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"Flat"

Alya Diggory

Eu não sei como mas acabei chegando a enfermeira, eu percebi que havia muitas pessoas ali, conversas entre outras coisas, mas eu apenas me mantive sentada em frente a uma janela, na minha mente só estava a cena do meu irmão morto, eu apenas queria que alguém viesse até mim e disse-se que é apenas uma brincadeira de mal gosto.

— Srta. Diggory?— alguém me chamou, fiquei em silêncio— Sei o que está sentindo, mas acho que gostaria de saber quem matou seu irmão.

Só então olhei para trás e vi Harry Potter deitado em uma maca, Ron Weasley e Hermione Grange ao seu lado.

— Quem foi?— perguntei, minha voz era rouca e chorosa.

— Voldemort— Harry respondeu, ele me contou tudo o que havia acontecido no cemitério, no começo eu apenas estava confusa, mas então as peças se encaixaram, o nervosismo de Mattheo e o fato dele ter sumido o dia todo era por que o Lord das trevas estava retornando.

— Srta. Diggory?— Dumbledore me chamou— Acho que seja melhor você ir se deitar, imagino a raiva e a dor que deve estar sentindo.

Apenas concordei com a cabeça e sai andando, corri direito para as masmorras, quando cheguei na minha comunal havia muitas pessoas, mas não quem eu gostaria de ver, fui até o dormitório masculino sem me importar com os olhares.

Uma vez Pansy havia me contado qual era o quarto de Mattheo e Tom, fui direto para la, a porta estava trancada, peguei minha varinha.

— Alohomora— pronunciei e a porta se abriu, entrei e não havia ninguém, encostei a porta e me sentei no chão, esperaria até que eles chegassem.

(...)

Se passou a noite toda, eu não dormi, mal piscava, e quando o sol estava nascendo a porta começou a se abrir, Mattheo entrou, assim que me viu abaixou a cabeça.

— Princesa... eu...

— Você sabia, não é?— o interrompi— Sabia que ele estava voltando! o ajudou!— me levantei, meu tom de voz foi aumentando.

— Eu...não...

— Não minta para mim!— mandei.

— Eu sabia que ele estava voltando, eu ajudei, eu estava no cemitério— ele abaixou a cabeça— eu juro que tentei...

— CALA A MERDA DESSA BOCA! VOCÊ VIU TUDO E NÃO IMPEDIU?

— Alya eu não... eu tentei, mas não podia estragar o plano— Mattheo parecia querer se aproximar, mas não fazia.

— Plano? não fode Mattheo!ERA O MEU IRMÃO! se eu fosse tão importante quanto você disse não teria deixado acontecer!— lágrimas escorriam pelos meus olhos, dessa vez não de triste e sim raiva— Plano... qual era o plano?

— Alya eu não posso...

— Mattheo Riddle! Qual era o plano?!— o interrompi, ele suspirou, caminhou até sua cama e se sentou olhando para baixo.

— Fazer o Harry entrar no torneio, ele ganhar, ir até o cemitério, usar o sangue dele na poção para que o Lord retornasse, e depois disso meu pai o mataria.

— E por que ele não o matou?

— Meu pai é exibido, quis colocar Harry para duelar com ele e de alguma forma as varinhas se encontraram— enquanto ele falava meus olhos pousaram no seu antebraço esquerdo coberto.

— Puxa a manga da camisa— mandei, pela primeira vez na conversa ele me olhou— Puxa logo— os olhos de Mattheo encheram de lágrimas e ele puxou a manga revelando a marca negra. Suspirei sentindo meus olhos encherem de lágrimas.

— Quando foi feito?— perguntei.

— Hoje.

— Mattheo...— Passei a mãos nos meus cabelos— Nos... tudo o que aconteceu também fazia parte do plano?

— Não! Alya isso jamais!— ele pareceu surpreso com a minha pergunta.

— Não acredito em você, como você mesmo disse e um ótimo mentiroso— antes que ele falasse alguma coisa sai do quarto e fui até a sala de Dumbledore.

Depois de passar pela gárgula subi e fui até a porta e bati nela.

— Entre— a voz calma de Dumbledore mandou, eu entrei, estava apenas ele na sala, ele mexia em um armário— O que deseja Srta?

— Eu sei sobre a ordem da fênix— falei, ele me olhou.

— Assim, se bem me lembro sua mãe fazia parte dela, não é?— ele permanecia calmo.

— Sim e eu sei que com o retorno de...— eu engoli seco— De Voldemort— a palavra quase não saiu da minha boca, Dumbledore me olhou com orgulho— com o retorno dele a ordem provavelmente irá voltar e eu quero entrar nela.

— Você é uma bruxa talentosa, seria uma honra tê-la conosco, mas, você tem certeza? Você não acha que está muito nova para ter os sonhos destruídos pela crueldade da guerra?

— Tenho absoluta certeza— mantive-me firme.

— Esta bem, se a ordem retornar você estará dentro— ele sorriu para mim.

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