⁴⁵ Priscila!?

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| Alguns meses depois... |


Priscila Caliari

Chegar em casa era definitivamente a melhor hora do meu dia. Nada se comparava a ser recebida pela minha linda noiva e a nossa filha. No próximo fim de semana seria o aniversário de seis anos da flora e era assustador relembrar tudo que aconteceu nesse último ano. Ao mesmo tempo, o sentimento eterno de gratidão, por saber que conseguimos. A cirurgia do transplante foi um sucesso e após todos os cuidados pós-operatórios eu vi a minha filha voltar a ser o que ela sempre foi: uma criança feliz e cheia de vida.

Carol recuperou-se rápido, em semanas já estava cem por cento. Hoje, fora do olho do furacão, tendo a oportunidade de ver tudo com outros olhos, eu posso dizer sem sombra de qualquer dúvida, que Carolyna é a mulher da minha vida. Não somente porque ela doou um pedaço seu para salvar a nossa filha, isso de fato já era suficiente o bastante para amá-la para sempre. Mas a sua generosidade, a entrega, a forma como ela, desde o início, quando ainda era a babá (mesmo que ela nunca tenha sido apenas a babá) cuidou da flora, se entregou a mim, a nós.

O tempo todo ela soube que se ao envolver comigo ganharia flora, como bônus, e desconfio que na realidade, eu sou o bônus na relação das duas. É evidente que Carol primeiro se apaixonou pela minha filha. No início da nossa história eu era uma mulher sozinha, que mantinha a esperança de um dia, achar uma mulher que pudesse substituir o lugar da mãe biológica da minha filha. Eu sou uma mãe completamente apaixonada, que se desdobrava para ser o suficiente e nunca permitir que a ausência da mãe fosse notada. Eu fugia da verdade, tinha pavor de que de alguma maneira flora fosse prejudicada ou se sentisse menos amada por sermos apenas nós duas.

Até que ela chegou e com o seu jeito leve e amoroso nos conquistou. Carolyna fez em meses o que eu não fui capaz em anos, ela não substituiu o lugar de mãe ou mulher, ela literalmente Conquistou. Agora ela tinha o seu próprio espaço dentro de nós. Trouxe equilíbrio a nossa vida, nos apresentou e nos acolheu no seu mundo. Ela nos transformou numa família. Deixou os seus planos de lado para ser mãe, para se dedicar inteiramente a flora e ela era incrível nesse papel. Ela lida muito melhor com isso do que eu.

Eu passaria a minha vida buscando formas de fazê-la feliz, de tentar retribuir toda a luz que ela trouxe a nós. Não conseguia sequer imaginar uma vida sem ela. Por isso, nos últimos meses com a ajuda do meu cunhado e grande amigo, e claro dos meus sogros, eu estava planejando uma surpresa, uma grande surpresa, que mudaria nossas vidas completamente. O aniversário da flora foi a data escolhida para dar início a uma nova fase. O meu maior desejo e meta de vida era que a minha filha pudesse ser amada, sentir-se especial e ter uma família feliz. Quando meu pai morreu a minha família acabou, no entanto, eu tive a sorte de encontrar outra.

- Cheguei!!! Cadê minha princesas? -Gritei da porta, colocando as chaves no aparador.

- Oi amor - Carol veio da cozinha limpando as mãos num pano. - Chegou mais tarde hoje.

Ela me deu um beijo na boca e me abraçou como sempre fazia quando eu chegava.

-Estava resolvendo umas coisas - Respondi sendo vaga, não podia entrar em detalhes, não sobre aquele assunto.

-Estou terminando de colocar a mesa, se quiser da tempo de tomar um banho.

-Acho que vou comer primeiro, estou faminta. Cadê a florinha?

Carol suspirou, sorrindo - Onde você acha? Vendo TV!
- Flora, filha vem jantar, sua mãe chegou. - Carol a chamou.

Eu não trocaria essa vida por nada no mundo!

[...]

-Eu briguei com o meu irmão o dia todo hoje.

Carol tinha acabado de sair do banho e passava um hidratante nas pernas enquanto eu a observava deitada na nossa cama.

-Por que? - Eu achava incrível a relação dela com o irmão. Allan mesmo distante era presente na nossa vida e na da minha filha. Ele ligava todos os dias por chamada de vídeo e nos falávamos o tempo todo. Os pais da minha mulher também faziam o mesmo. A diferença entre eles e a minha mãe e irmã era gritante. A minha mãe estava presa no mundo de tristeza dela e eu com Carol estávamos tentado de tudo para ajudá-la. Ela não queria viver depois de perder o meu pai. A minha irmã havia me surpreendido negativamente, Ananda afastou-se de tal maneira que perdemos totalmente o vínculo que tínhamos. Era triste pensar que ela não se importava. Eu enviava-lhe todos os dias fotos e vídeos meus com Carol e flora. Tentaria até o fim trazê-la para perto de nós. Eu queria que ela estivesse conosco.

-Ele quer dar um cavalo a flora de presente de aniversário, mas eu já disse que quem dará sou eu.

-O meu presente vai ser o melhor. - Afirmei com soberba. Ela parou de passar as mãos pela pele e me olhou debochada erguendo a sombrancelha.

- Melhor que um cavalo? Impossível Caliari!

-Quer apostar? - Perguntei divertida. Carolyna era extremamente competitiva.

-Eu topo querida, o que você quer apostar? - Ela estava muito empolgada.

-Se o meu presente for o melhor você se casa comigo no próximo fim de semana.

-OQUE? Priscila!? - Ela não esperava por isso e mesmo me divertindo com a situação o meu coração batia como um louco. Eu teria que incluir um casamento nos meus planos.

- Você está falando sério? Perguntou sentando-se sobre o meu colo.

- Eu nunca falei tão sério em toda a minha vida. Quero que você seja minha esposa.

- Então capricha no presente porque agora eu quero uma esposa. - Rimos da sua gracinha e ataquei a sua boca. Ela não tinha noção do que a esperava...

[...]

Esse cap foi tão fofinho xente ❤️‍🩹
To be continued...

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Com Amor, Carolyna - CAPRI { G!P }Onde histórias criam vida. Descubra agora