Meu Primeiro Amor

Capítulo 22

POV Dulce

Depois de uma noite dificil, acordo com o despertador para me arrumar pro colégio. Enquanto estava no banho fiquei pensando, será que eu estou me apaixonando pelo Ucker? Como vou saber? Isso que não sei, mas o que tenho certeza é que ele não presta, ele está na gandaia, com certeza eu seria só mais uma na lista dele. Tenho que parar isso antes que seja tarde de mais e acabe me machucando. Vou fazer o que eu já tinha em mente, ignora-lo, com certeza ajudaria, não posso me render aos encantos dele. Depois de pronta desci pra tomar meu café e assim que entro na cozinha vejo meu pai e outra pessoa do sexo masculino.

Dulce: Christian? O que está fazendo aqui. —fico surpesa com visita a esta hora da manhã, ele sorri pra mim e me sento à mesa

Fernando: isso é jeito de falar Dulce Maria? —me repreende.

Dulce: Foi mal pai, é que fiquei surpresa.

Christian: Nem parece que você é minha prima. —ele faz cara triste, e eu o olho  —Brincadeira, o que aconteceu é que minha mãe foi viajar a trabalho com meu pai e.. —minha mãe chega nos interrompendo.

Blanca: Aqui está o cafésinho quentindo e os pães. —ela se senta junto.

Chris: Por isso que eu vim aqui. —aponta pro café da manhã —Pra comer. —ele nos dá um sorriso amarelo, já pega o pão e enche sua xícara.

Dulce: A então só veio pra comer né. —todos nós rimos.

Depois de tomar café, nos despedimos dos meus pais e saimos em direção ao colégio. Chegando lá me separo do Christian e vou com minhas amigas, ficamos conversando até bater o sinal, depois fomos juntas a caminho da sala. Quando chegamos perto da nossa classe reviro os olhos ao ver o Christopher encostado no batente da porta.

Dulce: Ai ninguém merece. —sussurro pras minhas amigas. 

Ucker: Eai Dulce. —para na minha frente me empedindo entrar.

Nem o olho, simplesmente o empurro pro lado e entro na sala. 

Mai: Eita... que vácuo hein Ucker. —dá um tapinha no ombro dele debochando e entra com Anny. 

Observo ele ainda parado lá me olhando, parece que ficou surpreso de como o tratei. Vejo Pablo chegando, me levanto do meu lugar e vou em sua direção. 

Dulce: Oi, já está melhor? —ponho uma mexa de cabelo atras da orelha.

Pablo: Com você perto de mim tudo melhora. —me abraça, olho disfarçadamente por cima de seu ombro e vejo o Ucker nos encarando. Depois disso chega o professor e manda todos se sentarem. Ele começa a aula e passa uns exercicios.

Anny: Olha meninas, o Poncho ainda não chegou. —fala baixo só para que eu e Mai escute. 

Olha ao redor pra ver se o via.

Dulce: Engraçado, eu jurava que tinha visto ele hoje. —mordo a ponta da caneta pensativa

Mai: Então ele não entrou, olhem. -aponta para o outro lado da sala. —A Sabrina também não está. —olho pra Anny e vejo ela fechar a cara.

Sinto uma tensão no ar

Dulce: Calma Anny, eles não devem estar juntos, a Paola também não chegou ela deve estar com aquela bruxa com cara de cavalo. —dou uma amenizada na situação, afinal já sabemos que a Anny gosta dele e que ficou com ciúmes ao pensar que o Poncho estaria com a Sabrina.

Poncho nunca havia se atrasado pra entrar, tomara que ele não esteja mesmo com aquela ridícula. Entediada por já fazer tantos exercicios olho pra aquele idiota do Ucker não sei porque, e ele ainda estava com o caderno fechado, ele parece meio desanimado, aparentando estar com o pensamento longe. Apoio minha cabeça em minha mão e continuo o observando, mas nesse mesmo momento ele olha pra mim e em vez de desviar eu sustento o olhar e ficamos nos encarando, que maldade uma pessoa ser tão atraente assim, que olhar tão profundo e... Ai não, o que estou fazendo? Saio do meu transe e desvio o olhar. Olho pro teto tentando disfarçar.

Anny me cutuca e eu me viro.

Anny: eu estou vendo isso hein dona Maria. —diz em um tom de brincadeira.

Dulce: Vendo oque ? —merda, agora fui pega no flagra.

Anny: Me parece uma coisa... —espero ela falar. —Vocês estão flertando! —fico estática, nossa! Estava tão na cara assim?  —Vocês ficaram um bom tempo se olhando de uma maneira diferente.

Dulce: Tá louca? —disparo —Não, NUNCA. —falo um pouco alto demais.

Professor: Dulce Maria! Se vire pra frente agora! —grita comigo —Acredito que você não terminou os exercícios não é mesmo?

A sala fica em silêncio.

Fuzz: Desde que começou a aula ela não parou de conversar professor. —diz com aquela voz falsa e eu a olho com muita raiva.

Linguaruda idiota.

Professor: então como você não terminou, pode se retirar da minha aula. Já que prefere conversar que realizar as atividades. —aponta para a porta.

Me levanto.

Dulce: Eu sim terminei professor. —vou na direção dele e jogo o caderno de forma violenta em sua mesa. —Diferente de você né Fuzz —volto a encará-la —Que falou com tanta convicção que eu fiquei conversando a aula inteira, então certamente você ficou me olhando a aula inteira também né? —ela arregala os olhos. —Olha que engraçado né professor, literalmente o sujo falando do mal lavado. —cruzo os braços, ao lado do professor esperando ele fazer algo a respeito. —Pode corrigir meu caderno professor. —dou uma batidinha em seu ombro, ele fica sem graça e começa a corrigir. —E você Fuzz?  Não vai trazer o seu caderno também?. —digo debochada e ela fica sem resposta.

Professor: E então senhorita Fernanda? Não vai trazer?. —os alunos a olham.

Fuzz: eu não acabei. —todos riem dela. Ela não sabia onde enfiava a cara, de tanta vergonha.

Dulce: Ah então da próxima vez que for cuidar da minha vida, lembre-se de dar um jeito na sua primeiro. Não concorda professor? —ponho mais "lenha na fogueira"

Professor: Sim, plenamente. —ele se levanta de sua cadeira. —Se retire imediatamente senhorita Fernanda.

Ela sai pisando duro e vou em direção ao meu lugar feliz da vida, me sentindo vitoriosa.

Mai: Dulce do céu o que foi isso? —me pergunta de boca aberta.

Anny: você deu um show na sala, e conseguiu deixar aquela ridícula no chinelo.

Dulce: Isso é pra ela aprender a não mexer comigo.

Minhas amigas batem uma palma discreta pra mim e o professor elogia meu exercicios. Aiai não podia ter sido melhor, aquela ridícula tentou me ferrar, mas ela provou o próprio veneno.