Capítulo 54

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POV Dulce

     
         Vários dias se passaram, em casa nada mudou, o clima com meu pai estava péssimo, eu mal olhava pra ele e só o respondia com Sim ou Não, já com minha mãe estava tudo normal, ela só evitava falar do assunto. Na escola estava tudo igual, aulas  e mais aulas, tarefas e trabalhos, ter que aguentar gente chata como o grupo da Fuzz, o único que salva são meus amigos, mas mal conseguíamos passar um tempo juntos, apenas era possível nos intervalos, e agora que está se aproximando o dia dos campeonatos de futebol, os meninos estão treinando sem parar, agora só pensam nisso.

         Minha relação com o Ucker está um pouco difícil, já não conseguimos ficar juntos, é difícil até pra darmos um selinho, eu não estou aguentando mais ficar tão afastada dele assim, os momentos que conseguimos passar juntos são raros, porque agora só nos vemos no colégio e sempre estamos acompanhandos por mais alguém.

          Em relação a minha saúde mental... Ah essa aí está precária viu, toda essa situação me deixa muito desanimada, além de que eu só fico em casa o dia todo, tirando os dias que tenho inglês, fico no maior tédio, acho que já assisti todos os filmes da Netflix.

           Acabei de chegar no colégio, estava uma tarde muito bonita e ensolarada, estou sentada no pátio central  esperando o sinal tocar para eu entrar na aula de inglês. Já havia chegado alguns garotos do time, não vi minhas amigas ainda, já devem estar na quadra de handball. Fico ali olhando pro nada, é nessas horas que um celular faz falta.

Xxx: Dulce? —escuto me chamarem então me viro pra os lados procurando.

Dulce: Ucker —abro um sorriso enorme e vou até ele.

Ucker: Não sabe como estou com saudades —faço um biquinho ao ouvir aquilo.

Dulce: Eu também estou demais —vejo os olhos dele brilhar, ele puxa a minha mão e me leva até embaixo da escada.

Ucker: Dulce eu não estou aguentando mais ficar longe de você. —ele me dá um selinho.

Dulce: Nem eu, juro que se pudesse escaparia com você pra qualquer lugar —suspiro pesadamente.

Ucker: E porque não fazemos isso? —sussurra no meu ouvido.

Dulce: Tá louco é? Esqueceu que meu pai vai vir me buscar aqui? E você também tem treino agora.

Ucker: É muito simples, saímos agora e voltamos antes do horário que seu pai te busca —ele sorri todo empolgado e eu fico sem acreditar que ele realmente levou a sério. —Alguém já te viu aqui? —eu nego. —Melhor ainda, ninguém me viu também, acabei de chegar. Você quer fazer isso?

Dulce: Quero e muito —jogo a cabeça pra trás —Mas tô com medo de dar errado.

Ucker: Ah, como dizem... Só se vive uma vez. —ele me encara e estende a mão pra mim, eu reluto um pouco, mas agarro.

          Nesse instante ele começa a me puxar em direção a saída e saímos correndo. Quando já estávamos fora do colégio, ele pega o celular e chama um Uber. Em poucos minutos ele chegou, nem perguntei qual era o destino apenas fiquei pensando no que estava fazendo.

           Quando chegamos, Ucker desceu do carro e eu logo em seguida. Vi que estávamos na praia, fiquei sem acreditar que eu estava ali.

Dulce: Ucker alguém pode nos ver aqui. —ele segura minha mão e começa a me puxar pra areia.

Ucker: Dulce quase ninguém vem aqui em uma segunda-feira, olha... —aponta ao redor. —Só tem uns idosos, e algumas pessoas com crianças. —olho em volta.

Dulce: Realmente, tá bem vazia. —sinto meu corpo relaxar mais.

Ucker: Vamos lá mais pro canto, tem menos sol e quase ninguém vai lá. —saímos correndo até lá. —Finalmente... —ele me puxa pela cintura.

Dulce: Finalmente o que? —sorrio me fazendo de boba.

Ucker: Vou poder te beijar —ele cola nossas testas, minha respiração começa a ficar um pouco ofegante —E o melhor, sem ninguém pra atrapalhar. —ele segura meu queixo me olhando profundamente, sinto minhas pernas ficarem meio bambas com esse olhar.

        Antes de eu pensar qualquer coisa ele juntou nossos lábios, aquela energia que tínhamos de tanta saudade falou mais alto e não estava nada mal. Que maravilha sentir esses lábios macios, as mãos dele firme em minha cintura, tudo o que eu queria a dias.

         O vento soprava meu cabelos bagunçando tudo, eu não estava nem aí, Ucker coloca a mão na minha nuca dando leves puxões no meu cabelo, meu Deus, que tentador. Já eu, depois desse toque, passo meu braços em volta do pescoço dele ficando nas pontas dos pés, percebi que ele colou mais nossos corpos, podia senti-lo muito bem o que me deixava ainda mais ofegante.

         Eu já começava a sentir um calor percorrendo todo meu corpo, ele passa levemente os lábios no meu pescoço me arrepiando inteira, como resposta puxei os cabelos de sua nuca. Ele volta a atacar meus lábios e puxa meu lábio inferior, enquanto desliza sua mão pousando na minha bunda dando um leve aperto, isso o que ele estava fazendo estava me enlouquecendo, sentia minhas pernas fracas.

          Não sei se ele também estava, mas pra minha sorte ele me fez deitar na areia e ficou sobre mim, o senti acariciar meus cabelos, passei minhas mão por seus músculo do braço, até pareciam ter aumentado. Quando nos separamos pela falta de ar ele se deita ao meu lado e me puxa para deitar em seu peito.

Ucker: Tao bom te ter aqui comigo —sorrio pra ele. —Está sendo muito difícil me controlar no colégio.

Dulce: Ai nem fala —dou um selinho nele. —Ainda bem que agora não precisamos nos controlar —nós dois rimos. —Só fica esperto com o horário tá?

Ucker: Relaxa minha linda, coloquei o despertador, não se preocupe —entrelaça nossas mãos e deposita um beijo.

         Ficamos um bom tempo ali, só nós dois, curtindo esse momento, conversando, trocando carícias e com muitos beijos. Eu só queria que o tempo não passasse, essa fuga nossa salvou completamente meu dia, estou muito melhor agora, é incrível como Christopher Uckermann pode me fazer tão bem.
    

Meu Primeiro AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora