Fifty

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Os corredores eram como labirintos distorcidos e sem alma enquanto caminhávamos. 

O som das correntes de aço que prendiam meus pulsos reverbera a cada passo, um eco frio que parecia escarnecer do meu desespero.

Meu coração batia descontrolado, enquanto o medo se enraizou em cada fibra do meu ser ao nos aproximarmos das imponentes portas de pedra da sala do trono.

Quando um dos guardas se adiantou e escancarou as portas com um rangido ameaçador, o som mal foi registrado pela minha mente. 

Fui empurrada para dentro, e, pela primeira vez em meses, os guardas me arremessaram ao chão, no local exato onde decidiram que eu deveria me humilhar: aos pés do trono de Amarantha.

Levantei os olhos para a rainha, cujo sorriso cruel não aliviava o turbilhão de terror que me consumia. 

Ao lado dela, Tamlin permanecia imóvel, como uma estátua indiferente, assistindo nosso sofrimento sem se mexer. 

Como ele podia suportar isso? O desprezo se infiltrou em meus pensamentos enquanto eu desviava o olhar, fixando-me nas portas de pedra, ansiosa pela chegada da minha irmã.

Os minutos se arrastavam em um silêncio opressor, cada instante carregado de uma tensão quase palpável. 

Quando as portas finalmente se abriram, o som reverberou como um trovão, ressoando nas profundezas do meu ser. 

Meus membros se tornaram pesados e insensíveis ao ver minha irmã; minha pequena irmã sendo conduzida pelos guardas. 

Feyre avançava lentamente, cada passo marcando o peso inevitável de seu destino. 

Ela parou a poucos passos de mim, e eu quis desesperadamente abraçá-la, sussurrar palavras de esperança. Mas sabia que isso só agravaria a situação. 

Tentei transmitir todo o meu amor e apoio através do olhar.

Feyre respondeu com um olhar determinado. 

"Duas provas já foram superadas", ela zombou, "E apenas mais uma te resta. Falhar agora, tão perto do fim, não seria a punição mais cruel?" 

Amarantha finalmente quebrou o silêncio, sua voz carregada de sarcasmo. 

Um sorriso sádico se formou em seu rosto enquanto aguardava a risada da multidão, mas apenas alguns murmúrios foram ouvidos. 

Presumi que eram de Hybern. 

Eu me recusei a encarar a rainha, não daria a ela a satisfação de ver meu desespero.

"Alguma última palavra antes de enfrentar seu destino?" Ela perguntou, e eu me encolhi. 

Isso não deveria estar acontecendo. 

Não era assim que as coisas deviam terminar. Havíamos chegado longe demais, e tudo por minha causa. 

Feyre virou-se para trás, seus olhos brilhando com amor. 

Ela olhava para aquele que permanecia impassível; aquele que a deixou enfrentar isso sozinha. 

"Eu te amo", disse ela, com uma voz firme, "Não importa o que ela diga, não importa se é apenas meu coração humano insignificante. Mesmo que queimem meu corpo, eu ainda te amarei.”

𝑨 𝑪𝒐𝒖𝒓𝒕 𝒐𝒇 𝑺𝒕𝒂𝒓𝒔 𝒂𝒏𝒅 𝑭𝒍𝒂𝒎𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora