11; De Love.

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"Eu peguei a visão, rima era estratégia.
Precisava de algo que me aproximasse a ela,
E eu cheguei de cantinho,
freestyle no ouvido.
Pude perceber uma expressão de um sorriso,
A cada palavra, era um arrepio,
Experimenta largar tudo, gata, e foge comigo."
— De Love, (1kilo, Pelé MilFlows, Gaab)

R

AQUEL ESTAVA EM BARUERI, hoje teria batalha dos estudantes na qual o João Lucas e Barreto iriam participar, Jota e Kakau estavam presentes, os quais a querida Phoenix não desgrudava por um segundo. Guri foi um dos primeiros a serem chamados no palco, estava cheio de pessoas, por incrível que pareça.

Estava com indícios de que uma grande tempestade viria, as nuvens estavam cinzas e a Lua mal aparecia. Phoenix estava pensativa na grande reviravolta que sua vida havia tomado de uns meses pra cá. Ela jamais imaginaria que um dia voltaria a ver batalhas de rima.

Mas apesar de tudo, aquilo era uma coisa que a deixava completamente alegre, a rua era sua casa, o Barreto se tornou seu melhor amigo com o tempo, vivia trocando ideia com a Kakau que se tornou uma irmã pra ela entre outros Mc's.

Maria, sua amiga se aproximou. Sorrindo.

— OIII PHOENIX!!! - A cumprimentou e ela riu a abraçando e a cumprimentando de volta.

— Tava esperando você vir me cumprimentar! Achei que não ia parar de falar nunca com a Lili, inclusive cadê ela? - Raquel perguntou, curiosa enquanto olhava ao redor.

— Foi trocar uma ideia com o Brennuz, perdi ele de vista. - Maria falou, desviando o olhar e dando um sorriso ao citar o nome dele.

— Vocês tão ficando né? Safada! - A garota de cabelos lisos deu um leve tapa em seu braço.

— Aí! Não tô não! - A cacheada passou a mão onde Raquel havia batido. — E você que tá ficando com o Guri? Jota me contou que vocês se divertiram horrores na mansão da aldeia nesse final de…

Raquel deu outro tapa leve em seu braço.

— Tá me espancando! Louca! - Brincou, rindo.

E as duas caíram na gargalhada, a chuva marcou presença, começando a cair, Guri pediu para que Jota e Barreto levassem Raquel até uma das tendas enquanto ele ajudava a desmontar o som do palco e esse tipo de coisa. As gotas engrossaram quando Phoenix notou o celular no próprio bolso tremendo, enfiou a mão ali dentro e retirou o telefone, notando o número desconhecido.

Ela atendeu.

— Alô? - Perguntou.

— Raquel, filha.

Aquelas duas palavras fizeram os olhos da garota se arregalaram, surpresa com aquilo, mas aquela voz era irreconhecível para ela que a escutou durante sua vida inteira, muitas das vezes em um tom alto, a mandando fazer algo que detestava, ou xingamentos sem rumo com a intenção de a ofender.

— Pai?

Sua voz tremeu, a chuva fazia barulho, então ela teve que ir para um canto sozinha da tenda na intenção de escutar.

— Escute, eu não tenho muita coisa pra dizer, sinto tanto a sua falta e sua mãe, ela… Ela me colocou em uma clínica psiquiátrica, na intenção de eu me livrar do… álcool. - Ele parecia trêmulo ao perguntar aquilo, e sussurrava. — Filha, eu preciso de dinheiro, a gente precisa de dinheiro…

Aquela voz. Aquele tom. Aquelas palavras. Raquel conhecia o próprio pai. E ela sabia por qual motivo ele estava pedindo dinheiro.

— Pai, cadê a mãe? - Phoenix perguntou.

Essa Eu Fiz Pro Nosso Amor, (guri mc - batalha de rima) !HIATUS!Onde histórias criam vida. Descubra agora