10 SHAKSHUKA

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Dia 3

Na manhã seguinte ele levantou cedo, colocou os ingredientes na máquina de bater pão. Cortou vários legumes e temperos. Fez um 'X' na casca dos tomates e pós eles inteiros para cozinhar. Retirou a massa batida pela máquina e moldou, colocando na forma para crescer. Tirou os tomates cozidos, descascou e colocou no processador de alimentos junto com alho e outros temperos para fazer um molho.

Depois que desligou o processador olhou para ver se Marina vinha do quarto, acordada pelo som.

A moça acordou com o som e se revirou na cama, mas ele não viu porque estava na cozinha.

Thiago voltou para o processo. Colocou os pães para assar. Os legumes para refogar em uma frigideira grande. Derramou o molho de tomate e misturou bem. Depois foi quebrando os ovos sobre o molho fazendo a shakshuka.

Marina sentiu o cheiro do quarto e levantou indo para a cozinha ainda toda descabelada. Quando ela entrou o atlante dava os ultimo detalhe na mesa.

Os pães quentinhos tirados do fogo, legumes refogados e a linda shakshuka no centro. Era de dar água na boca.

O rapaz nem precisou convidá-la para sentar. Na verdade teve que correr para conseguir puxar a cadeira para ela.

Sentou ao lado e viu a animação dela se servindo. Notando que Marina não lavou o rosto nem arrumara o cabelo Thiago acariciou o cabelo dela sorrindo e comentando o caso.

Dessa vez a moça nem se importou. Partiu o pão na mão e mergulhou no molho com ovos que já serviu em seu prato. Estava muito gostoso, Marina não escondeu e agradeceu.

Thiago pegou a mão dela e levou até a própria cabeça pousando e esfregando contra seu cabelo. 

— É assim que quero meu agradecimento.

Marina ficou surpresa, estava bem mais tolerante, entendeu e começou a mexer a mão sozinha.

O rapaz soltou a mão dela e apreciou o carinho que continuou.

— Obrigada! — em seguida, antes de parar e voltar a comer. Nem notou o quanto ele tinha ficado feliz com aquele afago e agradecimento.

Terminada a refeição se encostou na cadeira satisfeita.

O atlante começou a tirar os pratos e levando para a pia foi lava-los. A moça ficou observando ele lavar.

— Por que não conserta a máquina de lavar louças você mesmo?

— Não sei se devo.

— Por que não? Vamos eu te ajudo.

Thiago olhou surpreso e logo ficou radiante de alegria.

— Certo vou pegar a ferramentas! — e saiu quase que correndo.

Marina levantou e foi puxar a máquina para fora do armário. Quando chegou, a humana estava sentada ao lado esperando por ele.

Todo feliz, sentou-se a seu lado e deu uma parafusadeira elétrica para ela ir tirando os parafusos de um lado enquanto ele tirava o outro. Retiraram a tampa que estava toda empoeirada por dentro. Ele pegou um pano úmido para limpar as peças, primeiro uma limpeza por cima e levantou para lavar na pia, pois o pano ficou todo preto.

Marina permaneceu sentada ali e começou a mexer por si mesma.

— Encontrei!

— O quê?

— O defeito. Aqui essa peça e esses fios também. 

O rapaz se abaixou para ver.

— Hum... Verdade, como descobriu?

Trinta Dias Em AtlântidaOnde histórias criam vida. Descubra agora