Depois de ter contado tudo sobre o passeio com Shoko, ambas darem alguns gritinhos felizes e fofocarem um pouco mais, Yumiko foi para o seu dormitório, tomando um banho rápido e se jogou na cama.
Os dias passaram mais rápido do que a morena esperava, fazendo algumas missões pequenas ali e aqui, aulas, treinos, que às vezes faziam a garota ter que dar uns socos de Satoru ou nos alunos do primeiro ano, nada muito diferente do comum.
Mas algo parecia estranho; Geto. Depois da missão de escolta da garota Riko Amanai, ele não parecia o mesmo.
O rosto do rapaz parecia mais abatido a cada dia que passava e ele parecia cansado. Gōjo e Shoko pareciam não ver muito disso, mas a morena viu, e se sentou ao lado do rapaz de cabelos escuros assim que pode.- ei, Geto, tá tudo bem? - perguntou de maneira sútil, se sentando ao lado do rapaz; estavam no campo de treino, sentados nas escadas do local, um pouco distantes de Satoru e Daiki, que estava se reabilitando a lutar com apenas um braço.
- ah. Oi, Yu. Acho que tá sim - era fácil dizer que o de olhos escuros tinha ficado meio alarmado quando a moça falou com ele, talvez porque sua mente estava muito distante dos outros ali, ou alguma coisa do tipo. - porquê da pergunta?
- sei lá, você parece meio... Uh... Como eu posso explicar. - ela posicionou dois dedos na frente de sua boca, o indicador e o do meio, fazendo quase um sinal de que Geto estava fumando ou algo assim, e depois assoviou.
- tá dizendo que eu pareço drogado???
- por aí, mas não dizendo que você tá afogado na verdinha ou algo assim, longe disso amigo, mas... o que anda passando na sua cabeça? - a Ze'nin colocou seu cotovelo apoiado no seu joelho, e assim, fez sustento para sua cabeça, ainda olhando para Suguru, mas algumas vezes olhando rapidamente para Gōjo, que estava defendendo-se do rapazinho mais novo e explicando algumas coisas para o mesmo sobre luta.
- as coisas não parecem tão certas quanto deveriam. - o estudante disse, mastigando o interior da boca. - não depois daquela missão.
- não parece certo como?
- eu não sei, ainda não sei te explicar mas... Sabe, não faz sentido a gente quase se matar pra salvar uns... Civis. Tipo, nós deveríamos ser superiores, mas no fim, ainda "trabalhamos" pra eles. Esses não-feiticeiros só criam os problemas que a gente tem que resolver! - Geto fechou os punhos com força, batendo as duas mãos contra as pernas, demonstrando estar estressado. - olha, o que eu estou tentando dizer é que; sem não-feiticeiros, sem maldições, e sem maldições, nós poderíamos viver como pessoas normais!
- olha... - depois de ficar um tempo quieta raciocinando, a jovem estralou o pescoço para organizar sua linha de pensamentos e montar uma frase que faria sentido - se for assim, eu já teria sido morta, porque a minha técnica inata só foi despertar quando eu tinha 10 anos, uns 5 anos a mais do que o "comum". - a estudante fechou os olhos e aproveitou o quentinho do Sol que estava batendo na sua cabeça. - pensando no que você diz, até que faz sentido, mas às vezes não. Por exemplo, se não tivesse as maldições, os feiticeiros jujutsu não teriam que aprender a manipular a energia amaldiçoada deles, assim, eles iriam virar quase como "não-feiticeiros", e então voltaria ao começo, um ciclo, sabe? Pra mim faz sentido. - mordiscou o interior da boca (algo que Satoru já tinha a repreendido por fazer, mas mesmo assim, a teimosia prevaleceu.) - Dá pra pensar que as coisas são como são porque tem que ser assim, sabe?
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Memórias de um futuro distante - Jujutsu Kaisen
FanfictionJá parou pra pensar que todos os seus sonhos podem ser memórias do seu futuro eu mesmo? Já pensou se um dia você destruirá quem você ama ou já gostou, só por besteira ou coisas acima do seu controle? O vazio lentamente consome a mente de qualquer pe...