Capítulo 16 - O anjo caído

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- "Que legal vê-lo aqui senhor Tiedemann."

- "Agora não Nather..." - O homem respondeu mantendo a Clara próxima em suas mãos.

Nather ignorou a grosseria do Oficial, e tentou aliviar o ar pesado com um sorriso simpático.

- "Vejo que o senhor está um pouco ofegante, por que não respira um pouco?"

- "Estou no meio de algo importante."

- "Hm. Posso ver. Então esse é o motivo de tanto barulho."

Nather lançou um olhar depreciativo para a cena diante ele... Tiedemann segurava os braços de uma garota, que estava encolhida soluçando e com lagrimas caindo do seu rosto.

Produtos espalhados no chão.

Aquela visão foi o suficiente pra causar um desgosto para o Nather. Não havia simplesmente nada em sua expressão que não fosse pena pelo homem.

- "Que deplorável Tiedemann. Você já foi melhor que isso. Me pergunto em que poço você caiu para chegar até esse nível "

O oficial logo se sentiu na necessidade de se justificar.

- "Isso é pelo bem da Ellen."

Nather suspirou, e balançou a sua cabeça em um gesto de desaprovação para o oficial.

- "Não me entenda mal. Eu estou preocupado por ela tanto quanto você. Mas há um limite para tudo. E ultimamente você tem passado deles.."

- "Eu não tenho tempo para as suas merdas agora. Não se meta no meu trabalho." - O oficial resmungou impaciente.

O sorriso de Nather se esvaiu;

- "Assediar e abusar o psicológico de uma menor de idade está longe de ser o seu trabalho."

E assim... Nather começou sua investida, e rapidamente atacou o orgulho do policial. E seu ataque se provou certeiro.

O policial soltou imediatamente a menina e tornou toda sua atenção para o Nather.

- "Como ?" - O oficial questionou, dando passos lentos em direção ao jovem - "Você está defendendo essa lunática agora ?" - Ele apontou para Clara

Nather cruzou os seus braços com serenidade, e lançou um olhar para a menina desamparada no chão.

- "Seja lunática ou não... Ela ainda é uma menor." - Ele falou sem tirar os olhos dela.

- "Me fale mais. Por favor ensine para o policial como ele deve trabalhar." - O homem debochou,

- "Não me importo com seus abusos comigo. Mas não posso permitir isso com meus colegas."

- "É mesmo hm? E o que você vai fazer a respeito? Estou curioso."

O policial marchou lentamente em direção a Nather, cada passo carregado de uma intenção intimidadora.

- "Por favor... Tenha modos." - Nather lançou um pequeno sorriso para confortar o homem,

Porém a sua tentativa diplomática foi inútil. O oficial se aproximou e bateu o seu corpo robusto contra o peito do jovem, a altura dos dois eram quase equiparáveis. O oficial se impôs como um animal tentando intimidar o outro.

- "Vamos lá garotão. Quero ver você fazer algo. Vamos !"

Mesmo apresentando uma atitude passiva, Nather manteu o peito estufado, Indiferente. Seu sorriso tão educado se desvaiu. E julgou o policial com um olhar elevado.

- "Quem você está tentando impressionar ?" - Nather falou calmamente

A troca de palavras e olhares intensificou ainda mais a tensão entre os dois.

O Crepúsculo de KahnwaldOnde histórias criam vida. Descubra agora