Choi San, um médico alfa teve uma filha, mas sua esposa, a única ômega que ele aceitou ter na vida, havia partido.
Depois de não conseguir lidar com a vida de pai solteiro, ele decide procurar algum beta que se enquadrasse nas características neces...
Olá queridos estou de volta com mais uma adaptação espero ter vocês comigo durante esso caminho até o fim.
Amo vocês.
Boa leitura.
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Dim! Dim! Dim! Dim! ...
Acordo assustado com o barulho do meu despertador.
Mas que ótimo, estou atrasado novamente. Porque eu tenho esse hábito de sempre me atrasar?
Não, hoje não! Qualquer dia menos hoje.
Levanto às pressas e vou até o banheiro fazer minhas higienes matinais. Após um bom e rápido banho, vesti algo confortável e apresentável, afinal, eu estou indo para uma entrevista de emprego.
Minha vida sempre foi difícil. Na verdade, quando um ômega poderá viver em completa paz com um mundo totalmente oposto a todos nós?
Mesmo as leis tendo evoluído bastante ao nosso favor, ainda nos vêem como submissos e servos. Até um emprego é difícil de se arrumar.
Desde cedo me encontro tentando sobreviver sozinho. Meu pai me expulsou de casa assim que descobriu meu gênero, coisa que ocorreu no primeiro heat. Eu tinha apenas quinze anos de idade quando ele me colocou para fora de casa.
Yu Gyeom sempre foi um alfa perverso e tinha uma visão completamente alfista da sociedade, coisa que é comum entre a maioria dos alfas e betas desse maldito mundo.
Meu pai ômega sempre foi atencioso e bondoso comigo. Infelizmente aquela terrível doença o tirou de mim, coisa que detesto lembrar. Vê-lo morrendo em uma sala de cirurgia enquanto Yu Gyeom agarrava outro ômega na sala de espera do hospital é uma das piores lembranças que carrego.
Assim que me vi sozinho nas ruas frias de Seoul com apenas quinze anos, meu mundo começou a desabafar. Me via completamente sem esperanças e sozinho. Porém, fui surpreendido quando uma bondosa beta mais velha me abrigou até que eu conseguisse me manter sozinho. Ela se chama Solar e é um dos exemplos de pessoas que quero levar comigo para sempre.
Pude concluir o ensino médio e aprender o básico de algumas profissões. Consegui um emprego em um abrigo de animais. Eu sempre adorei cuidar, dar amor e muita atenção aos animaizinhos. Esse emprego foi algo que realmente amei.
Passei exatos dois anos naquele local. Assim que completei meus vinte anos de idade ( 𝑐𝑜𝑖𝑠𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑛𝑎̃𝑜 𝑓𝑜𝑖 𝑎 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜, 𝑗𝑎́ 𝑞𝑢𝑒 𝑒́ 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 ) fui despedido injustamente por apenas não acatar o desejo do alfa que era filho do dono do local.
Aquele alfa miserável queria abusar de mim e eu resisti até minhas forças acabarem. Por sorte, estava na hora do almoço e Solar sempre passava por lá para me deixar algo. Ela viu o alfa em cima de mim e o tirou de lá, ameaçou chamar a polícia mas foi nessa maldita hora meu chefe apareceu e acabou me despedindo.
Depois de dois meses sem encontrar nada, Solar disse que um certo médico alfa estava à procura de alguém confiável para cuidar de sua pequena filhote.
Mesmo estando atrasado fui o mais rápido possível para o endereço que minha noona me passou. Assim que cheguei, pude ver algumas pessoas deixando o local.
É... as caras não estavam muito boas.
Mas que ótimo, devo dizer que estou completamente ferrado.
Andei lentamente até a porta de entrada, encontrando a mesma aberta com um alfa alto a segurando. Ele trajava um terno preto porém tinha um semblante amigável.
— Olá, bom dia. — ele sorriu amigavelmente para mim enquanto indicava o local onde haviam alguns betas. — Você é um dos candidatos à vaga, certo? — apenas assenti e lhe retribui o sorriso — Eu sou o Jung Shin, trabalho com o senhor Choi a anos. É um grande prazer. Senhor Yeosang é quem está entrevistando, pode sentar ali... — ele aponta para uma cadeira vazia bem ao lado da porta de uma sala — E esperar ser chamado. Boa sorte.
