Capítulo 14 - Folgas são necessárias

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De volta ao hotel, Roseanne atendeu a uma ligação de uma hora com um de seus associados. No momento em que se tornou sócia, há seis anos, ela contratou dois associados para trabalharem diretamente com ela.


Seu plano era treiná-los bem e tratá-los como seres humanos. Um conceito radical que encontrou resistência por parte dos sócios antigos que acreditavam em colocar os associados no moedor de carne para fortalecê-los. Afundar ou nadar. Se foi bom o suficiente para todos eles, então certamente os alecrins dourados poderiam sobreviver.


Quando ela permitiu que seus associados pisassem em um tribunal antes que seus cabelos ficassem grisalhos, ela deixou o sócio-gerente nervoso.


Seus esforços foram recompensados com dois advogados esforçados em quem podia confiar. Algo que ela não poderia ter previsto precisar tanto.


Na ligação, eles discutiram a estratégia para um depoimento futuro em um de seus processos judiciais sobre tabaco. Um historiador particularmente bajulador de Dallas que cobrava valores exorbitantes para oferecer sua opinião especializada sobre o conhecimento do público sobre os perigos do fumo. Uma tentativa fracassada de isentar o fabricante de responsabilidade, mas eles tinham que estar preparados mesmo assim. Os júris eram imprevisíveis. Quando ela terminou de dar notas aos associados sobre a pesquisa médica e estatística que leu no avião, para que eles pudessem começar a redigir as perguntas do depoimento para sua revisão, Roseanne começou a escrever seu e-mail.


Ela estava ausente há apenas algumas horas, mas sua caixa de entrada havia crescido exponencialmente. O trabalho ajudou a manter sua mente longe do que aconteceu no início da noite. Manteve o som do choro e a visão de rostos devastados longe o suficiente do alcance para não perturbá-la.


Imagens de Lisa apareciam de vez em quando. Roseanne odiava a forma como seu peito doía quando ela se lembrava da dor da garota. Roseanne usou sua justa indignação para mantê-la em movimento. Tudo o que Lisa tinha eram boas intenções e empatia sem limites. Não havia como isso ser suficiente.


Roseanne estava respondendo a um e-mail de um cliente quando seu telefone tocou. Uma mensagem de Jennie.


Jennie: Fiz check-in no hotel. Talvez viva aqui para sempre.


Em vez de responder, Roseanne ligou para ela no chat de vídeo.


"Saúde", disse Jennie quando atendeu o telefone, inclinando uma taça de vinho para a câmera. O hotel ao qual Jennie se referia era a casa de Roseanne. Através das portas de vidro deslizantes atrás de Jennie, Roseanne pôde ver que as luzes da casa da piscina estavam acesas.


Bom, se Frederic olhasse a conta de luz do mês, não veria uma queda enorme no uso. O dinheiro era automaticamente deduzido da conta bancária compartilhada que eles usavam para todas as despesas domésticas e, embora ela duvidasse que ele fosse verificar, ela não queria deixar nada ao acaso. Se ele percebesse um declínio acentuado, ele faria perguntas. Ou pior, ele suspeitaria que ela estava tramando alguma coisa.


Ela precisava que ele permanecesse o mais ignorante possível.


Amantes (ChaeLisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora