Rindou Haitani
Albert Einstein deveria ter se enforcado no cordão umbilical antes de nascer.
Estou há quase duas horas estudando sobre matrizes e determinantes, são tantas fórmulas que o meu cérebro não consegue armazenar tudo. Sou um cara muito inteligente, mas não quando o assunto se trata de exatas. E Manjiro sabe muito bem disso, tenho certeza de que a intenção dele é me ferrar.
Consegui uma vaga como professor de matemática na universidade que [Nome] está cursando psicologia. Pensei que poderia escapar dos cálculos nessa área, mas o curso de psicologia também exige matemática. Não acho que seja necessário, o que eles querem? Que o nosso trabalho seja consolar os pacientes ou que seja mandar eles acharem o filho da puta do x que se perdeu?. Não faz sentido algum!.
— Não se esforce tanto, já estou vendo fumaça saindo da sua cabeça. — Sanzu provocou.
Revirei os olhos e fechei os livros em cima da mesa. Tomei o último gole de café da minha 5° xícara e puxei o celular do bolso para checar as mensagens.
— Alguma novidade do líder?. — perguntei.
— Mikey me mandou uma mensagem perguntando sobre quais são os melhores lugares para esconder câmeras.
— E o que você respondeu?.
— Eu falei que os melhores lugares são: Em algum buraco na parede, nos lustres, no relógio e no abajur.
— Ele vai ficar vigiando a Hanagaki por câmeras?
— foi o que ele disse.
Sanzu se levanta do chão tropeçando nos seus próprios pés, ele apoia as mãos na parede e massageia as têmporas soltando um gemido rouco. O rosado olha para mim com um sorriso distorcido e levanta as sobrancelhas com uma expressão estranha, ele caminha um passo na minha direção mas tropeça nos frascos vazios de pílulas e caí com tudo no chão.
— Eu tô muito chapado. — ele diz fechando os olhos e rindo alto.
— e quando você não está?
A maçaneta gira e a porta do quarto se abre acompanhada de um leve rangido. Ran aparece com um buquê de rosas vermelhas nas mãos, ele caminha até mim com um sorriso no rosto e me envolve em um abraço caloroso.
— Feliz aniversário, adotado. Você cresceu tanto, nem parece mais aquele garotinho que corria para o meu quarto quando começava a chover forte.
— Para. — Faço uma careta.
— Nem parece mais aquele garotinho que acordava de madrugada para trocar as cuecas mijada antes que alguém descobrisse. — empurro ele desfazendo o abraço.
— MIJÃOOOOO. — Sanzu esperneia no chão rindo, e apaga logo em seguida.
— Qual é a dele? — pergunta Ran, colocando as mãos na cintura. — Ele não costuma se drogar até desmaiar.
— Foi a Senju, ela mandou mais uma carta para ele dizendo que sentia a sua falta e pedindo desculpas pela milésima vez.
— Pensei que ele queimasse as cartas dela.
— Ele queima. Mas por algum motivo desconhecido ele não quis queimar essa. Talvez seja porque hoje também é o aniversário dela.
— Bom, eu não vou me meter em briga de irmãos.
Ran senta na mesa e folheia os livros que eu estava lendo antes. Os livros foram um presente dele para me ajudar a planejar uma aula para dar para a turma da [Nome] amanhã. Foi uma grande ajuda, mas vou começar passando uma revisão sobre equação do primeiro grau para eles. É a única matéria que eu consegui aprender sem dificuldade alguma. Meu irmão balança a térmica e serve um pouco de café para si mesmo. Ele torce o nariz e franze as sobrancelhas. O café está gelado. Puxei um cigarro e acendi ele na boca com o isqueiro que ganhei do Kokonoi como presente de aniversário.
— Não gosto quando você fuma. — Disse Ran, deixando o café de lado e apoiando o queixo na mão.
— Você também fuma.
— Já escutou aquele ditado?.
— que ditado?.
— Faça o que digo, mas não faça o que faço. Sei que não sou um bom exemplo, mas eu me preocupo com você.
— Está tudo bem não chegar aos 100 anos. — ironizei.
