Happy Tears

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No dia em que trouxeram Namo para casa, Kath mal podia tolerar ter o bebê fora de suas vistas, um momento sequer. Namo tinha 13 dias de idade e pesava dois quilos e trezentos gramas, o que ainda é considerado abaixo do peso de um bebê normal, antes de Lin permitir que fosse liberada da unidade neonatal, mas, como havia notado antes, ela era forte. Suas bochechas estavam mais gordinhas, como as de um recém-nascido, e ela mamava vigorosamente a cada quatro horas, mais ou menos.

Lin levou-as para casa e, a seguir, deixou o jipe de modo que Kath pudesse se locomover se precisasse de algo, um gesto que acalmou uma preocupação que ela não sabia que tinha até si  lhe dar as chaves

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Lin levou-as para casa e, a seguir, deixou o jipe de modo que Kath pudesse se locomover se precisasse de algo, um gesto que acalmou uma preocupação que ela não sabia que tinha até si  lhe dar as chaves.

O hospital ficava a apenas alguns quarteirões de distância, e aquele dia de janeiro não estava tão frio, então voltaria caminhando.

Kath passou o dia brincando com Namo, quando estava acordada, e olhando-a enquanto dormia.

No final daquela tarde, percebeu, com um sobressalto, que não pensara, nem por um segundo, no que preparar para o jantar, e sentiu-se culpada.

Lin fora uma santa, mimando-a de todas as formas, permitindo que ela dedicasse todo seu tempo a Namo, realizando todas as tarefas domésticas ele mesmo, mas a vinda do bebê para casa marcava o início de uma mudança. Fazia duas semanas desde o nascimento da menina, e Kath havia anos não se sentia tão bem. Estava descansada, seu apetite voltara, não havia razão para deixar Lin continuar a servi-la como se ela fosse uma inválida.

A Sasinpimon lhe dera tudo, e ela não lhe dera nada, nem mesmo atenção. Levou o carrinho de Namo, que ela e Lin haviam comprado no dia anterior, para a cozinha, de modo que pudesse observar a criança enquanto preparava o jantar. A menina dormia tranquila, com as juntas dos dedos de uma das mãos enfiadas na boca, sem ser perturbada pelo barulho de panelas e frigideiras. Era a primeira vez que Kath cozinhava ali, então precisou procurar tudo e levou o dobro do tempo normal para preparar algo. Ficou aliviada quando Lin não voltou para casa no horário habitual, uma vez que estava atrasada, mas quando passou meia hora ficou preocupada. Lin não costumava se atrasar sem avisar ou mesmo pedir a uma das enfermeiras para lhe ligar, informando que um dos bebês precisava de seus cuidados.

No curto espaço de tempo em que estavam casadas, ela já havia notado isso. Lin era sempre atenciosa. Lin era... incrível. Queria lhe dar alguma coisa, mesmo que fosse apenas uma refeição quente, quando chegasse em casa. Olhou para a comida fumegante, pronta para ser servida, mas Lin não estava lá. Podia mantê-la aquecida no fogão, mas não seria a mesma coisa. Então, ouviu o ruído da chave na fechadura e respirou aliviada.

Correu para fora da cozinha para recebê-la, o rosto iluminado de prazer.

— Eu estava preocupada.

Disse depressa, então receou que a outra interpretasse como uma reclamação e mudou o que estava prestes a dizer.

— Acredite ou não, preparei o jantar. Não conseguia achar nada, então levei uma eternidade para terminar. Temia que você chegasse em casa antes que tudo estivesse pronto, porque queria fazer uma surpresa.

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