𝑨 𝑪𝒐𝒖𝒓𝒕 𝒐𝒇 𝑺𝒕𝒂𝒓𝒔 𝒂𝒏𝒅 𝑭𝒍𝒂𝒎𝒆

Three

☆゜・。。・゜゜・。。・゜★

Eu finalmente cheguei à academia nos arredores das terras mortais depois de alguns dias de viagem em uma carruagem cara que minha mãe havia pago.

A chuva atingiu o topo da carruagem criando sussurros suaves por dentro.

Afastei a cortina que escondia a pequena janela na lateral da carruagem para ver as terras gramadas até onde a vista alcançava, todas cobertas por carvalhos tão grandes quanto alguns dos prédios mais altos de minha casa.

As flores eram escassas, mas eu podia ver suas cores vibrantes pingando água a quilômetros de distância.

Elas me lembraram de Elain.

Minha mãe me disse que eu teria que me ausentar por um tempo.

Ela explicou que eu iria para uma escola nova e cara, onde aprenderia muitas coisas novas.

E eu voltaria quando a escola decidisse que eu era boa o suficiente para sair, embora não tivesse ideia do que isso significava.

Ela me disse que a escola era secreta e que eu não deveria contar a ninguém para onde estava indo, pois elas ficariam com ciúmes.

Ela me disse para dizer que eu deveria ir à casa da tia Ripleighs para ajudar com suas doenças.

Depois de horas e horas na carruagem, finalmente senti que ela parou, quase me jogando do assento no processo.

Arrumei rapidamente minhas saias antes de esperar silenciosamente a porta se abrir.

O motorista logo apareceu e eu rapidamente peguei meu guarda-chuva do outro lado da carruagem e o abri antes de finalmente dar um passo para fora.

Observei o ambiente, estávamos cercados por colinas.

Colinas por toda parte.

Havia arbustos altos que pareciam ter sido colocados de maneira estranha.

Mas o que realmente chamou minha atenção foi a visão do maior edifício que já vi.

Era de um tom sombrio de cinza e era cercado por um grande muro, e no meio havia um grande portão de metal.

Eu mal conseguia ver as folhas aparecendo por cima do muro.

Foi estranho.

Mas mesmo assim foi magnífico.

Olhei para o prédio mais uma vez, e vi uma pessoa parada logo depois do portão, pela aparência, no processo de abri-lo.

Eu nem o ouvi se aproximar.

Ele estava vestido de preto da cabeça aos pés e se movia rapidamente como o vento. Desse ângulo, eu não sabia se era um homem ou mulher.

O gemido dos portões de metal quando eles se abriram desviou meus pensamentos da pessoa misteriosa.

A figura misteriosa veio em nossa direção e eu mantive meu queixo erguido, exatamente como minha mãe me disse.

Eu ouvi vagamente a carruagem se afastando do lugar enorme.

Observei enquanto a figura se aproximava e, no que pareceram apenas alguns segundos, ele estava diante de mim.

Por um momento ele apenas olhou.

Até que finalmente baixou o capuz revelando um homem alto.

Eu estava surpresa.

O cabelo do homem era igual ao meu.

A lua branca brilhava na chuva e estranhamente me fazia sentir melhor com meu próprio cabelo.

Seus olhos eram pretos.