Choi San, um médico alfa teve uma filha, mas sua esposa, a única ômega que ele aceitou ter na vida, havia partido.
Depois de não conseguir lidar com a vida de pai solteiro, ele decide procurar algum beta que se enquadrasse nas características neces...
Oi amores, voltei com mais um capítulo espero que tenham gostado do capítulo anterior amo vocês .
Boa leitura a todos.
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Os momentos bons da vida são tão incríveis. Eles vem quando menos esperamos mas sempre na hora certa. Chega até a soar estranho quando acontece, mas, sim! Uma hora ou outra eles vem.
Para mim, veio em forma de pessoas maravilhosas que mudaram a minha vida de uma forma inexplicável.
Mas... nem sempre é como pensamos.
Passaram-se exatos seis dias após o natal, era o último dia do ano, e eu tentava manter todos o mais longe possível de mim. Ao menos até me sentir confortável para contar o que realmente estava acontecendo.
Dizer que amo meu alfa foi um passo e tanto para mim e eu não me arrependo, quero tê-lo comigo pelo resto de nossas vidas assim como nossos filhos. Quero ter a minha família sempre por perto, mas nesse momento eu estou tendo que colocar isso como um peso. Uma verdadeira balança.
Em um lado estão eles.
E no outro a minha faculdade. Sim! Faculdade.
Recebi a carta de aprovação primordial e exemplar do campus de Seoul dizendo que passei com honra sendo uma das três notas mais altas do vestibular. Eu estou tão orgulhoso de mim mesmo! Minha emoção quando abri a carta foi intensa.
A pior parte, foi quando li todo o resto... "Prezado, Jung Wooyoung.
É um imenso prazer informá-lo de que passou em nossa prova com honra, acertando 97% das perguntas, tomando o segundo lugar do curso de medicina.
Preenchemos todas as turmas, mas, deixamos um espaço especial para o nosso Ranking principal. Os três melhores terão os cinco primeiros períodos sendo encimados pela senhorita Kun. Ou seja, terão um ano e meio com tudo pago para darem início a faculdade em Londres.
Aguardamos sua resposta. - Campus Seoul"
É exatamente isso que está me incomodando a dias, o fato de que precisarei passar um ano e meio longe de todos aqueles que eu amo. Essa angústia está acabando comigo.
Estou entre eles e o meu sonho, porra! É muito difícil.
Faz um tempinho que estou afastado deles e não consigo aguentar a dor, imagina todo esse período?
Não sei se consigo. Eu nunca fiquei sozinho. O medo me corrói demais.
- Wooyoung? - Ouvi batidas na porta do quarto e eu conhecia aquela voz muito bem. - Príncipe, tenta comer alguma coisa, por favor...
Eu estava passando tanto tempo no quarto ultimamente pensando no que faria, que até algumas refeições eu pulei, e por esse motivo tenho tido tonturas e até fraquezas.
Fazia tempo que não trocava um contato íntimo com o meu alfa, ao menos um beijo ou carícia. Nada.
- Abre a porta pra mim... - Eu não aguento com ele, sinceramente. Meu coração fica tão apertado. - Já são onze e meia da noite, amor. Quase ano novo. - As horas passaram tão depressa, assim como os dias. - Só me deixa te olhar. Juro que não encosto em você.
Às vezes me pego pensando se eu realmente o mereço... mas o meu coraçãozinho sempre me diz que merecendo ou não, era ele! Ele quem tinha a chave secreta de todos os meus sentimentos mais intensos assim como meu coração por completo.
Tomando base nesse sentimento, andei o mais rápido possível até a porta, e abri devagar o encontrando ali parado com uma calça moletom simples e um regata mostrando todas as tatuagens que sempre amo ver e beijar.
Cheguei a olhar para os seus olhos preocupados ao ver a minha situação e não hesitei em agarrá-lo com força, abraço tanto de saudade quanto de conforto. Ah! Como é bom senti-lo pertinho. Seu aroma, seu toque delicado em meu corpo assim como suas carícias, sempre me fazem bem.
