Cidade da estranheza. (1) - 09

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O caminho até o local da missão foi tranquilo, sem muitos empecilhos além do carro do supervisor ficar sem gasolina. Mas durante o trajeto, o rapaz mais velho explicou como seria a missão:

- Aparentemente, a cidade que estamos indo está sendo afetada por alguma maldição de grau especial, e está mantendo os moradores presos, lentamente consumindo suas vidas e os matando. De fora, parece uma cidade fantasma, mas ao passar pela barreira da maldição, pode ter a chance de ver maldições de graus menores.

- sério que essa era a única missão disponível pro calouro? O garoto vai morrer nos primeiros segundos! Sem ofensa, uuh, Daiki...

- Ah.... ... Tudo bem, eu acho que já tô acostumado. - ele murmurou, observando algumas árvores que já começavam a ficar sem vida, quando se distanciaram do centro de Tokyo.

- Está vendo essas árvores já secas e desnutridas? - Yumiko aponta com o nariz para as árvores mais magricelas e sem folhas, das quais o mais novo já estava vendo anteriormente.

- ah- sim. Tem algum motivo?

- bem, quer dizer que estamos chegando perto da maldição-alvo, porque aparentemente ela não absorve não só a energia vital e vida de seres humanos, mas também absorve das plantas. Aliás, ô motoristazinho, esqueci teu nome mas isso não importa... A gente não vai dormir naquela cidade em que a maldição está tomando conta né?

O supervisor suspira de forma leve e diz, sem perder o foco no percurso.

- tem um hotel em que vocês podem passar as noites, o alto escalão deu um limite de 10.000 ienes para vocês.

- pra cada um..? - questionou Daiki novamente.

- não, para a dupla.

- ô pobreza miserável. - Yumiko reclamou e cruzou os braços, agora esperando que a viagem acabasse, pois estava ficando com dor de cabeça.

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Quando chegaram ao destino, Yumiko saiu do carro sem soltar mais uma palavra, voltando a ficar com um humor destruído, obviamente pelos eventos recentes.

O supervisor avisou que não poderia acompanhar os estudantes na missão e poucos instantes depois saiu do campo de visão de ambos.

O local onde foram deixados era simples, parecia a entrada da pequena cidade, com um arco feito de tijolos que a muito tempo atrás poderiam ser chamados de delicados, mas nos dias atuais, já estavam cheios de musgo e sujos.

- Senhorita Yumiko... Se a gente passar daqui a gente já entra na barreira dessa maldição né? - o garoto alguns poucos centímetros maior que a morena perguntou, observando as casinhas que montavam a vista da cidade.

- Sim. - Yumiko respondeu em um suspiro, antes de brevemente ajeitar a gola de seu uniforme e dar um passo a frente. - vamos acabar logo com isso.

- uh... Yumiko... - o garoto de cabelos verde-escuro perguntou, lentamente procurando acompanhá-la.

- fala - Yumiko resmungou.

- porquê você... Er.. parece que está com um humor tão ruim? Aconteceu alguma coisa? - e depois de falar, o jovem limpou a garganta.

Memórias de um futuro distante - Jujutsu KaisenOnde histórias criam vida. Descubra agora