Dulce: Tá bom, vamos lá fora —se levanta e sai acompanhada dele.
Ucker fecha a cara ao ver os dois juntos, o ranço por Pablo só crescia com o passar dos dias, cara mais fingido que ele não existe. Mesmo sentindo raiva, tomou cuidado para que os amigos não percebessem, menos mal que cortaram o assunto que estavam tendo, a única coisa que não gostou foi a Dulce ter ido com aquele cara cínico.
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Pablo: Queria me desculpar por ontem. —se senta no banco debaixo da árvore —Vi que o Ucker ficou bravo, você sabe porque?
Dul: Ele ficou é? Nem percebi — senta ao lado dele —Deve ser impressão sua —ao mentir olha pro lado fingindo desinteresse.
Pablo: Bom eu acho que ele gosta de você Dul —ela fecha os olhos tentando não expressar nada ao ouvir aquilo.
Dulce: Era isso o que você queria falar comigo? Do Ucker, sério? —tenta mudar de assunto.
Pablo: Bom não exatamente. Eu queria te dizer que eu gosto muito da sua companhia e confio demais em você —ela fica desconfortável ao senti-lo se aproximar —Por isso também queria saber se você tem algo com ele, pela maneira dele agir ontem desconfiei, mas já que vocês não têm nada... —da uma pausa e suspira —Queria te chamar pra sair comigo —ela arregala os olhos e o encara.
Dulce: Como é que é? Você quer sair comigo? Pra quê? —ele segura a mão dela
Pablo: É Dul, sair. Sabe, pra gente ver como vai ser e ...
Dulce: Pablo, espera aí cara —o interrompe e solta sua mão da dele —Eu gosto muito de você, mas é como amigo —que situação ela tinha se metido, não sabia onde enfiar a cara.
Pablo: Dul por favor, eu gostaria muito de passar um tempo com você, não é nada demais, se quer sair como amigos, vamos sair como amigos. Vai Dulce, por favor —ela odiava esse tipo de situação, não podia ir, ela estava com o Ucker agora, o ruim é que ninguém podia saber, por isso tinha que inventar uma desculpa, mas não sabia o que falar nesse momento.
Dul: Posso te responder depois? Tenho que ver direitinho —olha pra baixo evitando contato visual.
Pablo: Claro, vou estar esperando —se levanta e beija o topo da cabeça dela, ao sentir isso ela fica sem reação.
Dulce: Aiii e agora, e agora? —fala com sigo mesma e apoia a cabeça nas mãos sem saber o que fazer —Tenho que arrumar um bom pretexto. —alguns minutos depois ela ouve o sinal e sai em direção a sala de aula.
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Chegando na sala de aula ela vê o Ucker parado, encostado no batente da porta, provavelmente esperando ela, ao vê-la ele sorri, inevitavelmente ela sorri também.
Ucker: Eai? O que o Pablo queria? —fala baixo pra que ninguém escute.
Dulce: Melhor falarmos disso depois tá? —ele assente e ao passar pela porta, ela segura levemente na mão dele sem que ninguém perceba, queria era beijá-lo mas era algo impossível nesse momento, com o toque ele sorri sutilmente.
As duas últimas aulas passaram, teriam bastante tarefas pra fazer em casa hoje, de agora em diante será mais puxado os estudos. Quando tocou o sinal anunciando o fim das aulas, todos se apressam para irem embora logo, Dulce ficou enrrolando de propósito, ela esperou as amigas saírem e ficou por último, assim que todos foram embora ela saiu, gostaria de ir no lugar de sempre pra falar com o Ucker, mas não podia porque se não chegaria tarde em casa, combinou de encontrar com ele na saída e irem embora juntos.
Quando passou pelo portão da saída, viu Ucker encostado no carro prata que estava no estacionamento do colégio, ela se surpreende, não sabia que ele tinha vindo com o carro. Sorte que não tinha mais ninguém por ali, somente o carro de alguns professores.Dulce: Não sabia que estava de carro hoje —ele dá um selinho nela assim que a vê, ao se separarem ela olha em volta preocupada de que alguém os visse.
Ucker: Relaxa Dul, ninguém vai nos ver. Hoje pela primeira vez você vai andar na minha HB20 —ele abre a porta pra ela entrar e assim ela faz.
Dulce: Agora podemos conversar sem ninguém nos ouvir —ele sorri pra ela e fecha a porta do carro.
Ucker: Não só conversar —ele rapidamente entra do outro lado, fecha a porta e se inclina para finalmente poder beijá-la. —Bom melhor irmos, você não pode demorar muito pra chegar em casa né —ela assente e ele arranca com o carro.
No meio do caminho Dulce começou a lembrar do que o Pablo falou, tinha que contar logo pro Ucker, mas estava sem coragem. Preferiu esperar ele parar o carro, ele estacionou uma rua antes da casa de Dulce para que ninguém a visse.
Ucker: É chegamos, infelizmente.
Dulce: Tenho que te contar o que o Pablo me falou —imediatamente ele para tudo o que estava fazendo e a encara. —Primeiro ele me falou que achava que a gente tinha algo pela sua reação ontem na aula de educação física. Eu não afirmei nada, acho que ele já entendeu.
Ucker: Nossa eu ia adorar que todo mundo soubesse que estamos juntos principalmente ele, mas por outras razões não podemos falar nada ainda —ele segura a mão dela acariciando.
Dulce: E a outra coisa que ele me disse... —perde a coragem e ele fica encarando esperando ela terminar de dizer. —Ele me chamou pra sair. —ele arregala os olhos
Ucker: MAIS QUE DESCARADO! —bate fortemente no volante com o punho fechado —TAVA DEMORANDO MESMO. Eu sabia Dul, te disse que ele não queria ser só seu amigo, ele é um safado isso sim, se aproveitando da sua amizade pra tocar em você —passa a mão pelo rosto, ficou com tanta raiva que começou a suar —E você o que respondeu? —olha pra ela fixamente.
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Meu Primeiro Amor
RomansaNo Colégio Elite Way School, um certo grupo de amigos vivem grandes emoções e problemas da adolescência. Dulce Maria, a protagonista de 16 anos, é a amiga que todos gostariam de ter, divertida, leal, que busca sempre fazer o bem e buscar o melhor ca...