capitulo 1: falta de cuidado

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— Mãe! Tem um pulguento em meu quarto!

Pulguento?

Fui em direção aos gritos, quando vi o Shikamaru descer as escadas com o abacaxi em mãos, ele cobria o rosto com o braço enquanto segurava o gato de mal jeito com o outro braço.

— Ei! Segura direito o Abacaxi!

Fui até ele, estava incrédula de como ele estava tratando o meu precioso filho.

— Esse bichano é seu?

Ele jogou meu gato no chão, sem mais nem menos, e começou a limpar a roupa.

Meu gato começou a miar, e veio até mim, me agachei e fiquei acariciando ele enquanto comecei a falar.

— O meu amor, ele não te tratou bem, não é? — se fosse possível, eu queimaria o Shikamaru inteiro com os meus olhos — Eu sei, o Shikamaru é uma pessoa... — vi a senhora Yoshino entrando na sala horrorizada — um pouco difícil de lidar, mas está tudo bem, ele só não gosta que mexam em suas coisas, vem com a mamãe.

Peguei no colo e acariciei o seu pelo branco.

— Não quero que esse animal entre em meu quero novamente!

Ele parecia irritado, quem é que se irrita por causa de um gato?

Tipo, é um animal fofo e bonito, que só dorme e come. Qual é o problema?

— Meu Deus, eu vou na farmácia, tentem não se matar, por favor.

Yoshino saiu rápido enquanto o Shikamaru saiu pisando duro.

— Ei! — o chamei quando vi que a mãe dele já tinha saído — isso não vai ficar assim — ouvir a sua risada sarcástica quando ele se virar em minha direção — Você vai pagar caro pela forma que tratou do abacaxi.

Ele cruzou os braços.

— Se esse animal encostar em mim de novo, esqueça que um dia ele foi seu.

Como é que é? Ele está ameaçando o meu gatinho? O meu abacaxi...

— O que aconteceu?

Vejo a minha mãe e desisto de rebater.

— Nada.

Saí da sala e voltei pro meu quarto, voltei a fazer o que eu estava fazendo, arrumando as minhas malas em meu novo quarto, ele é bem maior que o antigo, mas muito sem graça, todo branco, e só tem uma cama e um closet.

Nada mais, cade o tapete? A poltrona? Um criado mudo? Nada!

Já havia conversado com a minha mãe, e ela me deixou pintar apenas uma parede, apenas uma! Meu antigo quarto era menor, mas pelo menos era todo pintado, bonito!

Não sem graça!

"Toc toc"

— Pode entrar.

A porta se abriu e minha mãe entrou.

— Oi filha, se possível, até a Yo voltar, não tire o abacaxi desse quarto, por favor, o Shikamaru não se dá bem com gatos, mas logo vai ser resolvido quando a mãe dele chegar.

Ela saiu, fechou a porta e não disse mais nada. Eles vão fazer algo com meu animalzinho quando eu não estiver? Eu terei que doar ele? Meu Deus!

Não quero isso, e agora? A já sei, eles querem ele aqui dentro para ser mais fácil se pegar ele, tudo culpa daquele mimado, aquele garoto!

Peguei a pelúcia favorita do abacaxi (uma pelúcia em formato de abacaxi), e saí do quarto deixando meu gatinho preso, ignorei os miados dele, e fui até o quarto do Shikamaru, bati na porta e esperei que ele abrisse.

— O que é que você quer?

Guardei todo o ódio e rancor dentro do meu peito e tentei ao meu máximo fazer uma expressão amigável.

— Eu sei que a mudança minha para a sua casa tenha sido, está sendo difícil para você, e sei também que a minha presença te incomoda, não só a minha presença, mas a do abacaxi também, então queria me redimir, já que vamos ter que morar juntos... — estendi a pelúcia, quero saber como ele vai reagir quando descobrir que esta com um ursinho que já foi babado pelo abacaxi — espero que você goste...

— Por que eu vou querer uma pelúcia?

Olhei para o chão, não conseguir olhar para a cara dele.

— Só aceita, tá bom? Eu tô tentando ser legal, mas você é um pé no saco.

Joguei a pelúcia em sua cara, e depois a peguei.

— Temari!

Ele me chamou, mas eu sair, não quero mais ver ele.

Ele é um idiota! Eu quero ir embora! Poxa, que moleque chato, nem um presente aceita.

Crem Deus pai!

— Ele é um chato abacaxi!

Resmunguei, e fechei a porta.

.

Fitei o meu gatinho dormindo, ele estava tão sereno, finalmente arrumei todas as minhas roupas.

Ouvi alguns passos de correria pelo corredor, a porta do meu quarto é aberta bruscamente.

— O abacaxi saiu do quarto?

Meu gato acordou e se espreguiçou.

— Não, desde que mãe disse para ele não sair, ele não saiu.

Já estava escurecendo, e ela havia me avisado logo após o almoço.

— Aí meu Deus!

Ela saiu correndo, levantei assustada e sair atrás dela.

Foi quando eu vi o Shikamaru sendo carregado até o andar de baixo pelos socorristas.

— O que está acontecendo?

Desci as escadas, e vi o homem entubando o Shikamaru.

— Ele é muito alérgico a gato, a Yo estava procurando um remédio específico que passa, mas não estava encontrando.

Minha mãe estava saindo, atordoada.

Automaticamente eu lembrei da pelúcia que joguei na cara dele...

Meu Deus!

O que foi que eu fiz? Por que não me avisaram que ele era alérgico?

A maneira que a senhora Yoshino saiu apressada quando viu ele com o gato... O aviso da mamãe... Estava tão óbvio! A reação dele... Meu Deus! Eu tentei matar o moleque! Ele é insuportável, mas não merece morrer.

O que eu fiz... Meu Deus! O que eu fiz?

O abacaxi se esfregou em minha perna, limpei os meus olhos cheios de lágrimas e o peguei em meu colo e subi para o meu quarto.

— Eu sou um monstro, abacaxi... Eu sou um monstro!

Eu queria que ele pagasse... Mas não com a vida...

meu tormento diário  Onde histórias criam vida. Descubra agora