13; Vagalumes.

639 41 22
                                    

"Vou caçar mais de um milhão
de vagalumes por aí
Pra te ver sorrir, eu posso colorir o céu de outra cor
Eu só quero amar você e quando amanhecer
Eu quero acordar do seu lado"
— Vagalumes, (Pollo part. Ivo Mozart)

HOJE ERA UM DIA ESPECIAL. Hoje era dia 22 de novembro, também conhecido como o aniversário da protagonista dessa história. Pois é, Raquel hoje completa 25 anos, e bem, sempre amou comemorar o próprio aniversário, pois era o dia que ela veio ao mundo, é o dia em que ela veio, e o dia em que sua própria mãe não iria comparecer.

Estava namorando a 2 meses e 18 dias. Guri andava mais grudento que o normal, mas era algo que ela apreciava bastante, amava passar um tempo com ele, e com consequência, agora estava morando na mesma casa que o Barreto. Estavam dividindo o apartamento, havia saído da mansão da Aldeia pois não queria dar mais trabalho ao próprio tio, apesar dele ter insistido horrores, sabia que seria o melhor pra ela.

E isso resultou em um Guri, Jotape e Kakau mais próximos que o normal. Diretamente as meninas faziam live e os garotos jogavam videogame. João Lucas trabalhava em um novo álbum, andou mais grudento pois com suas palavras, sempre que chegava do estúdio afirmava estar “com saudades”. 

Raquel acordou mais produtiva, 25 aninhos era uma grande coisa, foi até a cozinha iniciando um café da manhã. Se entretida com a própria companhia enquanto cantarolava a música de Jotape, “Ruas de São Paulo.”

Pensava sobre certas coisas bem negativas, mas tentava manter um bom carisma. Por exemplo, seus pais pela primeira vez não aproveitariam seu aniversário junto dela. Normalmente, era o único dia do ano em que seu pai não consumia álcool por uma promessa que fez a ela quando ainda era uma criança. Nunca parou pra pensar, mas, seu pai nunca disse um “eu te amo” sóbrio. Sempre era quando ele estava totalmente levado pela cerveja.

Aquilo fez ela se perguntar se ele não a amava. Será? Bem, do que adianta? Ele não estaria mais perto dela… Mas isso explicaria o fato dela nunca ter aprendido a ser amada. O fato de ela sempre ficar surpresa quando Guri a abraça ou a beija, sempre aleatoriamente. Ou quando ele fala um simples “eu te amo” e todos os pelos de seu corpo se arrepiam.

Nunca foi amada por um homem se quer, o mais perto que já teve foi o seu tio, seu ex namorado foi tóxico pra caralho e de repente Guri apareceu. Ele simplesmente mudou tudo e ela jamais merecerá ele.

Barreto apareceu na cozinha e Guri apareceram logo em seguida, confusos por toda aquela felicidade dela.

— São 9 da manhã, e você tá toda feliz? - Kauã se escorou no balcão onde ela picava o presunto.

— Hoje é um dia feliz. - Virou o rosto em direção a João Lucas que parou do seu lado e lhe deu um selinho. — Escovou os dentes?

— Sim, gatinha. - E ele beijou sua bochecha, logo se afastando para pegar um copo com água.

— Eu quero que tudo hoje ocorra perfeitamente. Por favor, me digam que compraram presentes. - Ela juntou as mãos, implorando e fazendo beiço.

— Presente pra quê? - Barreto perguntou, franzindo o cenho.

— Oras, “pra quê”? - Raquel revirou os olhos. — Hoje é meu aniversário seu ignorante! - Estapeou seu braço.

Barreto e Guri se entreolharam, surpresos.

— Você nunca me falou nada. - João Lucas disse.

— Falei sim, no nosso primeiro encontro. - Phoenix corrigiu, afirmando. Enquanto jogava o presunto na frigideira e o mexia junto com o ovo que estava ali.

— Não falou não. - Guri disse. — Você nunca me disse que seu aniversário era hoje, Raquel. - Cruzou os braços.

— Falei sim! Eu lembro! - Ela disse, ficando irritada.

Essa Eu Fiz Pro Nosso Amor, (guri mc - batalha de rima) !HIATUS!Onde histórias criam vida. Descubra agora