Capítulo 13: Necrotério

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O capítulo a seguir contém cenas de torturas(não se preocupem que não vai ser com a [Nome])⚠️

Manjiro Sano

O som das teclas do teclado entrando em contato com os dedos de Kokonoi, consegue ser incrivelmente irritante. Apesar da latejante dor de cabeça, não tenho o direito de importunar o seu trabalho, dado por mim mesmo. Os olhos do homem percorrem por muitas abas do computador, buscando todos os registros de corpos estrangeiros chegados nesses últimos dois dias.

Uma notificação de e-mail se mostra na parte superior da tela, atraindo o olhar do platinado para ela. Seu rosto se embranquece e os dedos tremem antes de pressionar na tecla principal. Eu não consigo identificar a emoção certa que a sua expressão demonstra, parece um misto de raiva e tristeza.

Kokonoi arrasta a cadeira e se afasta da mesa. Ele me olha por um curto período de tempo e esfrega a mão no rosto.

— Eu achei o necrotério. Vou te mandar uma mensagem com o endereço. — concordo com a cabeça.

— Sabe de uma coisa?. — Koko pergunta, sem esperar uma resposta. — Eu não confio nessa garota para estar conosco. Ela sabe dos nossos crimes e das coisas que fazemos. Ela pode nos entregar para a polícia a qualquer momento.

— E o que você sugere?.

— Faz um teste com ela.

— Vou pensar sobre isso.

Ele coloca as mãos na cintura e se vira.

— Aonde você vai?

— No mercadinho. — ele se retira.

Largo a revista pornográfica que eu estava lendo e vou até o computador checar sobre o que é o e-mail. Por sorte, ele deixou o computador ligado na mesma página.

“Querido Kokonoi, sei que a nossa amizade se enfraqueceu com o passar dos anos. Mas mesmo assim, você foi uma pessoa de grande importância na minha vida, me acompanhando desde a minha infância. Por essa razão, gostaria de te convidar para ser o padrinho no meu casamento. Espero que confirme a sua presença até o dia 20 desse mês.”

Estarei a língua no céu da boca e comecei a digitar uma resposta para a mensagem.

Querido Inupi, estou realmente muito feliz por essa notícia. Mas com muito pesar no meu coração, terei que rejeitar o seu convite por questões de trabalho. Abri uma casa noturna composta por travestis. Sanzu é a estrela da casa, ele tem atraído muitos clientes e tem sido difícil lidar com tudo isso sozinho. Preciso ficar aqui e administrar os negócios.”

— Que coisa feia, fuçando nas coisas dos outros.

Dou um pulo da cadeira, me assustando com a proximidade súbita da Hanagaki. Minha cabeça acerta o rosto dela sem querer, e a garota cambaleia para trás com a mão no nariz. Há um momento de silêncio atordoado enquanto ambos processamos o que acabou de acontecer. Levo as mãos no rosto e bufo.

— A culpa foi sua por ser bisbilhoteira.

— Nossa, que hipocrisia. — Reviro os olhos.

— Está sangrando?.

Me aproximo dela e seguro o seu rosto com as mãos. Está saindo um pouco de sangue do nariz dela, mas não é nada demais. As bochechas dela se aquecem com o meu toque, se enrubescendo no mesmo instante.

— É, eu acho que está sangrando um pouco. — Ela diz.

— Não se preocupe, você vai sobreviver.

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