O assassino silencioso.
Você nunca o vê chegando, só o vê já agindo.
O soldado imbatível.O carro parou quando não era mais possível seguir adiante com o veículo. Pela suas contas, seguiu uns quarenta quilômetros andando na mata, sua resistência era melhor do que a de qualquer outro soldado. Ele andava carregando sua arma, que pesava ao menos 10 kilos. Mas não o incomodava.
O céu estava estrelado, era uma noite agradável. Atrás dele escutava o barulho do caminhar dos outros agentes. Aquilo o tirava totalmente do seu foco.
Por um momento pensou na Maximoff. Não havia visto ela desde o incidente em seu quarto. Ela não estava mais na base, estava em alguma missão. Quando Barão disse que ele continuaria suas missões sozinho, não disse nada, apenas concordou. Mas por algum motivo tinha se acostumado a trabalhar com ela. Mesmo que ela sempre parecesse obstinada a atrapalhar as ordens que ele recebia.
Ela era tão contraditória.
Seguia as ordens, era cruel quando queria e fria, até mesmo distante. Mas de alguma forma havia uma inocência nos seus olhos. Ele viu isso quando ela entrou na frente do menino, o impedido de atirar. Ela tentava fingir, mas aquele com certeza não era o lugar dela. Mas e ele? Só o que sabia era matar e era ótimo no que fazia.James. Seu nome que ela lhe revelou. Ela sabia de mais coisas, estava evidente isso. Mas também não parecia interessada em dividir o que sabia com ele.
Tinha alguns meses que não se encontravam nos corredores da base. Tentou descobrir onde ela estaria, mas foi em vão. Barão disse que ele não deveria se preocupar com ela e que sua missão era apenas fazer seu papel de sempre. O assassino silencioso.Apoiou a arma em uma pedra que havia na montanha e praticamente se deitou no chão para ter a visão perfeita do seu alvo. Na mira estava uma sala de jantar com janelas de vidro que iam do chão até o teto. Segurança nenhuma. Nada além de dois seguranças que estavam distraídos fumando um cigarro ao em vez de estarem em suas posições.
- Tem o alvo na mira, Soldado? - Uma voz perguntou no comunicador. - Já neutralizamos os seguranças do portão principal.
- Na mira.- respondeu e colocou o dedo no gatilho. Se preparando para atirar. O disparo foi silencioso, passou pelo vidro da janela e foi direto no peito do secretário da Shield. Logo o desespero tomou conta dos outros convidados que corriam de um lado para o outro. Ele se levantou desmontando a arma e a colocando no bolso da parte de trás do seu uniforme, nas costas. - Alvo atingido.
- Ótimo. O conselho vai remanejar outro pro lugar dele. Vou passar as coordenadas. Maximoff e você resolvem isso.
- Entendido.
{...}
Washington, D.C.
Mais uma vez vestia um terno, dessa vez sem gravata. Era desnecessário. Pra ele tudo aquilo era. O plano era fácil, pegariam o novo secretário da Shield antes de entrar para a reunião que o nomearia para o cargo. Assim, a Hidra estaria finalmente com carta branca para todos os assuntos. Sem senhas, protocolos ou interferências.
A porta se abriu, se virou e a viu entrando. Wanda Maximoff. Usava um terno preto com camisa branca, igual os seguranças usavam. Cabelos presos em um coque e saltos baixo preto. Ela parecia a mesma. Nada mudou. Parecia tranquila, até levantar os olhos e encará-lo.
Tinha que admitir. Aquela mulher o intrigava de várias formas.- Pela primeira vez acho que consigo sentir seus pensamentos. - ela caminhou até a poltrona e se sentou,cruzando as pernas. - Algum sinal dele?
Bucky olhou atentamente para seus movimentos. A forma como mexia o pé, parecia impaciente.
- Boa noite pra você também.
Cumprimentou num tom rude e voltou a olhar no binóculo. Nenhum sinal na suíte de frente a deles. Era o mesmo hotel que eles estavam, mas era oval e conseguiam ver claramente o outro quarto.
