Aquele foi um dia que eu jamais esqueceria...
Após dez anos na mesma empresa, acordei pela manhã, vesti meu terno e gravata com um nó de confiança e segui para o trabalho como de costume. Mas, ao chegar lá, o cenário que encontrei foi devastador. Entrando no escritório, deparei-me com portas trancadas e uma placa que dizia: "Empresa em Falência". Meu coração afundou instantaneamente. Pensei nas inúmeras horas dedicadas, nos projetos concluídos, nas amizades construídas. Tudo agora parecia ter desaparecido... Enquanto caminhava pelos corredores vazios, uma sensação de perda e incerteza tomou conta de mim. Como poderia explicar isso para minha família? E o que aconteceria com meus colegas de trabalho que se tornaram uma segunda família para mim? Olhei para minha mesa, repleta de fotos dos meus filhos, da minha esposa, dos momentos felizes que vivemos juntos. Eles eram a minha força, minha motivação diária. Mas, naquele momento, senti um medo avassalador. Como eu iria sustentar minha família agora? Como encontrar um novo emprego em um mercado tão incerto?
No meio da turbulência dos meus pensamentos, uma coisa ficou clara: eu precisava usar da minha força interior para me recuperar. Eu precisava enfrentar essa adversidade de cabeça erguida e encontrar uma nova direção para minha carreira. Apesar da dor e da decepção, eu sabia que não podia desistir, a vida era cheia de reviravoltas imprevisíveis, e esta era apenas mais uma delas. Talvez fosse a oportunidade para me reinventar, buscar um caminho diferente, explorar novos horizontes. Ainda tinha a determinação e a vontade de construir um futuro brilhante para mim e para minha família.
Enquanto fechava a porta do escritório pela última vez, levei comigo as lições aprendidas, as memórias compartilhadas e a gratidão por tudo que vivi naquela empresa. Agora, era hora de seguir em frente, enfrentar os desafios de cabeça erguida e acreditar que um novo começo estava à minha espera.
Assim que cheguei em casa, Clara apareceu secando as mãos em seu avental e me olhou com os olhos arregalados.
— O que aconteceu? Por que voltou para casa? — Ela olhou para a caixa de papelão em minhas mãos, onde estavam todas as minhas coisas.
— Amor, precisamos conversar. — Caminhei para a sala de jantar com ela me acompanhando e coloquei a caixa em cima da mesa, puxei a cadeira e me sentei, ela se sentou ao meu lado.
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DEPOIS DE TUDO: O recomeço - PARTE 2
RomantizmAyumi e Kaléo começam a perceber que seus sentimentos vão além da amizade. Juntos, eles lutam para encontrar uma maneira de lidar com as dúvidas um do outro e encontrar um caminho para o amor verdadeiro. Mas antes de poder amar alguém, Ayumi precis...