08 FAZENDA

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Após o almoço eles saíram do palácio para a cidade fantasma novamente.

"Finalmente vamos embora! A cidade é realmente bonita parece que estou andando em uma Grécia moderna. Com todas essas casas brancas e quadradas de arquitetura moderna, telhados de última geração uniformes em tom bege. Os jardins são lindos, a grama está tão bem cuidada. Mas não tem árvores aqui? apenas vasos com flores. Tulipas, orquídeas, hibisco... Ele deve gastar muito tempo para limpar tudo aqui fora. Ué? Cadê ele?"

Quando se deu conta estava sozinha na rua que seguia.

"Para onde o esquisito foi?"

Voltou olhando para as esquinas que passou e viu-o seguindo por uma delas.

— Para onde está indo? O porto é para lá! — e apontou o caminho.

— Preciso cuidar da fazenda hoje. Sem falar que os ovos e legumes estão acabando. — respondeu com um sorriso sem jeito.

— Fazenda? Aqui?

— Sim é logo ali. Venha. Tenho certeza que vai gostar da vista.

— Olha, nos fizemos um acordo lembra? — disse séria, mas teve que segui-lo, pois Thiago não parou de caminhar.

— Sim eu lembro. — balançou a cabeça com um sorriso de alegria lembrando-se do carinho e consolo que recebeu.

"O sorriso dele é tão meigo. Ele parece tão bonzinho. Talvez eu devesse pegar mais leve. Em nenhum momento Thiago foi desrespeitoso. Um esquisito, sim. Muito carente? Demais! Mas não parece ser má pessoa. O senhor atlante não aparenta que vai quebrar esse acordo."

Pararam em frente a um prédio de primeiro andar, com mesma arquitetura quadrada e moderna da cidade só que bem maior, espaçoso e sem janelas. Ao entrar pela porta, tinha outra logo à frente. Ao passar pela segunda porta ela sentiu o calor e umidade do ambiente.

Totalmente diferente do clima lá fora e o cheiro de terra molhada era acalentador e aconchegante de uma forma que ela não sabia explicar.

Thiago foi até uma espécie de balcão de recepção e apertando os botões as luzes se acenderam. Seguiram por um corredor e o atlante começou a mostrar umas janelas de vidro da parede. Quando ela olhou era um criadouro de galinha todo automatizado. As cinco galinhas tinha espaço para caminhar. Ninhos, braços de máquina fazendo limpeza, tubos de água com filtro dentro e tubos de alimento. Os ovos eram retirados e levados por uma abertura, bem como a sujeira.

— As galinhas não podem vê-nos na janela, o vidro tem proteção. Um dos reis antigos de Atlântida pegou as galinhas em uma negociação com os humanos durante um período chamado grandes navegações. Foi nessa época também que os atlantes compraram as primeiras batatas. — contou todo orgulhoso.

— Como foi esse contado? — perguntou achando tudo muito interessante.

— Não sei ao certo. Mas tenho certeza que a história esta registrada na biblioteca. Podemos olhar mais tarde. Primeiro vamos pegar alguns ovos.

Eles fizeram curva no corredor e entraram em uma sala ao lado. A tranca da porta se abria com o passar de dedo dele, era um reconhecimento digital.

A porta abril com uma vista totalmente diferente, cheia de máquinas trabalhando. Os ovos eram distribuídos entre prateleiras. Os mais antigos que estavam na prateleira eram retirados e descartados em uma máquina que fazia som de triturar. Alguns estavam em chocadoras que praceiam um pequeno forno elétrico.

O atlante a chamou para perto e mostrou que alguns estavam nascendo. 

— A máquina seleciona ovos para chocar e outros ovos para consumo. Os ovos velhos que não foram consumidos são triturados e transformado em adubo. O processo tem sido autônomo há vários anos desde o reinado de Heitor rei de Atlântida.

Trinta Dias Em AtlântidaOnde histórias criam vida. Descubra agora