Ele comprimiu os lábios pensando em dizer algo, mas desistiu e apenas deu mais uma chance para o café gelado. Sanzu que até agora estava desmaiado, se mexe no chão e murmura frases sem sentido. Nós dois olhamos para ele esperando alguma revelação.
— Senju…. — Ele murmura. — Sua vagabunda.
Recebemos mais informações sobre o caso da [Nome]. Cada um dos executivos responsáveis pela missão receberam uma fonte de comunicação para manter todos a par de como as coisas estão se desenrolando. Ran ativou o alerta vermelho no primeiro dia, alertando a todos de que flagrou o nosso alvo pelas redondezas.
— Eu não aguento mais essa calcinha apertando os meus ovos. — Observo Sanzu desatolar a calcinha da bunda. Que visão do inferno.
— Você sabe que não precisava usar isso, né?.
— Foi você que disse que eu teria que usar!. — ele acusa apontando um dedo na minha cara.
— E você acreditou?.
Sanzu e eu estamos caminhando pela rua da casa da [nome]. O rosado está usando roupas femininas e um salto maior que a cabeça dele. Estamos estudando a localização. Mikey ordenou ao rosado para não chegar a 5 km de distância da mulher sem os trajes femininos, para que ela não o reconheça quando ele estiver na sua forma masculina. Sanzu aceitou a ideia a contragosto. Paramos na frente da casa da Hanagaki quando um homem veio correndo na nossa direção e bateu na bunda do Sanzu, que reagiu com um pulinho para frente.
— EU VOU TE MATAR, SEU ARROMBADO!. — O Haruchiyo tenta ir atrás do tarado furioso. Eu agarro o braço dele tentando o impedir.
— ME SOLTA, ELE BATEU NA MINHA BUNDA COMO SE EU FOSSE UMA MULHER!. — Ele gritou, fazendo o maior escândalo na rua e atraindo alguns olhares curiosos.
— Você é uma mulher, seu idiota!.
Seguro Sanzu com força contra o meu corpo enquanto ele se debate tentando se soltar com raiva. Ele alega que vai matar aquele indivíduo a todo custo. Envolvi os meus braços envolta do pescoço dele, tentando imobilizá-lo com um mata leão. Os peitos falsos dele caíram por baixo do vestido no meio da confusão.
— Socorro! Me solta, seu macho escroto!. — A bolsa dele atinge a minha cabeça repetidas vezes.
— Você vai estragar o disfarce!
— ALGUÉM ME AJUDA!. TEM UM TARADO TENTANDO ME DEGUSTAR!.—
Apertei o maxilar com força, tentando me controlar para não matar esse drogado aqui mesmo. O desgraçado quebrou o salto e caiu no chão me levando junto consigo.
— Para com essa putaria, ou eu mato você!. — esbravejei.
Uma viatura estacionou na nossa frente e a porta se abriu revelando um homem vestido com o uniforme militar. Ele tira uma arma da cintura e aponta para nós dois.
— Vocês dois estão presos por importunar a paz. Levantem as mãos para o alto e entrem na viatura sem resistência.
Não consigo olhar na cara daquele desgraçado por mais de 5 minutos sem sentir vontade de estrangular aquele pescoço. Passei a noite deitado no colchão duro da cela do presídio com a situação mais precária que eu já vi. Foi uma noite terrível. Me levanto da cama em um sobressalto quando o carcereiro se aproxima.
— Vocês estão livres. Alguém pagou a fiança de vocês dois. — Diz ele, abrindo as grades da cela.
Tive que assinar um papel antes de conseguir a minha liberdade. O delegado me olhou com desprezo quando terminei de fazer a minha assinatura, ele indicou com a cabeça para a pessoa que pagou a nossa fiança. Meu corpo congelou e o meu coração errou uma batida, senti a minha alma sair do corpo.
— Vim buscar vocês. — Manjiro cruzou os braços.
Preferia ter ficado na cela.
Continua.....
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The pursuers
FanfictionMuito tempo se passou desde o fim da gangue mais poderosa de Tokyo, e agora só restou a sombra mais obscura dos seus antigos integrantes. Os antigos integrantes da Manji Gangue de Tokyo se unem com o propósito de formar uma nova máfia sedenta por sa...