Sanzu Haruchiyo
— Ele vai ficar bem?.— Sim. Se ele conseguir ficar 24 horas sem respirar com o tubo de oxigênio, é possível que ele volte para casa. — O tradutor do hospital traduz tudo o que a enfermeira fala.
— Qual foi o máximo dele?.
— 5 horas. — Franzi as sobrancelhas
— Ele vai fazer aniversário daqui há dois dias. Acha que ele consegue sair a tempo?.
— Tudo depende dele. — Respirei fundo, e balancei a cabeça em concordância.
A enfermeira trocou o soro do braço dele quando terminou. Olhei para o lado para não ter que ver a agulha entrando no bracinho frágil dele. Já sou acostumado a inserir drogas em mim mesmo através de seringas. Não sinto mais a dor quando a agulha entra em mim. Mas Kai ainda é um bebezinho, e ele sempre chora na hora de colocar outro soro.
Eu estou exausto, tanto fisicamente quanto psicologicamente. Não tenho dormido direito desde quando a assistente social me entregou o meu filho, isso já faz uns 4 meses. O menino é uma criança encapetada. Ele não é aqueles bebês quietinhos que ficam só chupando o dedo e assistindo desenhos na televisão.
Esses dias, eu encontrei ele dentro do armário, coberto de farinha de trigo, havia pegadas de farinha por todo o apartamento. Também teve um dia que eu fui visitar a [Nome] e o Kai ficou brincando no quarto dela com as pelúcias. Quando fomos ver como ele estava, encontramos ele todo sujo de glitter e com batom e delineador no rosto. Foi um sacrifício tirar o glitter e as manchas do rosto dele. No final, eu tive que comprar novas maquiagens para ela.
Rindou disse que o pequeno tem um pouco da minha personalidade, mas eu não concordo com isso. O meu filho não é cheirador de pó.
Rindou entrou no quarto segurando dois copos de café expresso. Ele me entregou um e se sentou ao meu lado, puxando o celular do bolso em seguida. A carranca na sua cara me deixa de mau humor. Não que eu já não esteja acostumado com aquela cara feia, mas agora está me irritando ainda mais.
— Não vai me dizer o motivo dessa cara feia?.
— Não é da sua conta.
— Ui, tá de TPM? — sorri, recebendo um olhar mortal da parte dele.
— Ayla e Manjiro transaram ontem a noite. — Me engasguei com o café.
— Como você sabe disso?.
— Escutei eles. Não foi a melhor coisa de se ouvir.
— E você está com ciúmes?
— É óbvio que não!. — Ele franziu as sobrancelhas.
Suspirei, sentindo um leve desconforto com o rumo daquela conversa. Me levantei e peguei o café da mão dele para tomar o resto, ele me olhou com uma cara de poucos amigos, mas não me impediu de tomar.
— Levanta. — puxei ele pelo braço.
— Onde nós vamos?
— Encher a cara. Passei por uma boate no caminho para o hospital, são 23:09, ela já deve estar funcionando. — Rindou se levanta e sorri, disposto a me acompanhar. Dou um beijo na testa do Kai antes de sair.
Chegamos à balada e imediatamente mergulhamos na atmosfera animada. A música alta, as luzes coloridas e a energia contagiante nos envolve enquanto procuramos uma mesa. Não conheço nenhuma bebida brasileira, então tive que testar a sorte e escolher algumas aleatórias. Rindou fez a mesma coisa. Acabamos por pedir 4 vodkas, 3 corona, 2 skol e 1 garrafa de energético.
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The pursuers
FanfictionMuito tempo se passou desde o fim da gangue mais poderosa de Tokyo, e agora só restou a sombra mais obscura dos seus antigos integrantes. Os antigos integrantes da Manji Gangue de Tokyo se unem com o propósito de formar uma nova máfia sedenta por sa...