-Nenhum sinal.
Wanda suspirou entediada e se levantou. Caminhou até ele e pegou o binóculo da sua mão.
- Deixa eu ver. - ela colou nos olhos e observou atentamente todo o andar onde ele ficaria. - Nenhum sinal dele.
Bucky observou ela retirar o equipamento dos olhos e o encarar. Um sorriso diferente surgiu nos seus lábios.
- Sentiu minha falta. Por isso está tão...
- Tão o que?- ele a cortou.
- Seus pensamentos são muito altos, mas confusos. - ela girou levemente o corpo, ficando de frente pra ele. -Não sei distinguir se quer me jogar pela janela ou dizer que estava com saudades. Nem mesmo sabia que você era capaz de sentir alguma coisa.
- Fica longe da minha mente. - ele ordenou.
- Ou então o que?- ela estreitou os olhos, dando mais um passo em sua direção. - Não tenho medo de você, não como antes.
- Talvez devesse continuar a ter medo. - ele reprimiu um sorriso.
- Não sou mais aquela menina que você bateu tanto que quebrou algumas costelas. O tempo passou, James.
Lá estava ela, usando aquele tom de voz como se soubesse de toda a sua vida.
- Por que fazemos isso? Não gosto de você, nem você de mim.
- Eu te odeio por não ter me deixado ir embora. Por ter me feito ficar aqui.- declarou em tom baixo, que parecia mais um resmungo.
- Eu não sei do que está falando. Não me lembro disso. - se defendeu.
- Mas se lembra de cumprir todas as suas milhares de missões, eliminando qualquer um na sua frente.- devolveu em um tom amargo.- Tão conveniente pra você.
- O que você quer? Que eu diga que sinto muito pelas pessoas que matei? Não sinto. É o meu trabalho. Assim como também é o seu.
- Você parece um robô. Fazendo só o que mandam. Não tem vontade própria?
- Acredite, se eu fizesse tudo que eu tenho vontade, te mostraria que não sou um robô.
Wanda engoliu em seco, conseguia entender seus pensamentos, sobre o que ele se referia. Lentamente desceu seus olhos até encontrar os lábios dele e voltar a olhá-lo. Sua respiração estava ofegante. Assim como a dela começava a ficar. Mais um passo e ele seria capaz de encostar seu corpo ao dela.
- Por que não mostra? - quando percebeu já havia falado aquilo.
Ele a olhou de forma confusa por alguns segundos. Então Bucky tomou a iniciativa e a beijou. A puxou pela cintura com seu braço de metal, e sentiu ela se entregar também. Ela não o afastou, não reclamou. Apenas moveu suas mãos para o terno que ele usava e foi deslizando ele para baixo. Embora os dois não se dessem bem, suas línguas estavam em perfeita sintonia.
Ela se afastou rapidamente, não tirando os olhos dos dele. Retirou o blazer preto que usava e abriu sua camisa de forma rápida, a jogando no chão. Ele soltou um leve sorriso ao vê-la com um sutiã preto de renda. Ele não reclamou quando ela tirou a camisa dele rapidamente e jogou sua arma no chão. Ela colou seus lábios nos dele novamente, enquanto sentia ele a puxando em direção à cama.
As mãos dela abriram seu zíper e foi abaixando a calça dele, que fazia os mesmos movimentos de abaixar a calça dela, que estava por cima dele.- Eu ainda odeio você. - ela sussurrou o olhando.
- Eu digo o mesmo. - ele segurou ela pela cintura e se virou, ficando por cima dela. - Agora, cala a boca. - ele desceu os lábios no pescoço dela, a fazendo gemer seu nome abafado.
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ghosts
FanfictionOs fantasmas da Hidra. Os favoritos do barão. Ela era a mente e ele a força. Cobaias que eram usadas em um plano de dominar o mundo e acabar com os vingadores de uma vez por todas. O Soldado Invernal que tinha sua mente controlada por aquel...