Capítulo 50

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POV Dulce

Terminando essa primeira aula, fui no banheiro rapidamente durante a troca de professores pra tentar esconder a marca do meu pescoço, não cobriu totalmente, mas disfarçou bem. Quando voltei pra sala meus amigos estavam ao redor do Ucker tentando entender o que havia acontecido na hora que ele me puxou pra fora da sala. Ele inventou que queria as respostas da tarefa que era pra hoje, a mesma que fizemos ontem na casa dele, e que ficou com vergonha de pedir na frente de todos, eles pareceram acreditar, fiquei aliviada. As aulas correram normalmente, no intervalo fomos todos pra nossa mesa de sempre.

Anny: Caraca minha cabeça vai explodir com tanta tarefa que passarm hoje —senta no banco respirando fundo.

Poncho: Fala sério Anny, se você que sempre faz tudo certinho não tá aguentando, imagina nós, míseros atletas que só nos damos bem no futebol —aponta pra Christian e Ucker.

Mai: Realmente vocês estão lascados, e é bom que se virem viu, não quero ver vocês fora dos jogos por estarem com notas baixas.

Dul: É galera o negócio é sério, se o diretor ver que vocês estão indo mal nas provas, bye bye jogo.

Ucker: Sério que eles tiram do jogo por causa disso? —as meninas assentem.

Dul: Sim, porque afinal é uma escola né, o principal objetivo é o aprendizado.

Mai: O diretor valoriza muito o nosso time, mas não mais que os estudos.

Christian: Resumindo é um saco! Além de ter que ser bom no futebol, ainda temos que ser nerds —põe as mãos na cabeça —Agora ficaremos loucos —todos dão risada.

Depois de comermos e conversarmos bastante, a Sabrina vem até nossa mesa, todo mundo ficou encarando ela sem disfarçar, pra ver o que ela queria.

Sabrina: Poncho podemos conversar? —aquela voz enjoada ardeu meus ouvidos.

Anny: Querida se você não percebeu estamos no meio de uma conversa e ... —se levanta

Poncho: Claro, vamos —ele se levanta pega na mão dela e sai.

Anny fica de boca aberta, totalmente passada que ele fez ela passar vergonha e se senta voltando a comer com raiva.

Anahi: Ai que idiota, eu nunca mais protejo ele dessa daí —solta os talheres no prato fazendo um barulho alto.

Mai: Ai amiga não tem jeito, tomara que a idiotice dela não seja contagiosa e passe no Poncho. —diz com raiva.

Anny: Ai de vocês se nós trocarem por aquele triozinho hein —adverte os meninos e eles dão risada.


Depois de passar a tarde na minha aula de inglês vou em direção ao campo pra ver o treino dos garotos, caminho pelas arquibancadas até o lugar que eu gosto e me sento. Eles estavam fazendo alguns circuitos com a bola, olho para os lados e ainda não vi Mai e Anny, certamente ainda estavam na quadra jogando handball.

Fiquei observando o Ucker, ele fica tão feliz fazendo o que gosta, tão leve e tranquilo. Quando ele terminou todo o circuito e parou pra beber água olhou ao redor e me viu, mesmo de longe consegui ver seu sorriso e a piscadinha discreta que me deu antes de ir para o vestiário, não aguentei e sorri feito uma boba.

Mai: Que cara de boba é essa dona Dulce Maria? —vem por trás de mim descendo as arquibancadas em minha direção.

Dul: Nada demais —que sorte elas chegarem bem nessa hora, ai que vergonha —E aí como foi o treino de vocês? —puxo outro assunto

Anny: Foi bem puxado, mas eu adoro —suspira e se senta ao meu lado.

Ficamos prestando atenção quando o treinador separou os garotos em dois times para começarem uma partida.

Otávio: Um lado joga de camisa e o outro sem! Vamos lá garotos se separem —sopra em seu apito.

Ucker: Treinador qual time falta um? —o vejo sair de dentro do vestiário.

Otávio: Vai nos sem camisa Uckermann —ordena e ele vai

Como todos os do time dele, ele tira a camisa e começam a se posicionar. De repente começo a ouvir uns assobios e zueiras, fico sem entender nada.

Tomás: Caraca Ucker, a noite foi boa hein —assobia e tira sarro.

Ucker: Do que você está falando? —se vira pra trás pra ver quem que falou isso.

Tomás: Tá com as costas toda arranhada —os outros meninos vão pra perto dele olhar também.

Poncho: Aí Ucker —o chama —Nem conta quem foi é —dá risada

Ucker: Ai seus idiotas, vão arrumar o que fazer —diz e começa a se preparar em sua posição.

O treinador apita dando início ao jogo, ficamos assistindo, os meninos estavam jogando bem melhor agora, bem mais preparados.

Terminando o treino os meninos vão ao nosso encontro nas arquibancadas.

Maite: Caraca Ucker, foi atacado por um gato? —arregalo os olhos quando vejo as costas dele e o abdômen arranhados.

Ucker: Não gente, é só que... —o interrompem

Christian: O tigre aqui tá passando bem e nem conta pra gente —nessa hora senti vontade de enfiar minha cabeça em um buraco, o Ucker olhou pra mim dando risada.

Anny: Esse aí não perde tempo hein. —Ucker não aguenta e sorri —Uiui ui, o negócio tá sério? —ele dá de ombros dando a entender que nem ele sabe, acabei de notar que eu também não sei.

Poncho: Não tem nada melhor que uma noite assim, não é meus amigos... —da um sorriso malicioso —E aí o que acharam do treino de hoje meninas? Deu pra notar que o pai aqui —aponta pra ele mesmo —Tá regaçando não é?

Anny: Claro que não, você sempre erra em alguma coisa —fala grossa e eu e Mai nos entreolhamos.

Christian: Oloco Poncho vai deixar é —brinca e a Anny mostra a língua pra ele.

Ucker: Bom acho melhor irmos embora —diz ao perceber o clima.

Quando todos começaram a subir as arquibancadas pra irmos embora, ouço alguém me chamar.

Xxxx: Eai Dulce —me puxa um pra um pouco longe dos meus amigos e me da um beijo no rosto —Já decidiu se aceita sair comigo?

Dulce: Oi Pablo —olho pro Ucker e o vejo revirar os olhos —Olha eu realmente pensei e não acho bom. Sabe como é meu pai, ele não vai gostar nada, então não vai ter como tá?

Pablo: Que pena então —vejo ele ficar chateado, fiquei com dó até —Nos vemos amanhã na aula, tchau —ele acena e sai.

Subo correndo pra alcançar meus amigos que estavam me esperando e saímos em direção a saída do colégio.

Meu Primeiro AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora