-POV FINNEY-
Escuto a porta abrir, logo vejo Gwen correndo para os meus braços, chorando.
— Finn, você 'tá bem? O que aconteceu, maninho? – Ela diz, soluçando. Olho para Robin e Lilith, logo eles entendem o recado e vão para a cozinha.
Levo Gwen para se sentar na sala e começo a contar o que havia acontecido na última noite.
— Gwen, eu preciso que me escute bem, ok? Terrence foi preso... Por tudo aquilo que ele nos fez. Ontem, ele descobriu sobre eu e Robin... Você sabe bem que a reação dele não foi das melhores – Eu nunca tinha visto Gwen com um olhar tão desesperado como hoje.
— Mas você está bem Finney? – Eu concordo com a cabeça.
— Eu estou bem, pequena! 'Tá tudo bem, ok? Se acalma.
— Me desculpa por não estar aqui? Eu queria tanto estar aqui... Eu poderia ter ajudado, me desculpa – Ela estava mesmo agitada. Gwen dizia aquilo de forma desesperada, com lágrimas escorrendo por seu rosto e sua voz fraca. Não consegui segurar meu choro também, ver Gwen assim me faz tão mal.
— Gwenny, não é sua culpa! Você entendeu? Não é sua culpa! Você não estar aqui foi um livramento, Gwen. Você não precisa pedir desculpa por nada... – Senti que aos poucos seu choro ia diminuindo e que sua respiração ficava mais lenta.
— Gente, eu preciso conversar com vocês... – Lilith chega na sala, junto com Robin – Então... são duas notícias. Uma boa e uma ruim, qual vocês querem primeiro? – Todos dissemos que queríamos escutar a boa – A notícia boa, é que eu consegui a guarda de vocês... Então vocês não vão precisar se mudar de Denver! – Eu e Gwen nos olhamos sorrindo, não está escrito o quanto aquilo me acalmou – Mas ainda tem a notícia ruim... É que assim, vocês precisam fazer uma visita individual ao pai de vocês... Eu juro que tentei, mas são leis, não conseguir fazer nada! – Nossos sorrisos se desmancharam no mesmo momento.
Qual é?! Que porra de lei é essa? Agora eu preciso fazer uma visitinha pro cara que quase me matou? Que quase matou minha irmã? Que matou a nossa mãe?
— É sério? – Lilith diz que sim – Não pode ter ninguém lá?
— Só um segurança, pra caso aconteça alguma coisa. Eu sei que vai ser difícil, mas é uma oportunidade pra vocês falarem o que quiserem pra ele! – Nós não havíamos visto por esse lado... Nossa, como eu iria aproveitar isso.
— E essa visita aí, é quando? – Lilith olha no relógio.
— Daqui a... 1 hora! Eu sei que 'tá muito em cima da hora, mas só me avisaram agora também... – Logo nós corremos para nos arrumar.
Lilith foi com Gwen no quarto e Robin veio comigo no meu.
— Amor, você tem certeza que vai ficar bem? – Me viro de frente para Robin e encosto no guarda-roupa, com os olhos marejados.
— Eu não sei... Por que estão fazendo isso? Ele nem meu pai é! – Algumas lágrimas caíram dos meus olhos. Talvez eu já tenha esgotado minhas lágrimas de tanto chorar, mas não foram muitas que desceram.
— Vem cá! – Robin abre os braços, logo "me jogo" nele. O abraço de Robin era reconfortante, me trazia a sensação de paz.
Enterro meu nariz na curvatura de seu pescoço, enquanto o moreno mantém uma mão em minha cintura e outra no meu cabelo, fazendo um cafuné.
— É a primeira vez em tanto tempo que eu sinto medo de verdade... Medo de tudo acontecer de novo – Eu falo baixo e com a voz um pouco abafada.
— Não vai acontecer nada... Vai ter uma cela separando vocês e um segurança. Vai ficar tudo bem, ok? Nada vai acontecer com você e nem com a Gwenny – Robin diz isso com uma voz calma e que transmitia paz. Assim que termina de falar, Robin deixa um selar no topo da minha cabeça.
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I can be a better boyfriend than her! - Rinney
FanfictionDois garotos, uma amizade, uma traição e uma paixão. Será que é tão fácil assim estar apaixonado pelo melhor amigo em 1978? Finney Blake e Robin Arellano terão que descobrir isso sozinhos