Capítulo 38 - Não pode ser dele

344 46 11
                                    



"Eu não posso continuar fazendo isso." Roseanne saiu do carro, mas deixou a porta aberta. Elas ficaram sentadas no sedã a manhã toda e nada aconteceu. Ela não conseguia mais olhar através dos malditos binóculos. Ela não podia ficar olhando para o fluxo interminável de veículos saindo da garagem quando nenhum deles era Frederic.


Lisa pulou do banco do passageiro, o biscoito de aveia vegano que ela estava comendo ainda na mão. Ela jogou-o no carro antes de correr para onde Roseanne começou a andar. Onde ela estava se sentindo desequilibrada e instável.


"Ei." As mãos de Lisa eram suaves nos antebraços de Roseanne. Ela mal a tocou, mas foi o suficiente para impedi-la de dar outra volta no carro. "Vamos fazer uma pausa. Podemos almoçar mais cedo..."


Roseanne balançou a cabeça. "Eu quero terminar isso, não adiar."


A testa de Lisa enrugou-se quando ela franziu a testa. Ela estava obviamente tentando entender o que Roseanne queria, provavelmente para poder dar a ela, mas era impossível. Roseanne não sabia o que queria. Desde o momento em que entrou na piscina na noite anterior, sua mente geralmente muito ordenada era um emaranhado discordante de barulho e perguntas sem resposta.


"OK." O tom lento de Lisa soou como se ela estivesse tentando dissuadir Roseanne sem dizer inadvertidamente a coisa errada. "Então, o que você quer fazer? Entrar lá e ver o que ele está fazendo?" Ela riu.


Era óbvio que Lisa estava brincando, mas entrar no hotel era incrível. E ela precisava desesperadamente fazer alguma coisa.


"Espere." Lisa deu um passo para trás. "Você está pensando seriamente..."


"Eu não sei. Talvez?" A atenção de Roseanne voltou-se para o sedã alugado. Ela desejou que ainda fosse o conversível. Que elas estivessem passando o dia em uma viagem e não nesta prisão. "Podemos entrar usando boné e óculos escuros. Não é tão estranho, considerando que os jogadores de pôquer usam." A mente de Roseanne estava correndo para captar uma ideia. Fazer um plano com peças disformes.


Lisa examinou seu rosto antes de jogar as mãos para o alto. "Tudo bem. Vamos lá."


"Vamos?" O coração acelerado de Roseanne abafou seus pensamentos. Ela não tinha mais nada além de instinto e seu corpo lhe dizendo para se mover.


"Sim, com certeza." Lisa parecia mais confiante. "A sorte favorece os imprudentes, certo?"


"Algo assim."


Dez minutos depois, elas foram atingidas pelo ar condicionado frio ao entrar no saguão do hotel. Uma boa mudança em relação ao dia inesperadamente quente de primavera.


Apesar do disfarce, Roseanne movia-se lentamente, com a cabeça girando. A última coisa que ela precisava era virar uma esquina e bater em Frederic.


"Eu não sabia que estaria tão cheio", Lisa sussurrou enquanto atravessavam o saguão e seguiam as placas para o cassino.

Amantes (ChaeLisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora