Colocou a bandeja vazia na porta da cela e viu um dos guardar pegarem e se retirar.
Fazia dois dias que havia acordado mas nenhum sinal de Pietro. Só diziam que ele estava bem e logo acordaria.
As portas da sua cela eram de vidro. Apenas tinha privacidade quando pedia para ir ao banheiro.
O treinamento havia começado. Ela conseguia mover coisas, mas quando eram pesadas havia mais dificuldade. Seu corpo é mente doíam por conta de todo aquele esforço que fazia. Sua mente era capaz de sentir os pensamentos e sentimentos das pessoas. A doutora Loss fez ela tentar colocar imagens falsas na cabeça de um dos guardas. Ele se desesperou achando que estava vendo tubarões na direção dele.O treinamento estava longe de terminar. Ouviu Barão dizendo que queria que ela chegasse ao máximo dos seus poderes. Se sentia fraca quando passava dos seus limites, e a cada dia, ela treinava de forma mais pesada.
Em sua cela não tinha nada além de uma cama e algumas bolas de metal que ela deveria levita-las durante o tempo em que não estivesse na sala de treinamento.
Nem mesmo uma janela para saber se era dia ou noite. Mas para sua sorte havia uma guarda, Dolo, que lhe informava as horas e dizia o estado do seu irmão.
Estava preocupada com ele. Sentia um mau pressentimento sobre ele, mas não queria por isso na cabeça. Assim que ele acordasse iria embora daquele lugar. Começou a perceber que aquele lugar não era o que esperavam. Acabou por descobrir o que havia na sala com cheiro de ferrugem. Não era ferrugem, era o sangue das pessoas que eles cremavam por não sobreviver aos testes.
Não se lembrava da mulher que havia matado. Mas a mostraram o vídeo, com a esperança de que ela falasse como havia feito aquilo.Se sentia uma prisioneira. Assim como se sentia no orfanato. Presa dentro daquele cubo, começava a pensar que o orfanato não era o pior lugar do mundo.
- 8: 30. Acabaram de levar seu irmão pra uma cela. Ele acordou. - Dolo disse se aproximando da porta de vidro mas ficando de costas para ela. Havia câmeras ali, não tinha permissão para ficar conversando com a aprimorada. - Vão vir te buscar pra treinar, esteja preparada. Ouvi dizer que o soldado vai te treinar. Querem ver se você consegue se defender.
- De quem está falando?- Wanda questionou. Nunca ouviu falar dele. - Como posso me defender? Mal consigo formar essa coisa vermelha nas mãos e mover coisas.
- É melhor você descobrir.- disse com a voz neutra e se afastou.
Wanda nunca havia visto o rosto dela. Mas sabia que não passava dos 40 anos. Era a única que parecia demonstrar alguma empatia por ela e seu irmão. Ela a vigiava durante o dia, enquanto um guarda que nunca nem ouviu a voz, a vigiava de noite.
Escutou passos pesados vindo do corredor. Se levantou da cama e ficou em frente a porta. Um dos guardas abriu e ia em sua direção colocar algemas neutralizadoras em suas mãos, quando Dolo tomou a frente.
- Barão não quer que ela se sinta uma prisioneira. Sem algemas.- ela disse e se afastou, voltando pra sua posição.
O guarda deu espaço e a deixou passar. O caminho até o elevador levava 5 minutos. Ela contou. Desceram para o subsolo. Sentia o ar mais gelado naquela parte. Eles a levaram até uma sala de porta vermelha, e a trancaram, ficando do lado de fora.
Wanda se virou e encontrou em sua frente o homem que havia visto na cadeira de choque.
Ele tinha trajes pretos e um braço de metal com uma estrela. Usava uma espécie de máscara no rosto e envolta dos olhos pintados de preto. Pela primeira vez não sentia nada. Nenhum pensamento ou sentimento. Só um grande vazio. Olhou para cima e encontrou uma parede de vidro, onde Barão olhava tudo atentamente.- O seu dever é se defender. Ele não tem ordem para te soltar e deixar viva. Isso não é um teste. Terá que mostrar do que é capaz, ou então irá morrer. - sua voz era fria.
Wanda deu um passo pra trás e tentava formar algo entre seus dedos, se preparando para o embate.
- Boa sorte, Maximoff.
Quando ele finalizou as palavras, o homem correu em sua direção e ia lhe acertar um soco, mas ela conseguiu jogar sua magia no rosto dele que acabou cambaleando para trás, mas logo se levantou novamente. Não deu tempo dela formar sua magia novamente. Ele agarrou seu pescoço com o braço de metal e a tirou do chão. Deu alguns passos com ela e a jogou em cima de uma mesa de metal, com tanta força que a mesa amassou com o peso dos dois. Ele então a soltou e lhe golpeou no estômago .
Sentiu sua boca se encher de sangue.
Tentou erguer a mão para formar uma bola de magia e jogar nele, mas ele agarrou sua mão e a segurou em cima de sua cabeça. Suas costas doíam e sentiu algo escorrer pela sua nuca.
Era seu fim. Sentiu que não conseguiria tirá-lo de cima de si. Ele continuava a desferir golpes no seu estômago, enquanto ela tentava o acertar com um chute, que parecia não o afetar.- SAI DE CIMA DE MIM!- Ela gritou tão alto. Sentiu uma força crescer dentro dela, todo o seu poder. Soltou uma mão e o mirou com uma bola escarlate que o jogou para longe, o fazendo atravessar a grossa parede de concreto.
Levantou o rosto levemente e o viu caído no chão, desacordado. Desceu da mesa mas sentiu tudo rodar antes de cair desacordada no chão.Barão assistia tudo perplexo. Era o que ele queria.
- Mandem ela pra enfermaria. É um milagre ela ter sobrevivido a ele.
- Senhor, havia mesmo dado a ordem para ele não parar? - o cientista que era de sua confiança perguntou.
- Minhas ordens não são para ferir, são para matar.
- O irmão dela vai começar o treinamento logo. Não vai dizer a ela que ele acordou?
- Temos que ver se ele é tão forte como ela. Se não for, nós nos livramos dele. Mas ela não! Ela será o nosso futuro. O futuro da Hidra.
- Hi Hidra!- Todos que estavam na sala fizeram o cumprimento.
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ghosts
FanfictionOs fantasmas da Hidra. Os favoritos do barão. Ela era a mente e ele a força. Cobaias que eram usadas em um plano de dominar o mundo e acabar com os vingadores de uma vez por todas. O Soldado Invernal que tinha sua mente controlada por aquel...