𝑨 𝑪𝒐𝒖𝒓𝒕 𝒐𝒇 𝑺𝒕𝒂𝒓𝒔 𝒂𝒏𝒅 𝑭𝒍𝒂𝒎𝒆

Fourteen

☆゜・。。・゜゜・。。・゜★

Eu estava olhando para Wyverns.

Wyverns estavam olhando para mim.

Wyverns não estavam extintos.

Eu encontrei os Wyverns.

Eu ia morrer.

Com os olhos arregalados, observei as criaturas amontoadas ao redor do muro de árvores e galhos de onde acabei de emergir, formando um semicírculo ao meu redor e obstruindo todas as minhas saídas.

Caramba, eles eram enormes. De verdade, gigantes.

Eu ia morrer. Nenhuma dúvida sobre isso. Mas pelo menos poderia ser em grande estilo.

Literalmente.

Tudo o que pude fazer foi permanecer imóvel enquanto observava, meus pensamentos correndo desenfreados.

Certamente, não fui preparada para essa situação… Deve existir um protocolo para lidar com Wyverns, é inevitável.

Eu estava encurralada, sem qualquer chance de fuga sem enfrentar a morte imediata.

Mas se minha hora estava chegando, como parecia inevitável, eu enfrentaria meu destino com coragem, não como uma garota atordoada por uma horda de Wyverns. Mentalizei-me, afastando meus medos.

Mantive minha postura firme enquanto avançava em protesto, os Wyverns mais próximos observavam com cautela, mas não recuei.

Eu não recuaria. Não me curvaria diante de ninguém ou de nada.

Por um momento, trocamos olhares até que vários dos wyverns pareceram ficar mais alertas, erguendo as cabeças como se estivessem captando algo além da minha percepção mortal. Então, muitos recuaram para os lados.

Percebi que eles estavam criando espaço para algo e inclinei a cabeça em confusão.

Então, compreendi o motivo da abertura quando vi um Wyvern negro como a noite se aproximando, fazendo meu rosto empalidecer em cerca de 10 tons.

Mãe, salve-me, foi uma visão magnífica.

Suas escamas reluziam sob a luz da lua.

Era maior que os demais Wyverns por alguns metros, e parecia erguer-se acima de todos eles enquanto balançava a cabeça em saudação. No entanto, seus olhos, seus olhos irradiavam um azul safira e emanava uma promessa de violência.

Não tinha certeza se os Wyverns obedeciam a hierarquias, mas se houvesse uma, este Wyvern dominaria todos. Mesmo apavorada, não pude evitar uma pequena sensação de admiração ao contemplar a criatura.

Ele avançou em minha direção, erguendo a cabeça e exalando o que parecia ser fumaça de pura raiva pelas narinas.

Não senti alegria por ter chegado até aqui. De maneira alguma.

Se eu ainda não tinha percebido antes, uma nova onda de compreensão me atingiu: cometi o maior e talvez o último erro da minha vida ao vir para cá.

Em questão de segundos, o Wyvern pairava sobre mim, inclinando a cabeça como se tentasse ver melhor.

Ainda transbordava tanta raiva que precisei conter um arrepio.

O wyvern pareceu inspirar profundamente como se quisesse me cheirar, e eu não fazia ideia do seu odor, mas todos os traços de raiva deixaram seus olhos e foram substituídos por surpresa, quando recuou, como se eu o tivesse atingido.

Ele parecia estranhamente assustado.

Quando o Wyvern pareceu se recompor, surpreendeu-me ao inclinar a cabeça para trás e soltar um rugido capaz de fazer tremer montanhas (e meus tímpanos) antes de me encarar novamente.