Me curvei em respeito e ergui os olhos.
— Muito obrigado, senhor.
Segui para o local que Jung Shin havia indicado e lá fiquei por alguns minutos até ser chamado. Devo dizer que após ver vários betas saindo com um semblante desagradável, o medo tomou conta do meu corpo por inteiro.
Entrei na sala e era praticamente um escritório bem organizado. Tinha uma linda e grande estante cheia de livros e sem contar os vários objetos antigos... talvez fosse uma coleção de peças, não sei dizer ao certo.
— Olá, bom dia. — um gentil ômega de cabelos escuros me cumprimentou, ao seu lado estava uma pequena filhote distraída brincando com um ursinho de pelúcia. — Ué... você é um ômega? Achava que a vaga só poderia ser preenchida por um alfa.
Certo, era esse o pequeno problema que a minha Noona disse. Eu quero me enterrar em um buraco e não sair nunquinha.
— A-a... me desculpe, achei apenas que poderia tentar a vaga. — recebo um olhar atencioso do mesmo. — Caso isso não seja possível eu posso ir embora. Não quero incomodar.
— Você é fofo, já adorei... — digamos que ele estava um tanto quanto empolgado com a minha presença. — Sente-se aqui, vamos bater um papo. — ele se referiu a cadeira que se encontrava a frente da mesa em que o mesmo estava. Logo, me confortei no assento e o ouvi falar. — Meu nome é Yeosang, muito prazer. Vamos começar com as coisas básicas? Me diga o seu nome, sua idade e porque quer esse emprego.
— Me chamo Jung Wooyoung e tenho vinte anos. — eu não vou mentir, minha barriga está como uma verdadeira roda gigante. — Eu adoro crianças, não vou ficar dizendo pontos em mim para isso, mas... eu trabalhei em um abrigo de animais, sempre dei amor e carinho a todos e... — Puta que pariu, eu sou burro? — Meu Deus! Eu não estou comparando a filhote a eles, não foi a minha intenção e... nossa me desculpe.
Eu estava praticamente em pânico e tentando explicar, quando me deparo com o Yeosang e a criança rindo da minha cara.
Oh céus... eu sou um completo desastre.
Ainda sem um argumento completamente elaborado, vejo a pequena se aproximando de mim e parando bem ao meu lado.
— Eu gostei dele, tio Yeo. — ela estendeu a mãozinha para me cumprimentar e eu a retribui — Oi, eu sou a Sana.
— Oi, Sana. Eu sou o Wooyoung. — ela sorri pra mim. E devo dizer que parece com um gatinho muito fofo.
— Você gosta de animais? — eu assenti e ela deu alguns pulinhos. Eu não vou negar que essa pequena é um encanto. — Eu tenho um coelho, meu pai comprou ele hoje pra mim, mas eu ainda não dei um nome. Você quer ver ele?
— Seria um prazer, anjinho. Mas acho que devemos esperar um pouco, sim?
— Tá bom, Wooggie. — nunca tinha ouvido meu nome ser pronunciado dessa forma, mas admito que amei.
Quando novamente levo meu olhos até Yeosang, ele está com os mesmos arregalados e a boca semi-aberta, coisa que me fez ficar preocupado.
Legal, eu vou começar a enumerar as merdas que fiz desde a hora que acordei até agora...
— Es-está tudo bem? — questiono um pouco sem jeito.
— Você chegou aqui agora e já colocou ordem nesse monstrinho aqui? — olhou para a baixinha que tinha um sorriso travesso nos lábios — E ela ainda obedeceu? A vaga é sua, amado!
Sana começa novamente com suas sessões de pulinhos enquanto gritava animada. Mas pude jurar que ouvi Yeosang sussurrando um "𝐵𝑜𝑎 𝑠𝑜𝑟𝑡𝑒, 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑣𝑎𝑖 𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑠𝑎𝑟"
