- Pai, eu juro. Eu tenho certeza absoluta que foi ela.- Eu falava com meu pai pelo telefone.
- Já te ensinei filha, cê da uns murro nela viu.- Ele falava e eu solto um leve riso.
- Ok, agora tenho que ir. Beijo, te amo.
- Te amo.- Assim desligo.
Eu não quero descer para almoçar, eu não quero ver nem a cara da delfina.
Escuto alguém bater na porta, logo mando entrar.
- Você não quis descer, então trouxe para você.- Meu padrasto fala, com uma bandeja em suas mãos.
- Ah, não precisa ronaldo, estou sem fome.
- Você não está sem fome, não comeu nada até agora, então trate de comer.- Ele fala colocando a bandeja na cama.
- Ok ok, obrigado.- Digo dando um leve sorriso.
- De nada. E não fique trancada o dia inteiro nesse quarto, estamos em Portugal.- Ele fala saindo.
Mas o meu maior medo é sair, encontrar delfina e dar uma surra nela.
Como toda a comida que tinha ali, tomo um banho e coloco roupas frescas.
Pego a bandeja e saio do meu quarto, colocando na pia.
A casa estava um verdadeiro silêncio, até estranho demais.
- Onde está todo mundo?.- Pergunto vendo Cristiano na área da piscina.
- Saíram.- Ele fala mexendo em seu celular.
- Para onde?.
- Foram comer sorvete. Não te chamaram porque a mamãe não quis irritar mais você.
- Hum.- Me sento na borda da piscina.- Porquê você não foi?
- Isso te interessa?.- Grosso como sempre.
- Se eu estou perguntando, sim.
- Só não estava afim.
- Tá.
E assim ficou um grande silêncio, mas não um silêncio desconfortável.
Minha perna balançava na água, fazendo ela ter pequenas ondas.
Minha inquietação é angustiante, odeio ficar sem fazer nada.
- Vamos jogar altinho?.- Pergunto depois de um tempo.
- Pra você acertar a bola na minha cara?.- Agora ele me olhava.
- Haha, que engraçado. Estou falando sério!.- Falo me levantando.
- Eu também.
- Anda Cristiano! Para de ser chato emburrado!.- Digo o puxando.
- Tá Anastácia. Eu te mato se acertar a bola na minha cara.- Ele fala se levantando.
- Fica suave.- Falo pegando a bola.
Fomos para o campo, tudo começou bem.
Eu conseguia fazer as embaixadinha e chutar para ele.
Teve até que uma eu salvei com a cabeça.
Mas estava bem até demais, eu chutei tão forte que a bola foi parar no meio da cara do cris.
Eu só vi ele caindo para trás.
- Puta merda. Você está bem?.- Eu tentava segurar a risada.
- O que eu disse?!.- Ele fala com a mão no nariz.
- Desculpa, não foi por querer. Deixa eu ver como está.
Ele retira a mão do nariz, e descia um pouco de sangue.
- Droga. Vamos lá limpar.- Falo ajudando ele a levantar.
- Não jogo isso nunca mais com você.- Ele fala me seguindo.
- Senta ai no sofá, vou pegar as coisas para limpar.
Vou pra cozinha, sei que em algum canto tem esse quit.
Quando finalmente achei volto para sala, onde Cristiano estava.
- Talvez arda, mas não é muita coisa.
Coloco um pouco de soro fisiológico no algodão, e passo de leve em seu nariz.
- Vai devagar ai.- Ele fala segurando minha mão.
- Nem dói tanto.- Digo revirando os olhos.
E então agora percebo, em como seus olhos era claro.
De como seu cabelo tinha perfeito cachos, de como sua boca era perfeitamente desenhada.
- Tira foto que dura mais.- Ele fala quebrando o silêncio.
- Cala boca.- Digo dando um pequeno aperto em seu nariz.
- Aí!
- Pronto.- Falo me afastando e pegando as coisas.
Volto para cozinha, e sem motivo algum cristiano me seguiu.
- Porquê você voltou?.- Ele fez essa pergunta.
- Porquê eu quis ué.- Falo indo para meu quarto.
- Isso não é resposta.- Ele fala ainda me seguindo.
- Porque eu estava de férias e estava com saudades da minha mãe.- Falo me deitando.
- Tá.- Ele fala mexendo em minhas coisas.
- Não toca em nada!.- Falo.
- Porque você teve que ir para Rússia?.- E mais perguntas.
- Você é tão chato.- Digo me virando.
- Responde.- Ele fala deitando ao meu lado.
- Para competir.
- Quantas medalhas você tem?
- Cristiano! Cala a boca.- Falo com os olhos fechados.
- Responde nat nat.
- 128 medalhas e 5 troféus.
- Dá pro gasto.
- E você Cris Cris. Quantos tem?.
- 7 troféus e 70 medalhas.
- Pouco. Faço isso em uma semana.
- Cê é ruim pra caramba.
- Independente.- Minha última fala.
Depois disso eu deixei ele falando sozinho, e peguei no sono.
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my brother - Cris Jr 1° Temp ✔️
FanfictionANASTÁCIA Rodriguez bianchi, é uma garota de 13 anos. Seu maior sonho é a patinação, e por 3 anos e meio, morou com seu pai na Rússia. O torneio acabou, e ela conseguiu sua medalha, como sempre. MAS com muitas saudades da mãe, ela veio à retornar...