que o governo não dá verba nem para a água limpa dos estudantes, ou água para descarga da privada, se é que tem privada.
Mas pelo visto, riquinhos mimados sendo riquinhos mimados, tudo bem, eu sou uma riquinha mimada mesmo, não tem problema.
— Boa aula, meus queridos, qualquer coisa liga, se bem eu e nem a Karura vim, a Mirna vem.
Ela beijou a cabeça do shikamaru e eu saí do carro antes que ela viesse com carinho gratuito comigo.
— Aqui é o pátio. — Eu fingi que não ouvir enquanto o seguia, ele parou em minha frente me obrigando a parar de andar. — chega disso.
Ele tirou meus fones.
— Ei!
Ele riu quando percebeu que os fones nem estavam com algo tocando.
— Eu sabia que você queria me ignorar, mas não tanto ao ponto de fingir que está ouvindo algo, já tem uma semana Temari, chega disso.
Bufei com desgosto, ele me entregou meus fones e eu guardei no bolso do meu casaco.
— Olha só o que temos aqui, o bicho preguiça arrumou uma namoradinha.
O rapaz alto de cabelos pretos assim como seus olhos me analisou de cima a baixo, enquanto repousava seu braço no ombro do Shikamaru.
Ele é bonito.
— Ela não é minha namorada.
Ele respondeu retirando o braço do moreno.
— Eu sei que não, ela jamais ficaria com um cara como você, você tem que está à altura de uma gata como ela.
E ala, quem ele pensa que é para fazer bullying como meu bicho de estimação?
Só porque achei ele mó gatinho.
— E com você menos ainda.
Sorri e caminhei até o Shikamaru pegando em seu braço e o arrastando para que seja lá onde.
Ouvir alguns risos atrás de mim e ignorei plenamente.
— Eu sou o Sasuke, não esqueça.
Me virei em sua direção.
— E quem liga para quem você é!
Voltei a andar, ignorando a expressão dele confuso.
— Você sabe para onde estamos indo?
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meu tormento diário
FanfictionApós a morte do pai, Temari foi obrigado a morar com Shikamaru, que também perdeu o pai, devido às suas mães decidirem morar juntos, porém, os dois nunca se deram bem, e morar juntos será um desafio para ambos, principalmente quando descobrem o sen...