14; Sinais.

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"De joelhos eu te peço,
Me leva que eu te quero sempre mais,
É um mistério, um instinto,
eu não vejo
Mas eu sinto os teus sinais."
— Sinais, (Jão)

OK OK OK, muitas coisas estavam chegando. O fim de ano estava próximo, e com isso, Raquel ainda se perguntava onde iria passar as festas de ano novo. Mas ela estava ocupada demais com tudo que vinha acontecendo, não ironicamente, um número desconhecido estava mandando mensagens constantemente e ela duvidava que fosse sua família. Seu pai ou sua mãe.

Mas ela não se sentia pronta para responder. Então ignora, ignorou por bastante tempo. O relacionamento seguia normal, sua vida seguia plena. Tirando o fato da dificuldade financeira que começou a enfrentar, estava sendo complexo sobreviver de cultura, o fato era que Barreto e ela eram duas pessoas, isso colabora quando ganhavam as batalhas.

Em relação a sua própria família, ela não havia contado a ninguém. Nem mesmo a Guri. Pois tinha medo. Ele não a largaria por causa disso, talvez pelo fato de ela estar escondendo isso dele, e eles tinham um relacionamento completamente seguro.

(RAQUEL POV)

Bem, hoje teria nacional. Não comentei sobre o estadual, mas apenas posso dizer que Kroy ganhou e iria representar São Paulo no palco de Belo Horizonte, confesso que estou nervosa por ele. Kroy e eu não nos falamos muito, mas sei do potencial do cara, ele rima demais.

Podemos deixar de lado o fato de eu ter torcido pra caralho pro Barreto e Jotape, e ter… não é novidade pra ninguém que eu chorei, né? O que o Kauã e o Jota fizeram lá foi histórico. No dia eu usei uma camisa onde na frente estava personalizado a imagem de João Pedro e nas costas a imagem do meu eterno girassol.

Pouparei mais detalhes, hoje vai ser um novo dia. Estávamos no ônibus indo pra Minas Gerais, eu estava completamente tensa, não havia dormido, estava com um pressentimento estranho. Não sei… Eu estava na janela. Era noite e tudo estava escuro, eu e Guri estávamos vendo La la land, porém o filme acabou e ele disse que iria dormir. Eu fiquei acordada.

Não sabia o que estava acontecendo comigo. Tava uma bagunça enorme na cabeça, no coração.

Estava olhando as janelas quando escutei João Lucas murmurar.

— Amor? - Ele perguntou, sonolento e os olhos ainda fechados. Estava de moletom e por cima a coberta o cobria, e me cobria também. Estava frio no ônibus, inclusive o fato de que o ar condicionado estava em cima de nós.

Me virei para ele, os bancos estavam jogados para trás, parecia uma cama, mas ainda inclinada e por incrível que pareça, estava bem confortável. A coberta cobria nós dois. Eu usava um moletom da Vents, e uma calça legging preta por baixo.

Soltei um pequeno sorrisinho ao olhar pra ele que havia me chamado. Acariciando levemente seus cabelos.

— Não disse que iria dormir? - Murmurei baixinho, a maioria dessas pessoas estariam dormindo uma hora dessas, e a última coisa que eu desejava era acordar alguém que me xingasse e amaldiçoasse todas as minhas gerações seguintes.

— Uma mentirinha de leve. - Disse, baixinho e eu ri mais uma vez. — Não consigo dormir. - Concluiu e eu assenti. — Você também não. Tá com insônia? - Perguntou, abrindo um dos olhos, logo em seguida os dois.

Eu respirei fundo antes de responder, capturando a gola de sua blusa de frio, me concentrando nos cordões.

— Tô pensando em algumas coisas. - Falei, séria. A voz saiu baixinha, como um segredo.

Ele agarrou meu corpo, entrelacei minhas pernas por cima das coxas dele e ficamos colados.

— Tô aqui pra você, cê sabe disso. - Ele disse, olhando no fundo de meus olhos.

Essa Eu Fiz Pro Nosso Amor, (guri mc - batalha de rima) !HIATUS!Onde histórias criam vida. Descubra agora