- Sannie... - Desabei ali mesmo em seus braços. Não consegui segurar. - E-eu te amo. A-amo você, alfa. - Ouvi o barulho da porta sendo fechada e ele passou a andar carregando meu corpo até a nossa cama. - N-não vou. E-eu não vou!
- Shhh... se acalme, meu bem. - Estava sentado em seu colo quando Choi passou a acariciar meu rosto e encostou nossas testas. - O que está acontecendo?
Com todo o desgosto do mundo, me levantei ficando longe do seu carinho para ir até a carta da faculdade. Peguei e entreguei em suas mãos lhe dando permissão para ler. Assim como eu, vi seu sorriso imenso no início, mas conforme ia lendo, o mesmo ia morrendo aos poucos.
Ele vai me deixar.
Isso é o que mais me vem à mente além da saudade que irei sentir, se eu realmente for...
- Foi por isso que ficou distante esses dias? - Levantou-se e caminhou lentamente até mim secando as minhas lágrimas com suas mãos e as depositando em minha cintura. - Você quer ir?
- E-eu... Eu... - Essa maldita dúvida estava acabando comigo. - Eu não quero deixar vocês, Sannie. - O abracei novamente sendo retribuído da mesma forma. - É horrível ter que escolher entre a minha família e a faculdade. Não dou conta disso.
Busquei seu olhar novamente antes de falar:
- Eu tenho medo. Medo de ir sozinho, medo de perder você...
- Você nunca vai me perder, Wooyoung. Você sabe que eu te amo. - Seus lábios foram em direção a minha testa deixando um breve selar ali antes de me encarar profundamente outra vez. - Precisa ir, meu bem. Faça seu curso, irei apoiá-lo sempre. Só não poderei ir até lá com você, mas farei muitas visitas.
- Eu não quero ficar longe de você ou dos nossos bebês, alfa. - Sim, eu estava decidido. - Não vou. Vou ficar.
- Meu bem... - Chamou a minha atenção quando ele se afastou para pegar o pequeno exemplar do nosso livro favorito. O pequeno príncipe. - Eu realmente estou impressionado pela semelhança do primeiro apelido que lhe dei, se lembra?
- Sim. Você me chamou de pequeno príncipe.
- Exato, e assim como ele, você deve pegar seus pássaros e voar para longe do seu asteróide. - Realmente, esse apelido nunca fez tanto sentido como agora.
- Precisa ter coragem para explorar e descobrir o mundo sozinho, amor.
Se eu o amo? Sem sombra de dúvida.
A força e a coragem que ele me passa é inexplicável, mas tem razão. Para que eu possa evoluir, preciso me desprender desse medo, dessa mania de ser dependente de algo ou alguém além de mim.
E só tive ainda mais certeza disso quando o ouvi dizendo:
- E assim como a rosa eu estarei aqui, te esperando no nosso lar. No nosso asteróide.
Meu coração acelerou no mesmo instante em que San se aproximou de mim selando meus lábios, desta vez com um beijo cheio de amor e carinho, matando a saudade imensa que sentimos e me mostrando que ele nunca me abandonaria.
Nos afastamos assim que ouvimos os fogos tomando o espaço do ambiente, dando a entender que mais um ano havia se findado.
- Feliz ano novo, príncipe. - Sorriu contra os meus lábios me dando um beijinho de esquimó fofo. - Vamos superar cada obstáculo juntos, eu te prometo.
E eu sabia que cumpriria.
Porque assim como ele, eu faria de tudo para que se cumprisse.
Aceitar o pedido de casamento também não foi por impulso e agora todos entendem o porquê.
- É mesmo você, Sannie. - Levei uma de minhas mãos até sua nuca acariciando seus fios sedosos. - Você é a minha rosa.
