Meu Primeiro Amor

Capítulo 44

    

        No dia seguinte Ucker acordou de muito bom humor, estava tranquilo, finalmente conseguiu dizer tudo o que sentia pra sua mãe, coisa que não fazia há anos. A maior motivação pra ele conseguir se abrir foi o apoio da Dulce, ele estava muito agradecido por ela, queria fazer ela se sentir especial, ao terminar o café da manhã ele se despediu da mãe e saiu de carro a caminho da escola, mas antes ia passar em uma floricultura pra comprar uma bela rosa vermelha pra Dulce.

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    No colégio, assim que Dulce Maria chegou foi direto pro lugar escondido deles, tomou bastante cuidado pra que ninguém a visse, passando pelos arbustos ela não encontrou o Christopher, então decidiu sentar, ficou admirando a paisagem enquanto esperava ele chegar.
      Estava tão tranquila e relaxada que nem percebeu quando alguém tapou seus olhos por trás, ela sorriu, o perfume dele o entregou, se virou e o puxou para um beijo.

Ucker: Bom dia minha linda —abraça ela

Dul: Bom dia —sorri e segura o rosto dele entre as mãos —Você tá bem mais feliz hoje...

Ucker: Tudo graças a você sabia? —ela não entende muito bem —Você deu toda a coragem que me faltava pra pedir desculpas a minha mãe —beija ela.

Dul: Nossa que bom Ucker —abre um sorriso enorme —Fiquei muito feliz por tudo ter se acertado —segura a mão dele

Ucker: Por isso, decidi te trazer isso —abre a mochila e agarra a flor que estava envolvida por um papel colorido, ele dá um beijo na flor e entrega pra ela.

Dulce: Não acredito! —seus olhos se enchem de lágrimas —Eu amei, nunca recebi uma flor de ninguém, obrigada. —o encara com os olhos brilhando

Ucker: Eu podia ter trazido um buquê, mas chamaria muita atenção, mas que bom que você gostou —ela o puxa para outro beijo

Dulce: Rosas vermelhas são minhas favoritas —cheira a flor sorrindo pra ele

Ucker: Lembrei do seu cabelo e decidi escolher essa.

    Eles ficaram conversando um bom tempo, Dulce tinha amado demais esse presente, ela amou a atitude dele, se apaixonou ainda mais. Ucker ficou feliz por ela ter gostado, ver ela sorrindo desse jeito o deixa todo bobo.

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     Antes de ir pra sala Dulce guardou a flor no armário pra não amassar na mochila, aproveitou e já deixou dentro de um copinho de água, Ucker entrou primeiro na sala e depois de um tempo ela foi pra lá também.
      Dulce não percebeu, mas no momento em que colocou a rosa no armário pra guardá-la, Pablo a estava observando. Ele esperou ela sair dali e se aproximou do armário dela, ficou um tempo ali pensando em como ela estava feliz, com certeza era pela flor e ele não gostou nada disso, porque sabia que isso podia ser coisa do Ucker.

Pablo: Ei Fuzz! —chama a loira que passava por ali —Já tenho minha resposta.

Fuzz: Ah é? —sorri maliciosa —Espero que a resposta seja um sim, porque ontem te fiz um favorzão —dá um tapinha no ombro dele e ele não entende sobre o que ela estava falando —Foi eu quem te empurrou encima daquela ruiva falsificada.

Pablo: Então foi você? —ela assente —É realmente foi um favor, adorei ter ela tão perto de novo —sorri ao pensar no corpo dela colado no dele.

Fuzz: Ai tá bom, me poupe dos detalhes por favor —faz cara de nojo

Pablo: Esse foi um dos motivos que influenciou na minha decisão, tá legal? Também adorei por ver como o Ucker ficou morrendo de raiva, não gosto dele, e ver ele bravo é uma PIADA —debocha

Fuzz: E então sua resposta é? —se aproxima dele

Pablo: Eu topo te ajudar na sua vingança —cochicha no ouvido dela

Fuzz: Ai que ótimo, assim meu plano vai sair melhor que o esperado —eles escutam o sinal e vão juntos pra sala

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Maite: Que bicho te picou? —fala baixo para que o professor não ouça —Tá parecendo uma boba alegre, não tá normal não.

Dulce: Ai amiga, nada demais. Só acordei de bom humor, não é ótimo? —mente.

Anny: Eu também percebi viu —as duas se viram pra traz e a encaram, não sabiam que ela tinha ouvido.

Maite: Fofoqueira! Não falei com você —brinca e a Anny mostra a língua pra ela

Dulce: Vocês tão achando que fiz o quê? Já disse que não foi nada demais não —dá uma olhada rápida pro Ucker

Maite: Ah não sei, mas alguma coisa aí tem —volta a copiar a matéria e Dul arregala os olhos, estava tão óbvio assim sua felicidade?

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      No intervalo as três amigas vão em direção a mesa de sempre, quando iam se sentar os meninos chegam também.

Poncho: Cara a comida de hoje não tá com uma cara boa, acho que vou ficar com fome mesmo

Christian: Também achei, vou ficar só com esses salgadinhos, vocês querem? —oferece e todos negam.

Ucker: Ah pra mim serve —diz se referindo a comida do dia —Pelo menos tem algo né —Christian o encara.

Maite: Se você ficar com dor de barriga, azar o seu viu kkkkkkkk —aponta pro prato dele.

Dulce: Ai gente não falem isso, tá ótimo mesmo, pelo menos vai matar a fome da galera —dá de ombros e o Christian a encara também.

Anny: E essa última aula foi péssima, merecíamos uma comida melhor pra esquecermos da voz irritante daquela professora de geografia. —Toma seu suco triste, queria comer algo bom

Dulce: Vocês acharam? Nem percebi que foi tão ruim assim, pra mim estava igual todas as aulas —dá de ombros

Ucker: Também achei normal, nem percebi —diz tão tranquilo olhando o movimento do refeitório

Poncho: Pra mim também foi péssimo, não é exagero da Anny, não sei como vocês dois não acharam —Dul e Ucker se olham e não conseguiram não sorrir quando seu olhos se encontraram

Christian: Vocês dois estão um poço de positividade hein, minha nossa! —todos encaram eles dois —Tá esquisito, se essas coisas tivessem acontecido ontem vocês também teriam reclamado, porque ontem sim vocês estavam normais.

Maite: Eu falei pra Dul, que ela tá estranha, mas o Ucker não tinha nem notado.

Anny: O que vocês beberam? Passa a receita aí porque quero esse humor também. —brinca

Poncho: Eu hein, estão iguais aquelas pessoas apaixonadas, que veem o mundo cor de rosa, tudo é lindo e maravilhoso... —ao ouvir isso Dulce fica toda corada, e o Ucker disfarça sua vergonha tossindo

Ucker: Parem de ser chatos, eu to assim porque fiz as pazes com minha mãe de um problema aí, só, nada demais

Dul: E eu é por... —é interrompida

Pablo: Oi Dul —se aproxima da mesa e Dulce agradece mentalmente por ele ter interrompido ela —Posso falar com você?