Bonded by the Stryxian (LIVRO 1)

Capítulo 5

RAIG

— Eu não sabia que eles davam seminários sobre nós, — resmungou Axika. — Você os autorizou?

— Quanto mais elas souberem de nossos costumes, melhor. — Eu cruzei meus braços e olhei para a tela exibindo alimentação ao vivo dos humanos em seus aposentos temporários. — Elas serão cidadãs Stryxians em breve.

Ele franziu a testa para a tela. — Você acha que elas sabem que podemos ouvi-las?

— Claro. — Eu contive um sorriso ao ver Trinity acenando para o dispositivo de monitoramento. Foi divertido ouvir a conversa delas. Já fazia muito tempo que nenhum stryxiano ouvia o som de mulheres conversando entre si.

— Elas estão discutindo nossos paus.

— Em breve, a curiosidade delas será satisfeita.

— O que é esse seu negócio com a de cabelo amarelo?  — Axika quis saber. — Você mostrou a ela atenção indevida.

Suspirei. Esta era uma conversa que eu precisava terminar. — A mulher ruiva acertou. Vou levar Trinity Bentzer para meus aposentos antes que está jornada termine.

O rosto impassível de Axika se voltou para o meu. — O que?

Eu balancei a cabeça para a tela onde as outras mulheres especulavam sobre o tamanho de nossos pênis. —Essa mulher é minha. Meu mala a reconheceu como aquela com quem vou me relacionar.

Meu cunhado ergueu uma sobrancelha cheia de cicatrizes. — Não parecia que ela sentia os mesmos impulsos. Como você pode ter certeza?

— Ela pode me recusar, é claro, mas eu confio no meu mala. Isso me diz que devo criar um vínculo com ela.

O olhar de Axika desviou para longe de mim. — Então você tem minha pena, irmão, e nada mais. Vínculo trouxe-me nada além de tristeza.

— O vínculo trouxe para você o maior amor de sua vida. É apenas a sua dor que mancha isso agora.

— Como não poderia?- Axika perguntou com uma voz estrangulada. — Eu adorei sua irmã. Cada vez que penso em minha amada, meu mala quebra novamente.

— Eu também sinto falta dela. Todo dia. - Eu cerrei minha mandíbula com o pensamento de minha irmã mais nova, Tarla,e seu espírito leve e bonito. — Seu mala pode um dia reconhecer outra. — Eu estava entrando em um território desconhecido aqui. Palavras gentis não faziam parte de minhas tarefas diárias, mas eu deveria ter uma companheira, então talvez um pouco de prática me servisse bem. — Você sente falta dela, assim como eu.

— Nunca haverá outra para mim, — disse Axika asperamente, lançando um olhar severo em minha direção.  — Nunca mais fale de tal coisa.

Tanto para palavras encorajadoras. — Entendido.

— Os Vanyi não ficarão satisfeitos com isso, — disse Axika. — Eles distribuíram essas mulheres em aldeias separadas.

— Eles terão que alterar seus planos.

— Você tem certeza disso, — disse Axika. —O que o impede de busca-la agora?

Eu pensei sobre isso. Cada instinto em mim exigia que eu entrasse naquela câmara e a reivindicasse. — Os humanos não são como nós. Se eu me mover muito rápido, ela ficará assustada ou pior, descartará sua atração por mim. Eu devo dar a ela algum tempo com seu povo, para pensar sobre o que nossa interação significava para ela. Ela deve dar as boas- vindas à sua nova vida, não teme-la.

— Sempre o estrategista. — Axika suspirou. — Irmão, aquela mulher não parecia ter muitos sentimentos por você para começar. E suspeito que custaria muito para assustá-la. Afinal, ela era capitã de voo.

— Quarta divisão. — murmurei com um sorriso.

Axika caminhou pelo espaçoso centro de comando. Ele estava ficando irritado comigo. — Os machos estão instalando camas em seus aposentos. Eles devem trazer uma para ela?

— Sim. - eu disse. — Mas Trinity dormirá comigo.

As sobrancelhas de Axika se ergueram. — Eu pensei que você disse que não queria assustá-la.

— O sono é tudo o que acontecerá em nosso quarto. A ligação não é algo para apressar. Ela deve aprender que eu não devo ser temido.

Axika balançou a cabeça. — Sua confiança é divertida, irmão. Espero que não esteja fora do lugar.

Eu esperava o mesmo e, na verdade, não tinha certeza de como isso funcionava com uma humana. Também tivemos seminários informativos sobre humanos. Eles não tinham mala, como Trinity havia explicado, mas uma alma. Intuição. Eles não eram os mesmos, e era bem sabido que parceiros humanos unidos nem sempre acasalavam para o resto da vida, mas os stryxianos sim. Aprendemos que os humanos podem crescer separados e o que antes amavam um no outro poderia desaparecer. Em contraste, Stryxianos unidos só se aproximavam com o passar do tempo. O mala se fundia, aprofundando seu vínculo.

— Sem querer questionar, mas o que você fará com os Vanyi? — ele perguntou.

Eu estreitei meus olhos com o pensamento de nossos irmãos mais delicados e seu líder, Sleer, que tinha sido instalado como governante do Império Stryxian por nosso príncipe herdeiro desaparecido.

— Sleer aceitará a vontade do meu mala. Até ele deve obedecer a esse costume.

— Veremos. Hoje em dia, os Vanyi obedecem apenas à sua própria vontade. Eles não se importam com as leis que uma vez consideramos sagradas.

Eu concordei. — Suas práticas recentes me desanimam também. Suas punições são perturbadoras.

— Seus poderes mentais crescem de maneiras perturbadoras. Está se tornando uma ameaça e vai contra nossos costumes.

Por mais que eu não quisesse assumir outro fardo, Axika estava certo. Os Vanyi, que estabeleceram esta aliança com os humanos e nos comprometeram nesta guerra contra nosso antigo inimigo, tinham assumido poder demais e eles o usaram de forma imprudente ... às vezes contra nosso próprio povo.

— Uma coisa de cada vez, irmão. Preciso falar com alguém que possa nos dar mais informações sobre a posição da Morr-ta.

— Você acha que o engano deles é mais profundo?

Eu abaixei minha voz. — Não falo uma palavra sobre isso até ter certeza, mas tenho minhas dúvidas de que todas as coisas são como dizem no regime de Morr-ta. Ouvi dizer que Sleer visitou sua base principal.

Aika respirou fundo. — Traição.

— Pode haver um bom motivo para isso, mas não saberei até enviar meu espião. Nesse ínterim, tenho uma mulher com quem me relacionar.

Axika balançou a cabeça, passando as mãos pelos cabelos. — Raig, isso é muito para assumir e um grande risco.

— Eu não tenho escolha. Meu mala chamou.

Continua
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E até a próxima.