capítulo 23: o confronto part.2

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O capítulo a seguir possue cenas pesadas envolvendo sangue e morte ⚠️

[Nome Hanagaki]

Com um grito de fúria, eu me lanço em direção ao meu gêmeo, atacando com toda a força que posso reunir. Meus golpes são rápidos e precisos, buscando encontrar brechas em sua defesa. O sangue que escorre de meu braço é uma lembrança constante da dor que estou enfrentando, alimentando minha determinação de superar essa adversidade.

O loiro consegue achar uma brecha e me chuta para longe, fazendo o meu corpo colidir com a parede. A dor me deixava levemente atordoada, e eu tenho que me esforçar para me manter consciente. Meus olhos se encontram com os de Takemichi enquanto ele se aproxima correndo na minha direção. Quando ele chega perto o suficiente para me finalizar com um só golpe, ele simplesmente joga a sua arma para longe e se lança em direção a minha lâmina. O tempo parece desacelerar enquanto meu corpo reage por instinto, mas é tarde demais para evitar o inevitável. A lâmina atravessa o seu corpo.

Meu irmão ergue a cabeça e sorri, ele estende a mão e toca a minha bochecha, seus dedos manchados de sangue acariciam o meu rosto. 

— E-eu sei que você não matou os nossos pais, foi o Izana.— O sangue escorrendo da sua boca é uma visão perturbadora. É um lembrete constante da violência que acabou de ocorrer.  — Você cresceu tanto, está tão bonita.

— Por favor, não fale. E-eu vou te levar para o hospital. — Não consigo parar de chorar. 

— Eu tentei te proteger, mas falhei. — A voz dele está fraca e trêmula. — Por favor maninha, salve o Mikey. Eu amo você. 

— Eu também te amo. — Os olhos dele perdem o brilho lentamente.

Meu coração para por um momento quando Takemichi morre em meus braços. A sensação de seu corpo inerte e frio contra o meu peito é avassaladora, uma mistura de tristeza, culpa e desespero. As lágrimas escorrem pelos meus olhos, manchando meu rosto com o peso da perda.

Fecho os olhos dele com cuidado, como uma última medida de respeito. Minhas mãos tremem enquanto acaricio seu rosto, desejando poder trazê-lo de volta, desejando poder mudar o que aconteceu. Mas não posso, ele se foi para sempre.

Sinto uma energia intensa e poderosa percorrer por todo o meu corpo, como se uma chama se acendesse dentro de mim. O poder que sinto é avassalador, mas também familiar. É como se algo adormecido há muito tempo tivesse despertado. Minha pele arrepia, meus músculos se fortalecem e minha mente se enche de clareza. É como se todas as minhas dúvidas e fraquezas fossem subitamente substituídas por uma força imensa. Sinto-me invencível, capaz de enfrentar qualquer desafio que se apresente diante de mim.

Esse poder custou a vida do meu irmão. Esse poder é a minha maldição.

— Que grande espetáculo. Até me emocionei aqui. — Izana se levanta da arquibancada e caminha na minha direção.

Meu corpo fica tenso quando Izana se aproxima de mim, segurando minha mão com um sorriso perverso. Minha expressão se transforma em uma mistura de choque, tristeza e raiva. 

— Minha rainha, agora você pode se casar comigo. Vamos ser imbatíveis juntos!.

— Como você ousa me falar algo assim!? 

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