𝑨 𝑪𝒐𝒖𝒓𝒕 𝒐𝒇 𝑺𝒕𝒂𝒓𝒔 𝒂𝒏𝒅 𝑭𝒍𝒂𝒎𝒆

Thirty-six

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Deitei na cama, observando o luar dançar no chão, permanecendo acordada, desejando poder dançar junto com ele.

Soltei um longo suspiro e fechei os olhos por um momento antes de me sentar na cama. Minhas mãos deslizaram pelos lençóis macios enquanto eu encostava as costas na cabeceira, perdida em pensamentos.

Rhysand.

O nome tocou em minha mente e me perguntei o que diabos havia nele que permitiu que ele turvasse minha mente.

Minha melhor hipótese era que fosse o perigo.

A onda de adrenalina.

A necessidade de provar meu poder para ele.

Era emocionante.

Quando nós quatro nos dispersamos após sua visita, a primeira coisa que fiz foi ir para a biblioteca.

"Conheça seu inimigo, pequena guerreira." Palavras do meu superintendente. "Conheça seu inimigo e jamais falhará.”

Pesquisei sobre Rhysand, a Corte Noturna, os Grão-Senhores e tudo que pudesse me dar uma vantagem, mas não encontrei nada além de informações vazias.

Era como se Tamlin tivesse apagado todos os registros sobre Rhysand e a Corte Noturna, como se nunca tivessem existido.

Isso me deixou em desvantagem.

Eu vasculharia a mansão se necessário, destruiria os jardins, faria o que fosse preciso, porque eu não iria perder. Eu me recusava a aceitar essa possibilidade.

Eu estive encurralada durante toda a minha vida e não queria me ver presa novamente.

Mas talvez isso já não importe mais.

Eu não havia encostado uma faca na virilha do Lorde Supremo sem uma razão clara.

Eu fiz isso para garantir que ele deixasse Feyre em paz. Desde o momento em que ele entrou naquela sala com um olhar de frieza e cálculo — um olhar que eu conhecia bem, soube que não era uma visita comum.

Não perdi a expressão que ficou marcada em seu rosto ao me ver pela primeira vez: pálido, assustado e perturbado, antes de rapidamente mascarar suas emoções.

Eu estraguei seus planos.

Não sei se foi por eu ser humana; talvez tivesse algo a ver com “Amarantha” e eu pudesse, de alguma forma, atrapalhar o que ela estava tentando fazer.

Eu não tinha certeza. Mas planejei descobrir.

Meus pensamentos foram interrompidos por uma batida na porta, seguida pela entrada de Sereh, ligeiramente desgrenhada.

Ela me olhou como se fosse a última vez, um olhar um tanto assustador, com o prateado delineando seus olhos enquanto lutava contra as lágrimas.

Sereh pigarreou e se recompôs.

"O Lorde Supremo deseja encontrar você e sua irmã," disse ela, acenando com a cabeça e olhando para o chão antes de sair rapidamente da sala, gesticulando para que eu a seguisse.

Saí do meu quarto com os braços cruzados atrás das costas, tentando manter alguma dignidade, apesar de estar usando uma roupa de dormir de seda um pouco curta demais.

Caminhei pelos corredores escuros, observando as tochas se acenderem à medida que passávamos.

Presumi que fosse coisa de Sereh, pois, normalmente, nada acontecia quando eu andava pelos corredores.

Sereh me conduziu até a sala de jantar e saiu rapidamente, como se tivesse visto um fantasma.

Olhei para dentro da sala, observando minha irmã e seu amante.

Tamlin estava olhando para Feyre com saudade, enquanto ela se recostava na cadeira, provavelmente aguardando o que ele tinha a dizer.

Silenciosamente, sentei-me ao lado de Feyre. Os olhos de Tamlin alternavam entre nós duas.

Juntando as mãos à sua frente, ele respirou fundo e pronunciou as palavras que eu temia ouvir desde o início.

"Vocês estão indo.”

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