Alemanha, 1944
Mais uma manhã pacata aqui dentro dessa enorme casa, era a vida que muitas garotas sonhavam, mas a verdade por traz disso tudo é horrível. Há alguns anos perdi meus pais para a gripe, e fui parar em um orfanato, sim, aos 17 anos. Ninguém nunca adotaria uma pessoa quase adulta.
As coisas por aqui eram tranquilas, eu ajudava Ana, a senhora que cuidava de nós, auxiliava ela nas tarefas e com as crianças pequenas. Eu e mais duas tínhamos a mesma idade, ficávamos lá e por final acabávamos nos tornando enfermeiras, e quase sempre ficávamos solteiras para o resto da vida.
- Se arrumem rápido meninas, o Sr. Schneider está aqui para escolher uma garota para se casar com seu irmão mais novo.
Eu já ouvi falar da família Schneider, era de militares alemães, o pai havia morrido na primeira guerra e os filhos estão no mesmo caminho. Me ajeito e aguardo na sala sentada no sofá, as outras duas fazem o mesmo.
O som da porta se abrindo era o sinal para nós nos levantarmos para receber o homem, Ana havia dito que ele tem 34 anos, porém sua imagem diz outra coisa. Sua farda está impecável, seu chapéu está em sua mão deixando seu inicio de calvice a mostra, ele tem olhos escuros quase pretos e na minha opinião é feio.
- Sr. Schneider, essa são as únicas garotas que tenho dessa idade.
Seus olhos passam por nós rapidamente, o homem se vira e sai sem dizer uma palavra. Fico frustrada com tal reação e me sentei novamente, a porta é aberta e eu nem me mexo.
- Senhorita S/n... ele escolheu você.
As duas me olham incrédulas, eu me levanto com olhar confuso, ele mau olhou para mim e me escolheu? Eu estava ali apenas há alguns meses e já vou embora.
- Como assim?
- Sem questionamentos querida, quando alguém lhe oferece uma oportunidade de sair daqui pegue-a.
Vou para perto da porta e me junto a senhora que me leva até a saída.
- E minhas coisas?
- Não vai precisar mais delas.
Ouço a voz masculina e me viro encontrando aqueles olhos, espero que o irmão não seja como ele.
- Foi bom conhecer a senhorita.
Abraço Ana que retribui com os olhos lacrimejando.
- Digo o mesmo Senhora Ana... até algum dia.
Me despeço fazendo tchau para as duas garotas que estavam tristes por não serem escolhidas e sinto pena delas até descobrir que elas se livraram.
Entrei no carro junto do homem, eu não sabia seu nome, não sabia nada a seu respeito e gostaria de permanecer dessa forma.
- Senhorita S/n, me chamo Charles... e acredito que devo ser totalmente sincero com você.
Mantenho meus olhos em direção as minhas mãos sobre minhas coxas cobertas pelo pano do vestido.
- Há alguns meses minha esposa foi dar a luz a nosso primeiro filho, e nenhum deles sobreviveu... ela tinha apenas 19 anos, e quando a vi, algo me lembrou ela... por isso a escolhi.
Pela primeira vez no carro levanto meu olhar para encarar o homem, por um momento sinto pena dele.
- Escolheu uma garota parecida com sua esposa para se casar com seu irmão?
Digo baixo e ele suspira.
- Eu menti... Ana nunca deixaria eu levar uma jovem para se casar comigo, já tenho 34 anos, e todos me cobram esposa e filhos. Sou uma vergonha no meu trabalho.
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Fanfiction𝘚𝘦𝘫𝘢𝘮 𝘮𝘶𝘪𝘵𝘰 𝘣𝘦𝘮-𝘷𝘪𝘯𝘥𝘢𝘴(𝘰𝘴) à 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦!𝘈𝘲𝘶𝘪 𝘷𝘰𝘤ê 𝘦𝘯𝘤𝘰𝘯𝘵𝘳𝘢𝘳á 𝘪𝘮𝘢𝘨𝘪𝘯𝘦𝘴 𝘤𝘳𝘪𝘢𝘥𝘰𝘴 𝘦𝘹𝘤𝘭𝘶𝘴𝘪𝘷𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘱𝘰𝘳 𝘮𝘪𝘮, 𝘦𝘴𝘤𝘳𝘪𝘵𝘰𝘴 𝘤𝘰𝘮 𝘵𝘰𝘥𝘰 𝘤𝘶𝘪𝘥𝘢𝘥𝘰 𝘦 𝘤𝘳𝘪𝘢𝘵𝘪�...