"Porque todas as noites eu estou
Conversando com a Lua
Ainda tentando chegar até você
na esperança de que
você esteja do outro lado
falando comigo também
ou eu sou um tolo
que fica sentado sozinho
conversando com a Lua"
— Bruno Mars, (Talking To The Moon)— Ok, então você é de Ribeirão Preto? - Raquel disse, conversando com Guri, rindo.
— É.
— E se mudou pra Guarulhos e começou a ganhar uma cacetada em batalhas de rima? - Ela sorriu, chocada.
— Isso.
— E eu ainda morava na casa dos meus pais! - Raquel disse, desacreditada e se escorou na cadeira. — Eu comecei a rimar e ganhei dinheiro pra porra, tá ligado, mas meu pai conseguiu gastar tudo em… bebidas alcoolicas, o que é bem deprimente. - Ela falou normalmente. — Lido com isso tranquilamente, pra falar a verdade.
Ele a olhou, triste. Os dois se olharam e olharam para os outros garotos no quarto. Vendo que eles estavam distraídos com outros assuntos e uma ideia louca surgiu na cabeça dela; por que não dar um perdido?
Ela segurou sua mão e o puxou para fora do cômodo.
— Ei ei, se quisesse me sequestrar era só falar que eu aceitava. - Ele disse fazendo ela rir.
Ela o arrastou até as escadas, fazendo os dois subirem desastradamente os degraus, e enfim eles chegaram no terraço. Ela largou a mão dele, se apoiando na borda do prédio, e olhando tudo ao redor, as luzes deixavam cada detalhe do rio de janeiro mais bonito. Um vento percorreu o local e ela se encolheu, sentindo sua pele se arrepiar, provavelmente também por conta da presença do garoto ao seu lado.
— Eu gosto. - Ela falou, após ele se aproximar. — Gosto de paisagens, de cada detalhe delas. Gosto de detalhes também, apreciar cada coisa. - Ela cruzou os braços em uma tentativa de se aquecer mais.
Os dois ficaram em silêncio, pensando no que dizer.
— Fala alguma coisa sobre você. - Ela pediu. — Alguma coisa que eu não saiba, no caso tudo e tirando o fato que você é o líder do ranking da aldeia. - Eles riram e ficaram em silêncio mais um pouco.
— Eu sou formado. E pós graduado. - Ele revelou e ela o olhou, surpresa, um sorriso animado.
— Sério? Em quê? - Ficou animada.
— Faculdade de Design Gráfico e sou pós graduado em Cinema.
— Caralho. - Ela abaixou a cabeça. — Então você desenha?
— Sim, queria ser ilustrador da Marvel. - Ele disse e os dois riram, dando pequenas gargalhadas.
— Meu curso dos sonhos é Cinema e Teatro. Eu sempre achei que eu teria mais sorte em teatro porque sempre quis ser cantora, e como tenho uma voz boa, eu faria musicais na minha cabeça. - Ela riu sozinha, se lembrando. — Mas, era pra eu ter feito direito. De acordo com meus pais, pois teatro não daria certo. Bem, eles não estavam totalmente errados.
Ela deu um riso leve e ele assentiu.
— Você disse que canta bem. - Ele falou e ela assentiu. — Qual estilo de música você gosta?
— De tudo. - Ela respondeu rapidamente. — Gosto de absolutamente tudo. Desde Legião Urbana até Taylor Swift. - Ela ironizou, rindo, mas tava falando a verdade. — E eu também sou fissurada no Jão. Conhece?
Ele assentiu e Raquel sorriu, contente.
— Eu faço poesias. - Ela disse, após os dois ficarem uns segundos em silêncio de novo. — Quando parei de rimar, comecei a escrever, porque, meu tio dizia para mim que rimas são poesias ditas em voz alta. E já que eu não podia rimar, eu podia demonstrar minha frustração de outra forma. - Phoenix olhou para baixo, para as luzes.
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Essa Eu Fiz Pro Nosso Amor, (guri mc - batalha de rima) !HIATUS!
Fiksi PenggemarRAQUEL SER EXPULSA DE casa se tornou algo constante por conta de seu pai embriagado. Sua mãe trabalhava das 6 até as 22hrs da noite, e enquanto isso, seu pai se jogava no sofá da sala e se entupia de bebidas alcoólicas. Seu tio Bob, criador e aprese...