Alguns meses depois:Ohana:
Acordo sentindo um peso em cima de mim e com a música do despertador de Larissa tocando, abro os olhos com dificuldade por causa da claridade e tento alcançar o celular do outro lado.
— Mor... - digo dando tapinhas na coxa dela. — Larissa... - chamo de novo e sinto ela se mexer. — Desliga o despertador. - aviso coçando os olhos.
— Hum? - ela diz sonolenta e cai pro lado, saindo de cima de mim.
— Seu despertador tá tocando. - eu digo e ela se senta na cama e demora um pouco pra acordar e se esticar pra desligar.
— Que horas são? - pergunto quando vejo ela deitar de barriga pra baixo e virar a cabeça pra janela.
— Sete. - ela responde e eu me sento na cama, espero a alma voltar pro corpo.
Me levanto para ir ao banheiro e volto para o quarto fazendo um novo coque no cabelo. Caminho até a janela e tampo os meus peitos com o braço antes de olhar lá pra baixo pra ver os cachorros, procuro o Nino e vejo ele deitadinho dormindo ao lado de Tobias. Trouxe ele pra ficar na casa de Larissa e ele está se acostumando ainda com tantos cachorros, algumas semanas atrás ele ficava chorando a noite toda pra poder entrar dentro de casa e agora já consegue conviver com os irmãos.
Volto pra cama novamente e penso em deitar, mas sei que a preguiça iria bater e eu não ia conseguir fazer Larissa levantar. Ela tem um clipe pra gravar hoje e pediu pra mim não deixar ela voltar a dormir e se atrasar.
— Ei... - digo me sentando na cama e inclinando o corpo próxima a ela. — Que horas você tem que chegar lá? - pergunto tirando o cabelo dela do rosto.
— Às dez no máximo. - ela diz com voz de preguiça e eu deixo um beijo demorado no ombro dela.
— Levanta. Você precisa tomar café antes de ir. - digo deslizando a mão pelas costas nua dela.
— Só mais cinco minutinhos. - ela diz manhosa como sempre de manhã.
— Só cinco minutos, viu? - eu digo e aliso o bumbum dela. — Vou descer pra fazer o café. - aviso me preparando pra levantar.
— Não.... - ela diz mais alto e se vira pra mim abrindo os olhos. — Fica mais um pouquinho aqui. - ela diz fazendo bico e se vira de barriga pra cima.
— Deixa de preguiça meu amor, você pode ir dormindo na van. - digo sorrindo com a cara manhosa que ela estava fazendo.
— Vem aqui... - ela diz segurando o meu braço e tentando me trazer pra perto dela, eu me rendo e facilito subindo em cima dela, ela segura minha cintura e abre as pernas me fazendo encaixar lá.
— Dormiu bem? - pergunto apoiando os braços no travesseiro e selo nossos lábios.
— Dormi. E você? - ela diz esfregando os nossos narizes.
— Também. Acordei com você em cima das minhas costas, mas tudo bem. - eu digo rindo e ela ri também.
— Tava muito pesada? - ela pergunta colocando meu cabelo atrás da minha orelha.
— Não, você nem pesa, só te senti quando acordei. - digo sorrindo e deixo um selinho demorado em seus lábios e escondo o rosto em seu pescoço em seguida. — Você vai vim pra casa só de noite, né? - digo e sinto ela abraçar minha cintura e passar as unhas na minha lombar.
— Sim. - ela diz. — Você pode ir comigo se quiser. - ela diz alisando minha cabeça. — Na verdade eu prefiro que você vá comigo...
— Porque? - digo entrelaçando meus dedos na mão dela e levanto a cabeça pra olha-la.