08; Chico.

700 57 9
                                    

"Diziam pra mim,
Que essa moda passou
Que monogamia,
É papo de 'doido'.
Mas pra mim é uma honra,
Ser uma cafona,
Pra esse povo."
— Chico, (Luíza Sonza)

MEL A AJUDOU PRA CARALHO na escolha de roupas. Guri não deu pistas onde eles iriam, então ela teve de interpretar sozinha. Fazendo ela acabar vestindo uma calça cargo preta, cropped branco de alcinha e uma blusa de frio cropped por cima, no tom azul escuro. Se encheu de acessórios e deixou o cabelo solto, pois fazia frio em Guarulhos.

— Usem camisinha. - Mel falou enquanto elas desciam as escadas.

— Larga de ser idiota! - Raquel caiu na gargalhada.

— Estou sendo re-a-lis-ta. - A loira soletrou enquanto paravam na porta da casa.

As duas esperaram na frente de casa, Guri e ela marcaram 6 horas da tarde, o pôr do sol já se fazia presente. Raquel ficou em pé e as duas ficaram conversando. O tempo pareceu passar com lentidão pela ansiedade de Phoenix, que batucava os dedos, chacoalhava as pernas e não parava quieta. Eram 5:30.

5:40 foi o horário que ele chegou. Raquel suspirou aliviada, e ela se despediu da amiga entrando no carro, o cumprimentando.

— Se você julgar minha roupa, eu vou cometer um homícidio. - Ela disse, dando um beijo em sua bochecha.

— Poderia ter vindo de saia ou vestido. - Ele brincou e ela arregalou os olhos, soltando gargalhadas. — Brincadeira.

— Dá próxima eu venho. - Phoenix abriu o celular.

— Vai ter próxima? - João Lucas perguntou com um lindo sorriso nos lábios.

— Qual o destino? - Ela mudou de assunto, passando um gloss na boca.

— Ribeirão Preto. - Ele falou, ficando sério e ligando o carro.

Ela arregalou os olhos no mesmo instante, enlouquecendo.

— O QUÊ? João Lucas, é umas 4 horas daqui… - Raquel tentou justificar, mas Guri a interrompeu.

— Eu quero que você conheça Ribeirão Preto porque é minha casa. Lá você vai até me conhecer melhor também. - Ele disse, rapidamente e ela olhou pra ele.

— Isso é loucura. - Afirmou, colocando a mão na testa. Mas um sorriso bobo saiu de seus lábios enquanto ela pensava. — Vamos enlouquecer juntos então.

Ele riu, e assim foi a longa jornada de Guarulhos até Ribeirão Preto. Eles se comunicavam sobre coisas divertidas e tensas na maioria das vezes, não tinham vergonha de falar sobre certos assuntos já que se sentiam confortáveis. Mas ela corava a cada segundo. Quando chegaram, Raquel adormeceu no carro, por cerca de 1 hora, eram 22:00 da noite.

Quando eles chegaram, ele a acordou com carinho no seu cabelo e em sua pele, e ela acordou arrepiada.

— Chegamos. - Guri falou.

Os dois saíram do carro e ela ainda parecia sonolenta, bocejando. Olhou aos arredores, confusa.

— Que lugar é esse? - Raquel perguntou, sentindo um frio encontrar sua pele e ela se encolher.

— Bem vinda às ruas de Ribeirão Preto. - Ele disse abrindo os braços e ela viu uma praça.

Era bem decoradinha, e espaçosa, talvez ali aconteciam algumas batalhas de vez em quando. Uma grande árvore com um balanço de pneu e um playground colorido. Havia algumas pessoas passeando, mas já era de madrugada o que era estranho. A Lua iluminava grande parte da cidade, inclusive os olhos de Raquel que se mostrava deslumbrada por qualquer coisa como uma criança de 5 anos.

Essa Eu Fiz Pro Nosso Amor, (guri mc - batalha de rima) !HIATUS!Onde histórias criam vida. Descubra agora